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Para ser grande sê inteiro

Por:   •  22/10/2018  •  Tese  •  382 Palavras (2 Páginas)  •  1.231 Visualizações

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“Para ser grande, sê inteiro: nada

  Teu exagera ou exclui.

  Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

  No mínimo que fazes.

  Assim em cada lagoa lua toda

  Brilha, porque alta vive”

O poema foi escrito por Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, que nasceu em 1887, no Porto. Foi educado num colégio de jesuítas tendo sido um exímio estudante de latim e aprendido grego sozinho. Ricardo Reis procura alcançar a quietude e a paz através do fascínio pela natureza onde tenta encontrar a felicidade.

Analisando a estrutura externa do poema este tem apenas uma estrofe de 6 versos, uma sextilha.

Quanto à métrica do poema, este possui uma métrica livre com 3 versos decassilábicos, o 1º, o 3º e o 5º, e 3 versos hexassilábicos, o 2º, o 4º e o 6º, que são versos muito característico da poesia de Ricardo Reis. Há também ausência de rima.

        Neste poema, Ricardo Reis, faz o uso do imperativo em verbos como “sê, exclui, põe”, dando conselhos.

        No 1º verso, o poeta apresenta-nos um dos princípios básicos da sua filosofia  ao defender que o homem deve aceitar a dor da vida de maneira inteira. Em “ nada teu exagera ou exclui” o poeta continua a defender que o Homem  abdique de tudo menos de si próprio.

Nos 3º e 4º versos aconselha que encontremos a inteira felicidade em cada coisa, que nos entreguemos de corpo e alma a tudo o que fazemos. Defende que devemos dar sempre o nosso melhor em tudo o que nos envolvemos, porque assim ficaremos de consciência tranquila, pois temos a certeza de que fizemos tudo o que foi possível.

Nos últimos 2 versos, Ricardo Reis sugere que sejamos como a lua que brilha, toda e inteira, em cada lago, porque vive alta. Ou seja, se dermos sempre o nosso melhor, não excluindo nada do que somos, as outras pessoas reconhecerão o nosso verdadeiro valor e assim, brilharemos como a lua.

        Para concluir, podemos inferir que esta teoria que Ricardo Reis expõe é como uma solução ao problema de fragmentação de Fernando Pessoa, fragmentação esta que impedia o alcance da felicidade por parte do mesmo.

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