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Fahrenheit 451 E A Repúbllica

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Por:   •  13/10/2013  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  271 Visualizações

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Paralelo entre o filme Fahrenheit 451 e o livro A República de Platão

Neste trabalho, iremos traçar um paralelo entre a obra A República de Platão e o longa Fahrenheit 451 (1966 – François Truffaut). A República é escrita em diálogos em que Platão discorre sobre seu pensamento acerca da cidade perfeita e o homem ideal. Podemos verificar uma ideia semelhante no filme Fahrenheit 451, em que a sociedade é tida como perfeita, com normas criadas para o bem comum em que as pessoas vivem sob um sistema totalitário.

O enredo do filme trata de um futuro imaginário, em que os livros são proibidos. O título se refere à temperatura em que os livros são queimados. Os “bombeiros" têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois para esta sociedade a literatura levaria à infelicidade já que transmitem e criam diferenças, gerando desejos e frustrações nos seres humanos.

Em A República, Platão diz que na cidade perfeita, não podem coexistir a poesia, baseada na imitação, e a verdade suprema. Assim como no Estado totalitário de Fahrenheit 451, a população não tem acesso ao conhecimento, já que os livros são proibidos, em A República, a verdade está restrita aos filósofos que são os únicos que saberiam usá-la.

No Livro Três de A República, Sócrates admite que somente os governantes têm o direito de mentir aos súditos se a finalidade for o bem da cidade, o que pode ser entendido como um controle do Estado sobre a população. “Se compete a alguém mentir, é aos líderes da cidade, no interesse da própria cidade,(...,) a todas as demais pessoas não é lícito este recurso”.

O terceiro livro trata da educação dos guardiões, que tem que ser ensinados com as virtudes da coragem e da temperança, e devem rejeitar as poesias e os mitos que suscitam o medo da morte. Podemos traçar um paralelo com a proibição dos livros, em Fahrenheit 451, que são vistos como danosos à sociedade. Podemos verificar isto na fala do bombeiro Montag. “Os livros são apenas lixo(... )Faz as pessoas ficarem infelizes(... )Perturbam as pessoas, as tornam anti-sociais”.

No Livro sete de A República, apresenta-se o mito da caverna, uma alegoria na qual um prisioneiro se liberta do mundo sensível. Este é o filósofo que conhece a verdade do mundo inteligível e se vê, em seguida, no dever de voltar para libertar os que permaneceram na caverna. “Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados. (...) Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente se forem libertados de suas cadeias e curados de sua ignorância”.

O mito da caverna pode ser interpretado como o próprio mundo em que vivemos em que as ideias impostas como únicas seriam as sombras a que os prisioneiros se acostumaram a enxergar. Em Fahrenheit 451, podemos ver que para o sistema, o ideal é que todos sigam a mesma linha, tenha os mesmos ângulos de visão e, desta forma, não comecem a questionar o seu modo de vida.

No filme, vemos que à tecnologia e às inovações que aparentemente fariam dessas, sociedades perfeitas, acabam por tornar-se meios de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações. À televisão cabe este papel, o de massificar a população. Vale ressaltar aqui que no

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