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Preconceito Linguístico - Marcos Bagno

Por:   •  15/10/2015  •  Resenha  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  2.049 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS
LETRAS
INTRODUÇÃO Á CIÊNCIA DA LINGUAGEM
1º PERÍODO

ANA CLÁUDIA SABINO TEIXEIRA

RESENHA
 “Preconceito Linguístico: o que, é como se faz”

PROF. DR. SÓSTENES CEZAR DE LIMA

ANÁPOLIS
2015

BAGNO, MARCOS. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. 48ª e 49ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999. ISBN: 85-15-01889-6

“O tipo mais trágico de preconceito não é aquilo exercido a outras pessoas, mas aquela exercida contra a si mesma”

TEIXEIRA, A.C.S1
1anakissudra3@gmail.com
1
 Universidade Estadual de Goiás UnuCSEH - Av. Juscelino Kubitschek, n° 146 –
Bairro Jundiaí
, 75.110-390

        Doutor em Filologia e Língua Portuguesa, Marcos Bagno “vem se dedicando à investigação das implicações socioculturais do conceito de norma, sobretudo no que diz respeito ao ensino de português nas escolas brasileiras”. Em sua, nomeada, obra Preconceito Linguístico: o que é, como se faz, Bagno quebra todos os mitos que rodeiam a Língua Portuguesa ou Português Brasileiro.

        O Doutor começa explicando como se deu o preconceito linguístico, onde ele diz que há uma confusão entre língua e gramática normativa, sendo que o nosso dever é quebrar este equívoco. Para exemplificar o seu pensamento, ele diz que uma receita de bolo não é um bolo, muito menos um molde de um vestido não é um vestido, e assim é a língua também, ou seja, a gramática não é a língua.

        No primeiro tópico chamado A mitologia do preconceito linguístico, Bagno evidência que hoje em dia há uma enorme tendência a lutar contra as diversas formas de preconceito, tentando mostrar para o mundo que eles não têm nenhum fundamento racional, mas, infelizmente, isto não implica em uma das formas mais comuns de preconceito: linguístico. É um tipo de preconceito que se alimenta diariamente, seja em programas de televisões ou rádios, onde tentam nos mostrar o que é o “certo” e o “errado”.         

        Infelizmente, este preconceito linguístico faz parte da imagem negativa que o brasileiro tem não só de si, mas como da sua própria língua. O autor, então, aponta diversos mitos que rondam a língua portuguesa, vindo desde a comum fala que “Brasileiro não sabe português”, o que é algo grosseiro porque uma pessoa nascida no Brasil sabe, sem dúvida, a sua própria língua, ou que “As pessoas sem instrução falam tudo errado”. Vivemos em uma sociedade que o problema não está naquilo que se fala, mas em quem fala o quê.

        Em seu segundo tópico, O círculo vicioso do preconceito linguístico, Marcos Bagno afirma que esse círculo vicioso é formado pela união de três elementos, costumando chama-lo de “Santíssima Trindade”, sendo eles: Gramática Tradicional, Métodos tradicionais de ensino e Livros didáticos. “A gramática tradicional inspira a prática de ensino, que por sua vez provoca o surgimento da indústria do livro didático”. Assim, eles criam a ideologia do preconceito linguístico, fazendo isto ficar impregnado na mentalidade das pessoas de tal forma que as atitudes preconceituosas começam a se tornar parte do ser e do estar no mundo.

        O escritor segue dissertando sobre o festival de asneiras que vem se encontrando na sociedade, onde homens tentam, inutilmente, se passar por “maioral” da Língua Portuguesa. O Doutor cita então uma obra de Luiz Antonio Sacconi “Não erre mais”, na qual ele “tenta ensinar coisas perfeitamente inúteis, como a pronúncia “correta” do nome inglês do modelo de um carro, a grafia “correta” do apelido da apresentadora de televisão Xuxa ou a conjugação do verso apropinquar-se”. O brasileiro que ler o livro, sem dúvida, se sentirá um estúpido, em relação à Língua Portuguesa, ou até mesmo um ignorante.

        No penúltimo tópico designado A desconstrução do preconceito linguístico, Bagno afirma que o primeiro passo para conseguir quebrar qualquer ideologia, é reconhecer que existe uma crise na língua. Muita gente acredita e defende que a norma culta é que deve ser o objeto de ensino/aprendizagem na sala de aula. E fazendo uma analogia em alguns mitos vistos, ele diz que a norma culta é algo reservado a poucas pessoas no Brasil.

        Assim podemos encontrar problemas básicos a este respeito, sendo uma delas a quantidade injustificável de analfabetos e analfabetos funcionais[1], lembrando que tudo isto é em um país cuja Constituição diz que a educação é “dever do Estado”. Outro problema básico, é que ler e escrever não faz parte da cultura brasileira. Elas não desenvolvem suas habilidades linguísticas. Bagno deixa bem claro que o problema não está no modo que é ensinado o português, mas sim naquilo que se ensina. E por fim, Magno nos lembra um dos maiores dizeres das pessoas, que o ideal português é aquilo que mais se aproxima do português de Portugual, se esquecendo que são línguas totalmente distintas.

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