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Lar e Botequim: O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque.

Por:   •  5/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  337 Visualizações

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CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim: O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. 1. 2ª ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001.

Tópicos de Literatura Brasileira

Carolina Suhet Quintanilha Ferreira

105.288

Letras – Português/Licenciatura

Meta(s), objetivo(s) ou propósito(s) do artigo

  • Chalhoub reconstrói os esforços das classes dominantes em elaborar uma nova ética do trabalho no período pós-Abolição. A partir dessa reconstrução, tais classes revelam aspectos  de sua perspectiva de mundo que tendem a justificar as tensões e rivalidades entre a classe operária (sejam conflitos étnicos e nacionais) provenientes da concorrência do mercado de trabalho capitalista em formação.

Hipóteses fundamentais

  • A partir das análises dos debates na Câmara dos Deputados, o autor aborda alguns aspectos da transformação do universo mental das classes burguesas. O projeto de repressão à ociosidade de 1888 elabora uma nova ética do trabalho tomando como ponto de partida à transição do trabalho escravo para o trabalho livre.

Argumentação central

  • O autor apresenta o problema das elites brasileiras, quando em meados do século XIX o fim do tráfico negreiro colocou os grandes senhores diante da necessidade de realizar ajustes no universo ideológico para adaptar às transformações socioeconômicas.O conceito de trabalho precisava se despir de seu caráter oriundo de uma sociedade escravista, tornando-o algo positivo.

  • O projeto de repressão à ociosidade era o principal pilar de esforço para a construção de uma nova ética do trabalho. Os deputados concordavam que a Abolição trazia consigo a questão da desordem, e exigiam a defesa da propriedade e da segurança dos cidadãos, que de acordo com os congressistas estavam ameaçadas pelos libertos.

  • Estava claro que esses indivíduos estavam despreparados para a vida em sociedade, logo era necessário “educar” os libertos através da repressão e da obrigatoriedade, criando uma nova ética trabalhista, que os faziam compreender os direitos e deveres de um “cidadão útil”, transmitindo a noção de que o trabalho é o valor fundamental para viver em sociedade. Surge então uma relação que se compõe entre a moralidade e o trabalho.
  • Durante o processo de reconstrução da ideologia do trabalho, discute-se a elaboração da concepção de “vadiagem”, que até os dias atuais se perdura a idéia do ócio do trabalhador brasileiro. Quando o trabalho é a “lei suprema” o ócio é o grande inimigo da ordem, da moral e dos bons costumes.
  • A ligação entre ociosidade e pobreza é um ponto importante no projeto de repressão à ociosidade. Conforme os parlamentares o que caracterizava o delito de vadiagem era o hábito e a indigência, portanto cria-se a “boa ociosidade” e “má ociosidade”. A boa definia os deputados, e a má identificava as classes pobres.
  • A inserção do imigrante na nova ética do trabalho é pouco mencionada. As elites pensavam que o imigrante deveria ser exemplo para o trabalhador nacional, sempre estar disposto ao trabalho e às condições. O não-ajuste a estes padrões era visto como uma à ordem.

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