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Enredo Escrava Isaura

Por:   •  20/5/2018  •  Resenha  •  2.571 Palavras (11 Páginas)  •  602 Visualizações

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Enredo A Escrava Isaura:

A história começa no início do reinado de Dom Pedro II, no Município de Campos de Goitacases, as margens do Paraíba.

Nós temos a descrição de um belo e grande terreno com animais de todas as formas e tamanhos, hortas, pomares, senzalas, pátios, currais, um rio e uma grande e luxuosa casa, que ficava entre colinas, era uma tarde lindíssima de Outubro, com um tempo bom.
Viam-se animais e plantas, porém não havia sequer som ou figura humana, porém as janelas do grande salão estavam escancaradas e as portas da frente estavam abertas, mostrando que havia habitantes dentro da casa.

Então se começava a ouvir o som do piano em conjunto com uma voz melodiosa, linda, pura e fresca, de uma mulher tão linda quanto sua voz que cantava uma canção triste sobre a escravidão, isso na grande e mobiliada sala de recepção; aproximando-se víamos sua beleza cabelos escuros e ondulados, com a pele pálida, um belo colo e busto grande, cintura fina e esbelta; é comparada a Vênus e a Anjos, essa é Isaura.

Nesse momento entra na sala outra mulher bela, jovem, elegante, bem feita, rica, com tudo sentia-se que a mesma era pretensiosa, mesmo assim as qualidades de Malvina não se escondiam por esse defeito.

Malvina se aproxima do piano e de Isaura, e assim pergunta a razão da triste canção, então Isaura a responde que está cantando, pois se lembrou da música que sua mãe contava quando ela era criança. Após isso Malvina a repreende por estar aparentemente reclamando de sua vida, sendo que Isaura teve uma educação melhor do que muitas meninas e mulheres livres e ricas.

Isaura diz que apenas aceita e sabe seu lugar e seus dotes e vantagens não a tornam melhor do que outros escravos, Malvina, porém acredita que ela sofre de amores e que não pode ir atrás desse amor por ser uma escrava e diz que quando Leôncio (seu marido) chegar ela terá a liberdade dela, pois não se encaixa como escava.

Surpreendentemente se ouve o trotar dos cavalos que se aproximavam da fazenda, curiosas Isaura e Malvina foram à janela para ver quem se aproximava. Os cavaleiros que chegaram eram Leôncio e Henrique.

Leôncio é o dono da grandiosa fazendo e esposo de Malvina, era o único herdeiro de um comendador velho e rico, que após dar as terras para seu filho, foi para a corte desfrutar de uma vida plena sem preocupações. Quando criança Leôncio era terrível, um péssimo aluno e passou por inúmeras escolas, porém nunca era reprovado, pois os mestres não queriam dar desgosto ao comendador. Cresceu e tentou seguir carreira na medicina, mas se entediou e resolveu se tornar jurista, o que também não deu certo, pois ele novamente se entediou. Analisando, Leôncio percebeu que só teria seu desenvolvimento intelectual, se fosse orientado pelos grandes intelectuais europeus.

Ao chegar à Europa, ele novamente não se dedicou aos estudos e vivia uma vida boemia, em teatro, cafés e boulevards. Ao passar dos anos ele havia conhecido as principais capitais europeias, residia principalmente em Paris, sendo financiado por seu pai. Ao ver os gastos de seu filho, pai o comendador o convoca à pátria de maneira sutil, dizendo que ele terá um vantajoso e rico casamento.

Ao retornar da Europa com 25 anos, Leôncio é um petulante, gentil e elegante, pois estava na alta classe e era como um príncipe, porém após tantos anos de libertinagem e de atos devassos sua alma não era mais pura, era suja e seu cérebro era vazio, seu coração era horrível, com péssimas doutrinas sendo confirmadas por exemplos piores. Determinado a encontrar um emprego e aumentar ou pelo menos deixar a fortuna da família estável. Escolhe a profissão que em sua visão é a mais segura, optando por ser comerciante, pois poderia ser independente, queria importar e exportar africanos e outros produtos. Não lhe importava as degradações, falta de pudor, alta posição ou educação, o que lhe importava era o lucro.

Apesar de tudo seu pai não o apoiava e decidiu parar de financiar seu filho, vendo isso Leôncio correu para se casar com Malvina, a mulher que foi prometida para ele, em poucos se casaram. Após isso Leôncio sentiu a tristeza de perder sua mãe.

Sua mãe era uma senhora respeitada e elegante, casada com um marido frio e infiel, que partia seu coração todos os dias. Sua maior lástima era não ter deixado uma irmã a Leôncio, pois todos os seus irmãos e irmãs já haviam morrido. Com tudo uma escrava acabara de nascer, sendo linda, graciosa, gentil e branca chamada Isaura, que foi adotada pela velha senhora.

Isaura era filha de uma escrava mulata linda, que foi por muito tempo a serviçal e criada fiel, da mulher do comendador. Porém, este homem nojento via toda escrava como atrativo sexual a sua disposição, a mãe de Isaura por ser linda era o alvo principal do comendador e mesmo depois de repelir de todas as formas possíveis ela teve que ceder as ameaças e violências do mesmo, com isso sua esposa passou a odiar a escrava. A escrava, porém se opôs a seu senhor e o chamou dos mais terríveis e merecidos nomes, com raiva o senhor a expulsou da casa, obrigando-a a trabalhar na roça, aplicou os mais severos castigos e deixou a seu catapaz a ordem de atormentar a vida da escrava, com os mais pesados trabalhos e castigos. Mas o Catapaz era um português com um belo e nobre coração que se apaixonou pela mãe de Isaura, dando presentes, carinho e amor, que em pouco tempo deu a luz a Isaura, mas o comendador expulsou o bom catapaz e aplicou castigos e trabalhos pesados a escrava que veio a morrer sem terminar a criação de sua filha, contudo a mulher do comendador se apaixonou pela bela criança e a criou como se fosse sua filha de sangue, dando a mais fina educação, ensinado a falar inúmeras línguas e a tocar instrumentos, mesmo sendo mimada sabia seu lugar e era gentil com os escravos e submissa aos senhores. Ao ver sua esposa criar Isaura o comendador acreditava que isso era uma loucura.

Após o casamento de Leôncio seu pai deu a administração da fazenda e todos os bens contidos nela a seu filho. O comendador foi para a corte, mas sua esposa preferiu ficar com Isaura e seu filho na fazenda. Logo que chegou a aristocrata Malvina encantou-se e se tornou uma grande amiga de Isaura. Infelizmente a mãe adotiva de Isaura veio a falecer, sem libertar Isaura, que passou a pertencer a cruéis, caprichosos e devassos homens.

Agora iremos conhecer Henrique irmão de Malvina e cunhado de Leôncio, estudante de medicina, um rapaz jovem, elegante, nobre, de coração bom e cheio de si, como todos os rapazes ricos da época. Ele havia chegado à cidade para visitar e passar alguns dias com sua irmã e seu cunhado, pois estava de férias.

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