Resumo de introdução a linguística

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre a Linguística, que foi adquirir status de ciência a partir do século XX. “Até então o que havia era o estudo assistemático e irregular dos fatos da linguagem, de caráter puramente normativo ou prescritivo, ou ainda, retrocedendo à Antiguidade grega, especulações filosóficas sobre a origem da linguagem mescladas com estudos de Filologia” (CASTELAR, 1976, p. 6). Isso posto, defina o campo de estudos denominado Linguística.

É objetivo desse trabalho esclarecer algumas dúvidas pertinentes a respeito da metodologia que norteiam a linguística, como por exemplo a origem da linguagem, da filologia e da histórico-comparativa.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, dos acervos de livros sobre a introdução a linguística, do ponto de vista dos autores Ferdinand de Saussure e Martelotta.

DESENVOLVIMENTO

A linguística é definida como a disciplina que estuda cientificamente a linguagem, visto que, antes da linguística já existiam outros estudos com relação a língua (pré-linguísticos). Porém, esses estudos não eram científicos, mas, assistemáticos e irregulares que explicavam de várias formas os fenômenos linguísticos.

A linguística passou por três fases sucessivas; a fase filosófica, filológica e histórica-comparativa. Na fase filosófica, os gregos foram os precursores dessa perspectiva, pois se aprofundaram na origem da linguagem. Seus raciocínios foram baseados em cunho filosófico, no qual se abrangeu a etimologia, a retorica, a fonologia e entre outros.

Desse modo, no século II a.c. surgiu a gramatica normativa/tradicional de cunho prescritivo, em que a língua se tornara idealizada, uma distinção social, onde por linhas gerais é gerado o preconceito linguístico. Tendo em vista que não existe certo ou errado, porque o que é considerado “certo” aqui é considerado “errado” em outro lugar. O que existe é a relação de adequado e não adequado para cada situação comunicativa dependendo do contexto. Por isso que é um equívoco pensar que há uma forma certa de falar e escrever, e que as outras formas são consideradas erradas, tal pensamento foi estereotipado pela gramatica normativa, uma tradição que vem desde o século II a.c., ou seja, ela está enraizada culturalmente no meio social.

Já a vertente filológica se consolidou na segunda fase dos estudos linguísticos, e foi definida com “(...) uma ciência eminentemente histórica, que por tradição se ocupa do estudo de civilizações passadas através da observação dos textos escritos, com o intuito de interpretá-los e fixá-los para esclarecer o processo de transmissão textual”. (MARTELOTTA, 2012, p.23). Ou seja, na filologia atem-se na comparação entre línguas, em que os estudos de textos escritos literários eram considerados sagrados, como as obras de Sânscrito e outros. “Tal perspectiva é fundamental para o estudo da literatura, visto que, fornece informações necessárias para a caracterização do texto por eles estudado. ” (MARTELOTTA, 2012, p. 24). Nessa metodologia começou-se a desenvolver a linguística histórica, para estabelecer certo grau de parentesco entre as línguas.

Desta feita, a terceira fase da história da linguística, dá-se no século XIX, com a descoberta de Sânscrito entre 1786 e 1816, analisava as relações de parentesco entre o latim e o grego, das línguas germânicas. Há preocupação diacrônica em saber como as línguas evoluem, e não como funcionam, tal fato, irá marcar toda essa fase. Nesta concepção linguística, evidencia um grau de parentesco, familiar entre os códigos. Os estudiosos conseguiram observar que tanto nas línguas do oriente, quanto nas línguas do ocidente havia um certo grau de semelhança, no qual essa semelhança “às vezes” vem ao menos no determinante, pois a língua é assistemática e regular.

A linguística veio por adquirir uma posição social por volta do século XX em 1916