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Menino de Engenho - José Lins do Rego, análise

Por:   •  29/3/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.036 Palavras (9 Páginas)  •  505 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A obra “Menino de Engenho” é o alicerce seguro no qual o grupo se apoiou para o desenvolvimento desse projeto. Escrita por José Lins do Rego, um dos mais célebres escritores brasileiros, teve sua publicação em 1932. Mesmo sendo seu primeiro trabalho no universo da literatura, a obra foi bem interpretada pela crítica brasileira, sendo aclamada pela mesma por retratar fielmente a decadência nos engenhos açucareiros do Nordeste.

O projeto tem por objetivo analisar a narrativa em questão e, da melhor maneira, expor os motivos pelos quais o autor escolheu os canaviais como plano de fundo de sua composição literária, a sua visão de mundo pela qual partiu todo o enredo, a importância de cada personagem, as denúncias em relação à sociedade da época, além do contexto histórico em que está inserida a obra em questão.

Os resultados esperados são que, por meio deste, seja possível obter uma melhor compreensão de uma das mais respeitadas obras desse período da literatura brasileira, o desenvolvimento com qualidade desse projeto seguindo todas as normas apresentadas em classe e o sucesso do grupo pelo empenho em relação a melhor análise da obra.


2. OBJETIVOS

2.1 - Objetivo geral da pesquisa:

Conhecer mais sobre a obra de José Lins Do Rego, “Menino De Engenho”, para compreensão da Literatura brasileira e seu contexto histórico, social e cultural.

2.2 - Objetivos Específicos:

  1. Produzir um material didático para fixação de aprendizagem

  1. Caracterizar o estilo de época
  1. Comparar a realidade apresentada na obra com a que vivemos atualmente e
  1. Promover um estudo detalhado da obra.

 


3. METODOLOGIA

Os dados que foram coletados para a produção do projeto sobre o livro "Menino de Engenho", de José Lins do Rego, vieram de dois tipos de documento:

  1. Textual, a 9ª edição do livro pedagógico de língua portuguesa, de 2013, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, publicado pela editora Saraiva, juntamente com a 17ª e 102ª edições da obra estudada, de 1972 e de 2010, respectivamente, ambas publicadas pela editora José Olympio e
  2. Pesquisas bibliográficas obtidas na internet de análises e críticas acerca do livro, além de trabalhos sobre o mesmo tema.

O projeto foi fragmentado para que cada integrante do grupo participasse de alguma maneira de sua montagem. Além disso, foram feitas análises baseadas em conteúdos retirados da internet e do livro, adquirindo o máximo de conhecimento possível. Feito isso, as partes foram reunidas para formar um compêndio geral de tudo que foi estudado durante a realização do projeto.


4. JUSTIFICATIVA

Dada a relevância social e histórica do romance estudado, é importante apontar como a abordagem do autor sobre a decadência dos engenhos da zona açucareira do Nordeste contribui para o entendimento da sociedade da época retratada no livro. Um bom exemplo contemplado na obra é o da relação entre os senhores de engenho e seus serviçais, já que, mesmo depois de anos após a abolição da escravidão, esses serviçais ainda tinham os mesmos comportamentos e recebiam os mesmos tratamentos de antes da implantação da Lei Áurea de 1888.

Além disso, a leitura de uma obra como essa colabora vastamente para uma reflexão em relação a certos costumes praticados no Brasil daquela época, como a banalização da sífilis, uma doença sexualmente transmissível que pode causar desde feridas até danos graves a diversos órgãos do corpo, e também do abuso infantil, ambos assuntos retratados no romance através da relação de Carlinhos - um menino fragilizado psicologicamente pela perda precoce dos pais - com as mulheres que trabalhavam no engenho.

Uma obra como essa chama a atenção pela abordagem de assuntos significativos e que facilitam a compreensão do modo de vida daquela época no Brasil: um momento de transição e de revolução, tanto com relação às formas de governo, quando há o fim da República Velha com a Revolução de 30, quanto com relação ao modo de vida da população, já que a chegada das usinas de açúcar, estabelecimentos industriais e capitalistas, começou a tomar o lugar dos engenhos, instituições essencialmente coloniais e com um sistema de produção mais familiar.


5. REVISÃO TEÓRICA

A obra “Menino de Engenho”, de José Lins do Rego, foi publicada pela primeira vez no ano de 1932 e é o romance de estreia do autor. É narrado em primeira pessoa e é o primeiro livro do Ciclo da Cana-de-Açúcar. O livro é narrado por Carlos Melo (personagem) e apresenta uma linguagem fluida, solta e popular.

Ao longo da história o narrador descreve diferentes etapas da sua vida, acontecimentos que partem do dia em que seu pai assassinou sua mãe e ele, um menino de apenas 4 anos, foi levado para morar no engenho de seu avô, José Paulino, e se encerram no dia em que ele vai para o colégio, já com 12 anos.

A vida de Carlinhos muda rigorosamente quando ele é levado para o engenho. Nada do que ele conhece lá lhe é familiar, as brincadeiras com os primos, os passeios para outros engenhos, as aulas com sua tia e mais tarde com professoras, as histórias que ele ouve atentamente; tudo instiga sua curiosidade de criança e os pensamentos que ele tem sobre cada um desses eventos são passados cuidadosamente para a narrativa, deixando o leitor sempre à par das considerações de Carlinhos sobre as pessoas com quem ele vivia e as situações em que essas pessoas o colocavam.

Segundo Paulo Dias, colaborador do curso de Letras da Uece:

Essa obra de José Lins do Rego, nasceu da intenção de escrever a biografia de seu avô materno, um patriarca do Nordeste. Mas o romancista soterrou o biógrafo, e a narrativa recaiu sobre a personagem Carlinhos, que, mesmo fictícia, vivencia cenas da infância do autor no mundo do canavial. Estruturada em 40 capítulos relativamente curtos, é um dos ícones da literatura brasileira. (2008, Diário do Nordeste)

José Lins do Rego (1901-1957) publicou, em pouco mais de 10 anos, uma série de cinco romances que chamou de “Ciclo da Cana-de-Açúcar”. Os livros retratam a decadência do engenho açucareiro nordestino que, pouco a pouco, foi perdendo seu espaço para as usinas, e foram reunidos no “Box Ciclo da Cana-de-Açúcar”, publicado pela editora José Olympio.

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