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PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA

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Por:   •  12/11/2014  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  1.026 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

TRABALHO EM GRUPO – TG

PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA

ALUNO: ADRIANA MARRA – RA 1408391

POLO

Guarulhos / SP

2014

TEXTO ESCOLHIDO: O PÃO DOS OUTROS

Remi está a conversar com a avó. Gosta de a ouvir falar dos seus tempos de menina.

— Na minha aldeia, na Provença, pelo Ano-novo, no primeiro dia de Janeiro, toda a gente oferecia uma prenda a toda a gente. Vê lá se és capaz de adivinhar o que seria. Remi lança palpites:

— Comprar prendas para a aldeia inteira… É preciso muito dinheiro. Quer dizer que as pessoas eram ricas?

A avó riu-se:

— Oh, não! Naquele tempo, tinha-se muito pouco dinheiro e ninguém na aldeia comprava prendas. Nem sequer havia lojas como há hoje.

— Então, faziam as prendas?

— Não propriamente!

— Mas como é que faziam?

— Era muito simples. Ora ouve…

Antigamente, cada família cozia o seu pão. Não havia água corrente nas casas, por isso íamos buscá-la à fonte, no largo da aldeia.

E, no dia um de Janeiro, de manhã muito cedo, a primeira pessoa que saía de casa, colocava um pão fresco no bordo da fonte, enquanto enchia a bilha de água. Quem chegava a seguir pegava no pão e deixava outro no mesmo lugar para a pessoa seguinte, e assim por diante…

Desta forma, em todas as casas, se comia um pão fresco oferecido por outra pessoa. Nem sempre se sabia por quem, mas garanto-te que o pão nos parecia muito bom porque era como se fosse um presente de amizade.

As pessoas que estavam zangadas pensavam que talvez estivessem a comer o pão do seu inimigo e isso era uma espécie de reconciliação…

Durante alguns dias, esta história andou a martelar na cabeça de Remi.

Uma manhã, teve uma ideia.

Meteu no bolso uma fatia de pão de lavrador, que é o pão que se come na casa de Remi.

E na escola, um pouco antes do recreio, Remi pousou o pão bem à vista, em cima da carteira de Filipe, o seu vizinho.

Filipe está sempre com fome e não para de repetir a Remi:

— Oh! Que fome, que fome eu tenho! Bem comia agora qualquer coisa!

Quando Filipe viu a fatia de pão, que rica surpresa! Sabia muito bem quem lha tinha dado, mas fingiu que não sabia.

No recreio, todo contente, comeu o pão sem dizer nada a Remi, mas…

No dia seguinte, sabem o que é que Remi encontrou em cima da carteira, mesmo antes do recreio? … Um pedaço de cacete!

Um grande pedaço bem estaladiço! Um verdadeiro regalo!

Filipe ria-se.

E assim continuaram a dar um ao outro, presentes de pão.

Na aula, a Carlota e a Sílvia estão sentadas logo atrás de Filipe e de Remi. Rapidamente souberam da história do pão e quiseram também participar nas surpresas.

No dia seguinte, Sílvia levou uma fatia de cacetinho e Carlota uma fatia de pão centeio.

Outras crianças quiseram participar nas prendas de pão.

Apareceu pão saloio, pão de noz, pão de sêmea, pão sem côdea, pão caseiro, pão fino, pão russo, negro e um pouco ácido, que Vladimir levou, pedaços de pão árabe, que a mãe de Ahmed cozera no forno, e ainda muitos outros tipos de pão.

Desta forma, quase toda a turma se pôs a trocar pedaços de pão durante o recreio.

A professora apercebeu-se das trocas e perguntou:

— O que é que vocês estão a fazer?

Carlota e Remi contaram-lhe toda a história do pão dos outros.

E logo após o recreio, o que é que estava em cima da secretária da professora? …um pedaço de pão!

Toda a classe tinha os olhos postos na professora. Ela sorriu e comeu o pão.

E, no domingo seguinte, quando Remi viu a avó, era ele que tinha uma história para lhe contar:

— Sabes, avó, na minha turma…

Michèle Lochak

Le pain des autres

Paris, Flammarion, 1980

(Tradução e adaptação)

Fonte: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2013/09/30/pao

Principais questões para reflexão

A avó de Remi tem muita experiência de vida, e com isso muita “bagagem narrativa”, o que atrai Remi. No texto não é colocado sobre a formação da avó, porém ela é capaz de prender a atenção de Remi e lhe transmitir conceitos educativos para vida. O ato de transmitir educação é inato no ser?

Na cabeça de Remi as pessoas precisavam ser muito ricas para trocarem presentes com a aldeia inteira. O estilo de vida que levamos hoje fez com que Remi

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