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O Pequeno Príncipe

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Por:   •  16/11/2014  •  1.061 Palavras (5 Páginas)  •  458 Visualizações

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By Yuna

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A LÉON WERTH

Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma

desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma

outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os

livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem

fome e frio.

Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse

livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia

crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória:

A LÉON WERTH

QUANDO ELE ERA PEQUENINO

I

Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias

Vividas", uma imponente gravura. Representava ela uma jibóia que engolia uma fera. Eis

a cópia do desenho.

Dizia o livro: "As jibóias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não

podem mover-se e dormem os seis meses da digestão."

Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu

primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:

Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes

fazia medo.

Responderam-me: "Por que é que um chapéu faria medo?"

Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um

elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem

compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era

assim:

As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas

ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática.

Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora

desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As

pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar

toda hora explicando.

Tive pois de escolher uma outra profissão e aprendi a pilotar aviões. Voei, por

assim dizer, por todo o mundo.

E a geografia, é claro, me serviu muito. Sabia distinguir, num relance, a China e o

Arizona. É muito útil, quando se está perdido na noite.

Tive assim, no correr da vida, muitos contatos com muita gente séria. Vivi muito

no meio das pessoas grandes.

Vi-as muito de perto. Isso não melhorou, de modo algum, a minha antiga opinião.

Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a

experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se

ela era verdadeiramente compreensiva. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu

não lhe falava nem de jibóias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu

alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava

encantada de conhecer um homem tão razoável.

II

Vivi portanto só, sem amigo com quem pudesse realmente conversar, até o dia,

cerca de seis anos atrás, em que tive uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se

quebrara no motor. E como não tinha comigo mecânico ou passageiro, preparei-me para

empreender sozinho o difícil conserto. Era, para mim, questão de vida ou de morte.

Só dava para oito dias a água que eu tinha.

Na primeira noite adormeci pois sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra

habitada. Estava mais isolado que o náufrago numa tábua, perdido no meio do mar.

Imaginem então a minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha

estranha me acordou. Dizia:

- Por favor ... desenha-me um carneiro

-

...

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