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Entenda a importância do jogo como uma ferramenta para enriquecer o processo de aprendizado da aprendizagem

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Por:   •  7/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  9.594 Palavras (39 Páginas)  •  760 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Todo ser humano traz dentro de si uma forte inclinação para a diversão e para os jogos, como sendo aspectos de divertimento e prazer natural.

Conforme nos diz Winnicott (1999) quando a mãe consegue adaptar-se às necessidades da criança nos estágios iniciais, ela consegue segurar e sustentar a mesma. A partir daí, a criança adquire confiança em si e no mundo, tornando-se capaz de atravessar de forma saudável, todas as fases de seu desenvolvimento emocional. O vínculo social só é possível quando a criança sente-se segura em seu mundo, em sua família, expressando sentimentos e afetos para fora dela, na escola, com amigos e professores.

Segundo Almeida (2009, p. 1), “A palavra lúdica vem do latim “ludus” e significa ‘brincar’.” Neste ato de brincar podem ser incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos, em todos os seus significados. A função educativa do jogo favorece a aprendizagem da criança, seu saber, seu crescimento e sua compreensão de mundo.

Uma das contribuições significativas no processo de construção do conhecimento é a atividade lúdica.

Sabe-se que o jogo e a brincadeira são fontes de prazer e descoberta na vida infantil e podem fundamentar as atividades didático-pedagógicas durante o desenvolvimento de qualquer aula.

O jogo é uma maravilha cultural, é uma atividade espontânea do ser humano. A essência do jogar é a sua constituição lúdica e o prazer desfrutado durante a atividade.

Assim como os conteúdos escolares, a atividade lúdica é um fator muito importante para o desenvolvimento da criança. Por meio dela podemos tornar a aprendizagem mais prazerosa e, portanto mais significativa.

É possível mediante o brincar, formar indivíduos com autonomia, motivados para muitos interesses e capazes de aprender rapidamente. 10

Através da atividade lúdica a criança desenvolve suas capacidades físicas e intelectuais. O brinquedo também proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. Através do brincar a criança cresce, aprende a usar os músculos, coordena o que vê com o que faz e adquire o domínio sobre seu corpo, descobre o mundo e como ele é. Brincando a criança aprende novos conceitos, adquire informações e tem um crescimento saudável.

A criança que brinca cria um universo só dela. Envolve-se num imaginário no qual o impossível se torna possível e vice-versa. Reúne personagens da cultura, elementos da realidade, criando novos significados para elas graças à sua capacidade de criação. Enfim, nas relações interpessoais há construção de conhecimento.

A criança não só repete as coisas vividas ou ouvidas, mas tem a capacidade de combinar o antigo com o novo através de sua capacidade criativa. Quando a criança brinca, ela está vivenciando momentos alegres, prazerosos, portanto a criança que brinca vive uma infância feliz, além de se tornar um adulto mais equilibrado física e emocionalmente, conseguirá superar com mais facilidades, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia. A criança privada dessa atividade poderá ficar com traumas dessa falta de vivência.

Por meio das brincadeiras tradicionais, as crianças ampliam sua área de contatos humanos, aprendem de modo mais simples as vantagens e o significado das atividades organizadas grupalmente, experimentam os diferentes papéis sociais, percebem as relações de subordinação e de dominação entre as pessoas e se identificam com alguns interesses ou valores de sua sociedade.

A postura do professor durante os jogos e brincadeiras será um diferencial no desenvolvimento cognitivo da criança, ou seja, ele deverá incentivá-la, desafiá-la, criar um ambiente propício a despertar o desenvolvimento do pensamento crítico e tomada de decisões, dentro do seu grupo social. Desta forma, as crianças se adequam ao conhecimento coletivamente e terão a chance de ir em busca e descobrir as respostas no ato de jogar.

Ao se envolver na brincadeira ela participa do jogo e, com isso, se relaciona com o outro. Este convívio evidencia o potencial dos participantes, influenciam e estimula o desenvolvimento das emoções e de suas habilidades, além da superação de seus limites. Possibilita, também, torna-se operativa, criativa e inteligente.

A ludicidade é um meio estratégico e facilitador da aprendizagem, pois, colabora para que o afetivo, cognitivo e psicomotor do aluno se desenvolva. O professor necessita repensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, relacionando os conteúdos com o prazer através do lúdico.

Tem como objeto de estudo, compreender a importância do lúdico como ferramenta para o enriquecimento do processo ensino aprendizagem e sua influência no desenvolvimento cognitivo da criança.

.1 A LUDICIDADE E SEU CONTEXTO

O tempo destinado à brincadeira dentro do ambiente escolar tem se tornado restrito. Com o passar do tempo, a entrada da criança na escola está sendo cada vez mais cedo. A instituição escolar, por sua vez, valoriza o aceleramento de seus programas e da objetividade de seus currículos. Assim, o brincar, um momento tão importante para o desenvolvimento da criança, muitas vezes, é deixado de lado, quando se sobra tempo, as crianças brincam. Agindo deste modo, encurtam a infância, e as crianças são transformadas em adultos precocemente. Quanto mais cedo a criança entra nesse universo adulto, em situações rigidamente estruturadas e conduzidas, menos oportunidade ela terá de se auto-conhecer, encontrar seu jeito de ser, sua vocação, sua afetividade, pois a todo momento há alguém para lhe determinar o que fazer, e como deverá agir. Desta forma, sua espontaneidade fica comprometida pela necessidade de cumprir tarefas predeterminadas, as quais fazem parte do mundo adulto.

A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. (CUNHA, 2005, p. 9)

Estamos habituados a ouvir educadores comentando que “na escola não dá tempo para brincar”, pois há um programa de ensino a ser cumprido e objetivos a serem atingidos, para cada faixa etária. Mais especificamente no primeiro ano do ensino fundamental, ouvimos professoras dizendo que “as crianças precisam ser alfabetizadas”. Com isso, o jogo e a brincadeira ficam relegados ao pátio ou destinado a “preencher” intervalos de tempo

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