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Resumo do Livro de Hanna Arendt - Da violência

Por:   •  3/12/2017  •  Resenha  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  1.336 Visualizações

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DA VIOLÊNCIA

Michele Scartezine

Hanna Arendt foi uma grande pensadora política, nascida em 14 de outubro de 1906, na Alemanha. Arendt não gostava muito de ser tratada como filosofa, preferia a denominação de cientista política.  A autora de origem judia foi perseguida pelo regime de Adolf Hitler e em 1933 passa a residir na capital francesa. Durante a segunda guerra mundial foi mandada a um campo de concentração, conseguindo fugir para Nova York em 1941, onde perde a nacionalidade alemã e permanece dez anos sem direitos políticos, obtendo a cidadania estadunidense em 1951. Nos estados unidos Hanna desenvolveu uma carreira acadêmica e lecionou em universidades. Faleceu em 4 de dezembro de 1975.

Na sua obra “Da violência” Hanna Arendt expõe seu descontentamento com a ciência política moderna, por não fazer a distinção entre poder, força, autoridade e violência, para a autora essas palavras são vistas como sinônimos, pois todas são utilizadas para denominar os meios pelo qual o homem chega ao governo. No livro, Arendt explica todos esses conceitos, abordando suas diferenças e relações.

A autoridade, na visão de Hanna, é um conceito que se aplica ao sujeito, existe a autoridade pessoal como por exemplo, na relação entre pai e filho e a autoridade de cargos. O que define a autoridade é o reconhecimento. Uma pessoa obedece a outra pois reconhece naquele outro ser a autoridade que ele possui, não é preciso a utilização de coerção ou persuasão. É possível relacionar o conceito exposto por Arendt, com o que dizia Maquiavel: “governar é fazer crer que quem exerce o poder é o melhor para fazê-lo.” Ou seja, uma conversão de mera dominação pela obediência espontânea. A própria autoridade vem de auctoritas, que vem de aceitar reconhecer (o reconhecimento do poder do outro.)

O conceito de poder apresentado por Hanna, se difere o pensamento de muitos filósofos da história. Na opinião de Lock, na sua teoria subjetivista, o poder está presente no indivíduo. Hobbes, com a sua teoria substancialista, afirma que o poder está presente no objeto, por exemplo, o poder está na coroa, quem detém a coroa detém o poder. Já Foulcault, na sua teoria relacional, afirma que o poder surge da relação entre sujeitos, ou seja, uma pessoa é mais forte em relação a outras. Hanna Arendt, afirma o poder como o “agir em comum acordo.” Ou seja, o poder foi investido a alguém por um grupo de pessoas, se o grupo desaparece o poder desaparece também.

A força, segundo a autora, é usada pela maioria como sinônimo de violência, entretanto, para Arendt, a palavra força serve para indicar a energia liberada através de movimentos físico ou sociais. O estado detém o monopólio legitimo da força. Quando há abuso da força, ela deixa de ser legitima e se torna violência.

A violência, é um ato instrumental, ou seja, é aquilo que se utiliza para chegar a algum fim, está sempre em busca de justificativas. Já o poder é “um fim em si mesmo”, não precisa de justificativas, mas de legitimidade, ou seja, ele apenas precisa ser aceito por todos para existir, pois o poder emana do povo e não da violência. Segundo Arendt, no entanto, é muito comum ocorrer a combinação entre violência e poder. Não se pode confundir, porém, autoridade, poder, força e violência, como sendo a mesma coisa.

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