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HISTÓRIA EXTERNA DO LATIM

Por:   •  8/5/2018  •  Dissertação  •  2.671 Palavras (11 Páginas)  •  229 Visualizações

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INSTITUTO DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS

HISTÓRIA EXTERNA DO LATIM

KARINE DE MESQUITA SILVA


SUMÁRIO

 1. HISTÓRIA EXTERNA DO LATIM........................................................... pág. 2-7

 2.  DECLINAÇÃO.............................................................................................Pág. 8

       2.1 Lex dura, legis durae: Lei dura.................................................................Pág. 8

       2.2 Vitium alenium, vitii alieni: Vício alheio.................................................Pág.8

       2.3 Conjugação................................................................................................Pág. 9

 3. TRADUÇÃO....................................................................................................Pág. 10

  4. BIBLIOGRAFIA............................................................................................Pág. 11

  1. História Externa do Latim

A princípio, o latim tinha relação de parentesco as línguas indo-européias, sendo assim as línguas da Europa e Ásia, assim como no Irã e na Índia que apresentam uma similaridade no plano gramatical e lexical. Por ser uma língua pré-histórica, não havia registros de nenhum documento escrito, nenhuma inscrição que pudesse comprovar que realmente existiu. Somente há um sistema de correspondência entre as línguas indo-européias que sugerem a pré-existência dessa língua que se conveniou a chamar de indo-europeu.

O latim derivou-se de línguas arcaicas falada no Lácio (região da Itália Central = Latium, que no idioma deles provém o nome Latim) e em Roma, se consolidando no começo do século III a.C. Foi levada pelos povos provenientes do norte e inicialmente era falado na Península Itálica, após isso foi levada para outras cidades.  

 Depois que foi introduzido na Itália, se tornou o dialeto da região de Roma. Inicialmente, era apenas falado entre s camponeses, em sua forma arcaica, com forte influência do indo-europeu. As primeiras inscrições em latim são do século VI a.C. e os primeiros textos escritos são anteriores ao século III a.C. O latim sofreu influência dos dialetos célticos do norte da Itália, da língua etrusca e do grego que se falava no sul antes do século VIII a.C. Tornou-se a língua a dominante da península, e através das guerras, romanizavam as populações tornando o latim sua língua própria.

O latim arcaico no império romano era composto pelo exército, os romanos ensinavam a sua língua e a sua pronúncia e ao mesmo tempo aprendia a língua de seus companheiros e formou-se o latim um pouco mestiçado, pois nos primeiros o latim foi influenciado pela língua Etrusca.

Ressalta que os etruscos habitavam a Etrúria, antiga província italiana situada na atual região de Toscana (em latim, Tusci). Antes dos romanos, os etruscos constituíram os povos da civilização avançada da península italiana e o seu grande império. Porém pouca coisa restou. Somente algumas tumbas e cerca de 10 mil inscrições de linguagem bastante obscura para o homem moderno, pouca coisa decifrou-se delas (aproximadamente 300 palavras). O latim sofreu influência dos etruscos e do grego. (DUARTE, 2003: p 29).

Conforme DUARTE (2003: 18), a medida que os romanos, habitantes da península itálica, livravam-se do poderio dos etruscos e dos gregos que habitavam dominando a região, foram conquistando territórios e se fortalecendo. Com eles se disseminou o idioma latino que viria a ser peça fundamental da cultura e identidade ocidental, o qual por muito tempo constituiu a única língua culta do continente europeu.

O latim falado pelos romanos era imposto pelos povos dominados e o convívio com a língua natural acabava ocorrendo várias modificações, com o passar do tempo o latim sofreu variações conforme seu período histórico, assim sendo o latim vulgar e o latim clássico que era dividido em duas classes:  o povo mais humilde falava o sermus vulgaris e o sermus urbanus é o latim, que é usado pelo povo da alta sociedade, filósofos e poetas não apresentava erros como o latim vulgar.

Conforme o latim apresenta suas mudanças no seu período histórico, a evolução da língua latina, conforme CARDOSO (2003:7) caracteriza-se e divide-se nos seguintes períodos: pré-histórico (anterior aos documentos escritos pelos habitantes do Lácio sec. XI e VII ou VI a.C), proto-histórico (aparece nos primeiros documentos escritos, VII e VI a.C IV a. C), período arcaico (por volta de III a.C. e início de I a.C), apresentando epitáfios, textos legais, obras de Névio, Plauto, Enio e Catão. Apesar de vocabulário reduzido, desenvolveu-se, sobretudo, pela influência da literatura Helênica (Grécia antiga). O período clássico (desenvolvido a partir da quarta parte do sec. I a. C,) momento importante para a prosa e a poesia latina, com obras de Cícero, Virgílio, Tito, Horácio e Lívio. É artístico e diferente do latim falado até pela alta classe. Preservou-se graças as obras literárias e dele originaram os fenômenos gramaticais da língua latina. O latim vulgar (realmente falado pelo povo romano, plebe, soldados etc.), envolvido em diversas províncias do império, aquele que propriamente deu origem as línguas românicas (catalão, provençal, sardo, rético, dálmata e as neolatinas (definidas como línguas originárias das nações cuja as línguas são procedentes do latim: espanhol, francês, romeno e português). O latim cultural, inclui o período Patrístico (II a V), inclusive a Vulgata de São Jerônimo e as obras de Santo Agostinho. O período pré-clássico (VII a.C à II a,C), o Clássico idade dourada da literatura ( II a.C à II d, C), Latim medieval ( do século VI ao XIV), surgindo as línguas românicas, período renascentista ( de XIV a XVII). O neolatim ou latim científico (de XVII a XIX), deu origem as línguas neolatinas, as quais, penetraram primeiro na linguagem popular, depois nas ciências e artes e na maioria das disciplinas que se libertam da filosofia.

De acordo com MARIA CRISTINA MARTINS (UFRGS), o Latim Clássico é a norma literária, altamente estilizada, que compreende o período que vai de 81 a. C. a 14 d.C. Os representantes desta época são Cícero, César e Salústio, na prosa e, no verso, Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Catulo. É uma estilização do sermo urbanus, língua coloquial das classes cultas, com o qual convivia os escritores do período clássico haviam percebido que existiam variantes da língua latina e caracterizaram-nas adjetivando a palavra sermo que significa "linguagem", "conversação". Com efeito, há três fatores envolvidos nas variantes que uma língua pode apresentar: a variação social, correspondente à estratificação social, a geográfica, correspondente às diferenças geográficas, e as diferenças relativas ao grau de formalidade da situação de fala. A língua literária continuou no sermo ecclesiasticus (a partir do séc. 5 d.C.) e também no sermo profanus, com os tratados de medicina, filosofia, ciência, etc., durante toda a Idade Média e até mesmo já na Idade Moderna. Pode-se dizer que até hoje vive. É a língua do Vaticano e de toda a documentação da Igreja Católica, além de ser empregada na botânica e de ser adstrato permanente das línguas românicas e até de línguas não-românicas, como o inglês. O sermo classicus fixou-se como uma língua escrita (o latim clássico), porém, o latim culto falado, (sermo urbanus) a partir do qual obteve sua origem, extinguiu-se, com a ruína da classe social que o sustentava.

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