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O Modernismo O Valor do Presságio

Por:   •  13/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.203 Palavras (9 Páginas)  •  90 Visualizações

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Castro, António Ferreira

O Valor do presságio, fado e culpa, que influenciam a conduta da personagem, entre outros

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Imagem recolhida da internet

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Lote 1417- Castro, de António Ferreira. 2 edição da editorial Domingos Barreira em 1962.

Índice:

  • Introdução.
  • Biografia de António Ferreira.
  • Curta biografia de Inês de Castro, juntamente com o desencadeamento dos seus amores com D. Pedro- visão geral.
  • Contextualização histórica da obra e questionamento da escolha deste tema naquela época por parte do autor.
  • Indícios e razões que possam ter levado a esta trágica história de amor acompanhadas de devidos comentários.
  • Esta tragédia estará inserida no campo dos valores cristãos ou clássicos?
  • Conclusão.
  • Bibliografia.

Introdução

A intenção deste trabalho é abordar certos valores, que nos são dados de forma indireta pelo narrador e por sua vez acabam por condicionar o trajeto da personagem principal. Ferreira fá-lo, mas de forma mais ousada e diferente, este será o ponto fundamental, mas para além disso apresentarei uma biografia do escritor António Ferreira e de Inês de Castro- a personagem principal da obra e a contextualização histórica na escrita da mesma.

Biografia de António Ferreira

António Ferreira nasceu em Lisboa em 1528 e é filho de Martins Ferreira e Mexia Froes Varela. Estudou em Coimbra nomeadamente, no curso de humanidades e leis, doutorou-se em cânones na faculdade de cânones e foi temporariamente professor na mesma universidade. Ao longo da sua vida teve dois casamentos, dos quais resultou dois filhos.

Horácio foi uma das suas grandes inspirações, denominando-o de forma familiar, o meu Horácio, a quem obedeço (citação retirada da pagina da Wikipédia). Ferreira foi um autor de teatro clássico e um grande impulsionador da escrita em Língua Portuguesa, pois todas as duas obras foram produzidas em português.

Em 1569, faleceu vítima de contágio da peste, que era mortífero na altura. Por esta razão o seu filho Miguel Ferreira publica a coletânea dos seus poemas, denominado de Poemas Lusitanos em 1598.

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                                                                                                   Imagem Retirada da internet

Biografia de Inês de Castro, juntamente com o desencadeamento dos seus amores com D. Pedro

Nasceu em 1320 ou 1325 (não se sabe ao certo) na Galiza, atual Espanha. É filha ilegítima de um castelhano nobre Pedro Fernandes de Castro e uma dama portuguesa Aldonça Suárez de Valadares. Era bisneta ilegítima de D. Sancho de Castela, pai de D. Beatriz de Castela, que por sua vez era mãe de D. Pedro. Portanto D. Inês é prima em 3º grau de D. Pedro. Viveu a sua infância no Castelo de Albuquerque.

Mais tarde, exerce a função de aia de D. Constança, que era sua prima, ficaram muito próximas sendo que ficou madrinha de um filho da futura rainha. A dama ficou prometida ao príncipe de Portugal, D. Pedro. Em 1340, D. Constança encontra-se em Évora e por sua vez Inês está integrada no seu séquito foi com a mesma.

Desde cedo os amores de Pedro e Inês foram conhecidos pela dama, então D. Afonso IV com medo do futuro da relação exila-a na fronteira espanhola em 1344. Mais tarde, D. Constança morre e, entretanto, Inês de Castro volta a Portugal e vive um amor ainda mais intenso com D. Pedro, tendo quatro filhos, mas um faleceu muito jovem, viveram por vários locais do país. Infelizmente, teve uma morte trágica, pois o rei de Portugal com receio do desenrolar da relação e que o país perca a sua independência para Castela degola Inês a sete de janeiro de 1355.

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Contextualização da histórica da obra e questionamento da escolha deste tema naquela época por parte do autor

A obra terá sido representada em Coimbra na década de cinquenta, aproximadamente entre 1557, portanto séc. XVI. Contudo, o assunto remonta um acontecimento do séc. XIV, então aqui surge-nos uma questão- Porque razão terá António Ferreira escolhido um tema tão remoto?

Num primeiro momento, todos temos conhecimento da dimensão do romance entre Pedro e Inês e que por terminar de forma muito trágica teve ainda mais realce.

Tendo em conta agora o momento em que, a obra foi representada, entendemos que Portugal ultrapassava uma crise no trono. D. João III e D. Catarina no seu casamento tiveram problemas em ter filhos, pois todos faleciam. Contudo, D. Afonso III foi o único que conseguiu sobreviver, portanto casou-se com D. Joana de Castela e esta engravidou, todavia Afonso III cai numa queda de cavalo e acaba por morrer. Esta situação leva ao país uma angústia e medo muito grande, porque dá-se a morte inesperada e a dúvida se o bebé seria menino ou menina então, o trono já não estaria garantido. Estando neste cenário, há um clima de tensão, ansiedade, medo por parte de todos, tanto da corte como do povo.

Então, Ferreira parte deste clima para um outro, que também transpareça a mesma dor vivida e sentida, nada melhor como o amor trágico de Pedro e Inês.

Indícios e razões que possam ter levado a esta trágica história de amor acompanhadas de devidos comentários

Podemos debruçar-nos de imediato no título, podia ser escrito de outra forma como por exemplo, “História de Inês de Castro” ou “O amor Trágico de Pedro e Inês”, mas não, é apenas Castro, ou seja, palavra curta, que tem um impacto forte no leitor. Uma vez que, é o apelido do pai e a família trás receio a todos, uma vez que são oriundos do inimigo espanhol, que estava sempre pronto a apoderar-se do terreno vizinho- Portugal.

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