RESUMO DO LIVRO LUTAR COM PALAVRAS.(CAP. 2 AO CAP. 8)
Por: ewertonem • 1/8/2015 • Trabalho acadêmico • 3.840 Palavras (16 Páginas) • 3.836 Visualizações
Discente: Ewerton William Estevam de Souza
Docente: Alessandra Castilho Ferreira da Costa
Disciplina: Leitura e produção do texto
RESUMO DO LIVRO LUTAR COM PALAVRAS.(CAP. 2 AO CAP. 8)
Natal – RN
20/10/2014
Este texto tem o objetivo de resumir as principais ideias de a obra Lutar com palavras (ANTUNES, 2005, pp. 43-163). Serão expostos por meio deste trabalho o que é a coesão e como ela pode ser feita; além de algumas considerações de como esse assunto é abordado para os alunos de ensino fundamental e médio.
Muito se fala sobre coesão e coerência, e como essas duas ferramentas são imprescindíveis para um texto. Mas, o que seria coesão? Será que a coesão está presente no texto, como se se costuma ser ensinado? É possível definir um texto coeso e um não coeso?
A coesão é o princípio que rege a sequência do texto, isto é, tem-se um tema que deve ser desenvolvido, mas para tal, não basta apenas dominá-lo para se construir um bom enunciado, na verdade, vai muito, além disso. Ele deve possuir introdução, desenvolvimento e conclusão, mas há alguma coisa que deva ligar uma fração do texto a outra, não? Pois é, ela é a coesão.
Assim como ligar palavras, a coesão deve conectar sequências de orações, parágrafos, mas, mais importante, deve ligar ideias. Daí a sua importância. Um texto pobre em coesão é um texto que exibe as informações, mas não há um enlace entre elas, deixando-o confuso e cansativo.
Falando desse modo, parece que a coesão está no texto e é colocada por quem o redige (Como se ensina nas escolas), no entanto, é um modo de se pensar errado. No texto estão os mecanismos que dão seguimento a ele, mas é o leitor quem os interpreta, isso garante dizer que pessoas textualizam diferente o mesmo texto. Concluindo-se dessa forma que a coesão é um dos princípios da textualidade.
Partindo do pressuposto que a conexão deve estabelecer relações sintático-semânticas com as frações do texto, e que essas relações devem se relacionar com o tema e os subtemas, a coesão pode se fazer pelos seguintes recursos:
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1. Por REITERAÇÃO, já que um texto deve manter-se uniforme tematicamente falando, é quase impossível não reiterar as palavras e ideias chaves desse tema, principalmente se for um texto longo ou complicado, que exija uma maçante repetição dos conceitos, reafirmando ou explicando-os. Nesse tipo, subdividem-se duas formas de reiteração:
1.1 A repetição, que consiste em repetir uma palavra ou um conceito que apareceu anteriormente. Pode ser feita por: repetição propriamente dita, paráfrase ou paralelismo; e a substituição, que pode ser: gramatical, lexical ou por elipse.
1.1.1 A paráfrase é a retomada de algo com outras palavras, como se se quisesse explicar o mesmo enunciado usando diferente vocabulário. Pode-se usar: explicando melhor, ou seja, isto é. etc;
Ex: Para Fiorin, o texto é uma unidade de sentido, isto é, seus componentes vão se entrelaçando numa rede de significados, que unidos vão gerar um todo dotado de sentido. |
Nesse exemplo há a paráfrase porque é apresentada uma definição de texto e logo em seguida essa definição é reiterada com outras palavras. O recurso coesivo ‘’isto é’’ não vem marcar uma nova ideia (Ainda se diz que o texto é uma unidade de sentido), vem apenas reforça-la, ou seja, deixando-a mais clara e objetiva.
1.1.2 O paralelismo ocorre quando unidades semânticas semelhantes concordam com unidades gramaticais semelhantes; dessa forma, estando paralelas no mesmo plano. Elementos coordenados entre si devem apresentar a mesma estrutura gramatical.
Ex: O ser humano, assim como os outros animais, é um ser que respira, bebe, come, ouve, fala, escuta etc. |
N
a
Nas palavras em destaque, acima, observa-se um paralelismo, pois todos os verbos estão no mesmo tempo (presente), na mesma pessoa (3ª pessoa do plural).
Ex: É necessário que comas e bebas. |
Novamente se observa o paralelismo, observe o efeito causado pela quebra do paralelismo.
Ex: É necessário que comas e bebes. |
Até um leigo no assunto percebe que algo está estranho, bebes não está concordando com o verbo anterior porque o uso do imperativo exige a forma verbal ‘bebas’.
O homem precisa de comida e de bebida. O pai pediu para o filho ir à oficina e, na volta, passar no banco. Joanna não sabia que o cachorro tinha comido e que tinha ido embora. |
1.1.3 A repetição propriamente dita, título autoexplicativo, é o uso da mesma palavra usada anteriormente, seja por falta de um sinônimo ou por algum efeito que se deseja expressar no texto. nesse último, entende-se principalmente quando quer se dá ênfase, por exemplo:
No meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento Carlos Drummond de Andrade. |
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