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Resenha De Obra Literaria

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Por:   •  22/5/2013  •  493 Palavras (2 Páginas)  •  693 Visualizações

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Resenha Literária do livro Capitães de Areia, de Jorge Amado

É um romance modernista, pertencente à segunda fase do Modernismo no Brasil (1930-1945), cuja narrativa aparece fortemente vinculada às transformações políticas, sociais e econômicas do período. Pela primeira vez na história da literatura brasileira, um escritor denuncia de maneira panfletária o problema dos menores abandonados e dos menores infratores que desafiavam a polícia e a própria sociedade. A abordagem romântica deve-se, exclusivamente, ao fato de o autor minimizar os delitos dos meninos e acentuar os defeitos da sociedade, nem mesmo a Igreja ficou livre da censura do autor. Por outro lado, Jorge Amado traz para discussão a problemática desses meninos que não tiveram a felicidade de ter uma família ou a felicidade de ser acolhidos pelo Estado que tinha a obrigação de defendê-los de qualquer tipo de marginalização.

No primeiro capítulo, o leitor entra em contato com o universo dos meninos, suas tristes histórias de vida. As principais personagens são: Pedro Bala, um menino de quinze anos, que ganhou o direito de liderança, após uma “briga de foice”. Loiro, com uma cicatriz no rosto, passou a ser uma espécie de pai para os garotos. Tinha a autoridade necessária para liderar o grupo, agilidade e, acima de tudo, tornou-se um exemplo para aqueles meninos. O Professor era uma luz na escuridão trazia para a realidade daqueles meninos a fantasia, que só a literatura poderia proporcionar. Gato era o malandro, usava sua esperteza para conseguir “se dar bem na vida”, é o explorador de mulheres. Sem-pernas era o ódio em pessoa. Desde pequeno aprendera a odiar a tudo e a todos, até mesmo quando amava. Fingia-se de órfão desamparado e se aproveitava de suas vítimas para roubá-las. João Grande era o “negro bom” como dizia Pedro Bala. Pirulito, a fé. No segundo capítulo, o leitor é apresentado à personagem Dora e ao irmão, que após perderem os pais, vítimas da varíola, vão fazer parte dos Capitães da Areia. No terceiro capítulo, após a morte de Dora, o leitor se depara com grandes transformações. Dora partiu o coração de todos aqueles meninos. A vida, no Trapiche, nunca mais seria a mesma. A vida precisava seguir seu curso, alguns sonhos se concretizaram, outros foram, estupidamente, interrompidos. Pedro Bala, embora perseguido pela polícia de cinco Estados como organizador de greves, como dirigente de partidos ilegais, como perigoso inimigo da ordem estabelecida, transformou-se em herói de sua classe.

Jorge Amado, será sempre lembrado como o escritor que conseguiu manter um diálogo permanente e intenso com o público. Capitães da areia, apesar de ter sido escrito há tanto tempo, continua atual. A história daqueles meninos continua a pontuar as páginas dos jornais e da televisão, a mostrar que os problemas sociais, econômicos e políticos persistem. Quanto a fogueiras e menores abandonados, a triste conclusão é que continuam a fazer parte da história pátria.

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