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Pinoquio

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Por:   •  26/9/2013  •  Resenha  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  342 Visualizações

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Apesar de ser um livro voltado para o público infantil, Pinóquio às Avessas aborda uma história muito interessante para que pais e educadores possam, por alguns instantes, analisar as diferentes metodologias de ensino, de forma mais crítica e menos condicionada.

Iniciando a escrita pela referência à famosa história do boneco de madeira, Rubem Alves, procura, ao longo de todo o texto, destacar um pensamento, um tanto equivocado, que se espalha, há anos, pela sociedade. De acordo com ele, muitas pessoas, ainda, acreditam que somente por meio da escola a criança pode se tornar "uma pessoa de verdade".

Rubem Alves decide, então, mostrar que muitas pessoas podem estudar em boas escolas, tirar excelentes notas, se tornar profissionais bem conceituados, porém, não atingir a tão sonhada satisfação ou realização pessoal. Ou seja, somente o fato de freqüentar a escola não é o suficiente para garantir um futuro feliz às crianças.

A história, portanto, se inicia com um destaque à forma como os pais conversam com as crianças a respeito do colégio. Geralmente, os alunos, antes de freqüentar esta instituição, perguntam, para a mãe, ou para o pai, a finalidade de ir até lá, o que elas farão nesse lugar, quem será o responsável por elas, entre outras questões.

O autor desperta, então, a atenção do leitor para o fato de muitos pais dizerem, aos filhos, que na escola eles aprenderão tudo sobre a vida e sobre o que mais desejarem saber. Dizendo isso, a ilusão de que as professoras responderão todas as perguntas, permanece, durante muito tempo, na cabeça das crianças.

Na verdade, como demonstra Rubem no decorrer do livro, a escola ensina, somente, os conteúdos pré-estabelecidos pelo ministério da educação. Dessa maneira, muitos alunos, que vivem em uma realidade social diversa ficam prejudicados. Além disso, muitos conceitos e dúvidas, que não se referem, diretamente, aos conteúdos abordados, não são trabalhados ou aproveitados pelos educadores.

Para demonstrar como algumas informações podem prejudicar, seriamente, o processo educativo, o autor apresenta a história de um menino, chamado Felipe, que ao freqüentar, pelo segundo dia, a escola, faz uma pergunta à professora: "Por que temos que estudar dígrafos?". E a professora, sabiamente, responde: “Isso vai cair no vestibular”. O menino, então, interpreta que todo conhecimento adquirido na escola serve, apenas, para passar no vestibular.

De fato, essa tradicional visão em relação às instituições já sofreu muitas mudanças. Atualmente, existem diversas corrente pedagógicas que combatem essa linha de pensamento. A corrente construtivista, por exemplo, fundamentada nas pesquisas de Piaget e Vygotsky, parte da idéia de que todos os seres humanos precisam agir aos estímulos do ambiente para, então, serem capazes de desenvolver as próprias habilidades. Ou seja, essa teoria defende a constante interação do aluno em meio ao processo educativo para que ele mesmo possa construir e organizar o próprio conhecimento. Dessa maneira, as dúvidas e questionamentos de um criança não podem ser reduzidas às "necessidades do vestibular". Uma criança estuda para crescer e se fortalecer como cidadão, não como um "robô repetitivo".

Assim, é possível perceber como Rubem Alves é, totalmente, a favor das idéias transmitidas por

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