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OS CONJUNÇÕES E DISJUNÇÕES ENTRE LITERATURA E CINEMA DIANTE DOS MENINOS DO TRAPICHE

Por:   •  28/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.801 Palavras (12 Páginas)  •  253 Visualizações

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ANA MARIA DE SOUZA ARAUJO

CAPITÃES DA AREIA: CONJUNÇÕES E DISJUNÇÕES ENTRE LITERATURA E CINEMA DIANTE DOS MENINOS DO TRAPICHE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do diploma do Curso de Licenciatura em Letras, Língua Portuguesa e Literaturas, oferecido pela Universidade do Estado da Bahia, sob orientação do professor Dr. Paulo Guerreiro.

Santo Antônio de Jesus

2017

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1 TEÓRICO-METODOLÓGICO

1.1 TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA

1.2 TEORIA DA LITERATURA

1.3 TEORIA DO CINEMA

1.4 MÉTODOS DE ABORDAGENS – TEORIA DOS CONJUNTOS

2 OS CAPITÃES DE JORGE AMADO

2.1 OS MENINOS DE RUA NA NARRATIVA DE JORGE AMADO

2.2 PERSONAGENS RELACIONADAS COM O ESPAÇO

2.3 PERSONAGENS RELACIONADAS COM O TEMPO

3 O NARRADOR VIRA CENAS

3.1 OS MENINOS DE RUA NARRADOS POR CECÍLIA AMADO

3.2 PERSONAGENS RELACIONADAS COM O ESPAÇO

3.3 PERSONAGENS RELACIONADAS COM O TEMPO

4 TEORIA DOS CONJUNTOS APLICADA NAS DUAS OBRAS

5 CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS .........................................................................................

1 Teórico-Metodológico

A literatura e o cinema são duas artes que constituem sistemas semióticos distintos. Contudo, comparando obras literárias e suas adaptações, é possível encontrar aspectos tanto comuns quanto diferentes. Algumas produções literárias de grande sucesso concedem aos profissionais da área cinematográfica uma possibilidade de adaptação, no que concerne à tradução de signos linguísticos e literários para representações e códigos visuais.

No momento presente, sociedades complexas como a Ocidental, desenvolvem diferentes formas de narrar histórias, como a oral, a escrita e aquelas com base em imagens técnicas (fotografia, cinema, TV, vídeo, etc.). Essas formas de narrativa fazem grandes trocas entre suas estruturas, criando representações híbridas. É o que acontece quanto um romance é adaptado para o cinema. Sob essa perspectiva, a obra literária Capitães da Areia lançada em 1937 pelo escritor baiano Jorge Amado, aciona sentimentos e se transforma em imagens na mente do leitor, possibilitando a adaptação fílmica homônima em 2011, dirigida pela neta Cecília Amado.

A partir de então, a diretora, Cecilia Amado, realizou uma tradução intersemiótica, deixando de forma implícita ou não, suas impressões e maneiras de ler o texto na versão levada para as telas. Neste ponto, ao assistir a adaptação fílmica, o expectador não entra em contato com o enredo do texto primário, senão com uma transposição de alguém que o leu e o interpretou para a linguagem fílmica.

Deste modo, o presente trabalho pretendeu entender como se dá esse processo de aproximação de uma linguagem como o cinema em relação a um texto literário. Para tanto, fez-se necessário o uso e a apresentação do processo teórico-metodológico. No que tange aos procedimentos de pesquisa, a vigente análise baseou-se em estudo bibliográfico, através da técnica de coleta de dados, por intervenção de consultas a livros e publicações acadêmicas de autores reconhecidos e em materiais disponíveis em sites científicos.

Isto posto, houve o artificio de uma teoria que estuda o processo de conjunção e disjunção entre literatura e cinema: Tradução Intersemiótica (que possibilita a análise de aspectos que foram mantidos, aspectos que foram retirados e aspectos que foram acrescidos da obra primária para a secundária). Essa teoria dá conta do hibridismo que é o produto fílmico, o resultado da adaptação. Como a obra adaptada é um romance, fez-se necessário recorrer à Teoria da Literatura, no caso, à teoria da prosa, que fornece a ideia da estrutura presente na obra literária. Tornou-se, também, indispensável o estudo da Teoria do Cinema, que possibilita uma investigação a cerca de como essa linguagem se expressa.

Por fim, para esta investigação, foi adotado o estudo comparado entre obra literária e obra fílmica, atentando-se às similaridades e dessemelhanças, garantindo uma sucessão de fundamentos teóricos que se conectam. Como um meio de ilustração, empregou-se a Teoria dos Conjuntos, mais precisamente, o Diagrama de Venn, para expor, em conjuntos, as conjunções e disjunções da obra primária e sua adaptação.

1.1 Tradução Intersemiótica

Desenvolvendoo presente trabalho, tornou-se necessário o embasamento teórico à interpretação dos dados levantados, de maneira que como apoio teórico utilizou-se do autor Júlio Plaza e seu Livro Tradução Intersemiótica, publicado no ano de 2003. Neste material, Plaza (2003) baseia-se em intelectuais como Walter Benjamin, Paul Valéry, Ezra Pound, Octavio Paz, Jorge Luís Borges, Haroldo de Campos e Charles Sanders Peirce, possibilitando maior compreensão de tal prática.

Plaza (2003) abarca a tradução intersemiótica, podendo ser encontrada das artes plásticas e visuais para a linguagem verbal e vice-versa, ou seja, pode existir uma interpretação de um sistema de signos para outro. Citando como análogo a tradução de uma obra literária para o cinema, quando alguns recursos da escrita são transformados em visuais, tornando o narrador da obra primária em cenas trabalhadas sem conversações, levando o espectador à apreciação dos detalhes de iluminação, ambiente, aparência das personagens e trilha sonora, sentindo-se parte do elenco do que é assistido.

Compondo uma reflexão

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