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Os amores exagerados levam a perdição

Por:   •  16/10/2015  •  Resenha  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  135 Visualizações

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Amor de Perdição (São Paulo, 2006, 104 páginas) do escritor Camilo Castelo Branco, é um clássico da Literatura Romântica. Esse romance é desenvolvido por uma ação contínua e interligada em torno de um amor proibido entre dois jovens de famílias rivais. Todos os acontecimentos apontam para um desfecho passional e trágico.

A obra narra a rivalidade entre duas famílias nobres, os Albuquerques e os Botelhos, que se odeiam. Simão, o filho do corregedor Botelho tem um temperamento explosivo, e envolve-se em muitas confusões. No entanto, os valores morais são restituídos quando se apaixona por Teresa de Albuquerque, sua vizinha. Ao descobrirem o romance, a vida dos enamorados se complica: o Corregedor manda o filho para Coimbra e o pai de Teresa a obriga casar com o primo Baltasar ou ir para o convento. O casal é ajudado pelo ferreiro João da Cruz e sua filha Mariana, na qual se apaixona por Simão e encarna o amor romântico abnegado. Simão tenta raptar Teresa e acaba por matar o primo Baltasar. Assume o delito, rejeita a ajuda dos seus familiares e aceita seu fim trágico, pois é o típico herói romântico. Ao final, Simão é degredado a Índia e ao assistir sua partida, Teresa diz adeus e morre. Simão inteira-se da morte de sua amada, tem uma febre inexplicável e falece. Mariana, que acompanhara Simão em todo o infeliz percurso, não suporta a sua perda e atira-se ao mar agarrada ao seu corpo. Os amores exagerados levam a perdição.

O autor Camilo Castelo Branco é um dos mais influentes escritores portugueses, e ao longo de sua vida contribuiu como historiador, tradutor, romancista, cronista, dramaturgo e crítico. Camilo escrevia para o público em geral, e por isso, acabou se sujeitando aos ditames da moda daquela época. No entanto, manteve a sua originalidade. Suas obras são marcadas pelo exagero, desequilíbrio e sentimentalismo, dando valor ao tédio, melancolia, desespero, pessimismo e fantasia. Escreveu obras Ultra românticas e satíricas, narrando situações ridículas e originais, novelas passionais, acontecimentos dramáticos e finais trágicos.

A literatura romântica, caracterizada pela liberdade de criação e de expressão, retrata o subjetivismo, o sentimentalismo, a idealização, o escapismo. Na obra em estudo podem-se verificar a presença do sentimentalismo, onde tudo o que é provocado pelo impulso é permitido, e o escapismo, que é uma espécie de fuga, já que o romântico não aceita a realidade e procura modos de refugiar-se, principalmente na morte.

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