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O Amor De Baltasar E Blimunda

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Por:   •  25/6/2014  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  1.354 Visualizações

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MEMORIAL DO CONVENTO

José Saramago

O amor de Baltasar e Blimunda

O romance Memorial do Convento, escrito por José Saramago, é um romance histórico, social e de intervenção, que oferece uma descrição minuciosa da sociedade portuguesa da época, que se preocupa com a realidade social fazendo sobressair o povo oprimido e que denuncia a história repressiva portuguesa da 1ª metade do séc. XX.

O resumo que apresento é sobre a história de amor entre Blimunda e Baltazar, pessoas pobres e humildes.

Este romance apresenta uma nova versão da história da construção do convento de Mafra, a qual é contada por meio de uma visão do lado mais fraco, aquelas pessoas que não tiverem enfoque nos relatos oficiais. Destaca-se sobre todos os outros elementos da obra, o casal Baltasar e Blimunda, personagens fictícias que vêm representar todo o povo que sofreu para a construção do palácio-mosteiro.

Apesar de serem fictícias, essas duas personagens apresentam grande riqueza em detalhes, que as fazem ganhar um apreço especial do leitor, inclusive Saramago representa o amor deles como ideal. A importância do casal deve-se ao facto do autor ter dado maior importância e maior relevo aos elementos fictícios do que aos elementos histórico-oficiais, com o objetivo de mostrar outro lado da história talvez mais importante que o lado oficial, já que sem essas pessoas de classe social mais baixa não seria possível transformar todo o sonho do convento em realidade.

Baltasar e Blimunda representam, dentro da obra, o povo que viveu em Portugal e sofreu com a construção do convento, com as perseguições da Inquisição, o povo que foi esquecido pela História, para dar lugar às extravagâncias dos membros da corte real.

Baltasar e Blimunda

Para a época, o casal era uma exceção de costumes. Nunca chegaram a casar-se na igreja como a sociedade pregava.

A mãe de Blimunda, que estava a ser condenada por ter visões, sente a ligação dos dois, antes mesmo que eles se conhecessem. Foi pela vontade da sua mãe, sem que nenhuma palavra precisasse ser dita por ela, que Blimunda olhou para Baltasar e perguntou o seu nome.

Bastou que se vissem para sentiram algo especial um pelo outro. E mesmo depois deste momento, não procuraram ver defeitos entre si, nem o discurso era necessário, entendiam-se com o olhar e em seguida encontravam os seus corpos. O erotismo está presente durante todo o livro. Diferente do que a sociedade e a Igreja pregava na época, o casal praticava o ato sexual como realização do amor que sentiam, não para procriar.

Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, mas para isso tem que estar em jejum. Ela não precisava ver por dentro de Baltasar, nem queria. Prometeu nunca olhar-lhe por dentro. Promessa que cumpre por toda sua vida, até o momento em que vê seu amado a ser queimado na fogueira, condenado pela Inquisição.

São ambos amigos do padre Lourenço, um homem perseguido pela inquisição, que tem o desejo de voar e que, para isso, desenhou uma máquina, à qual chamou passarola. Pede a ajuda de Baltasar para a construir e este, após algumas hesitações, aceita.

Com a ajuda da amada, mudam-se para a quinta do

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