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Sociedade dos poetas mortos

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Por:   •  8/10/2014  •  Tese  •  1.839 Palavras (8 Páginas)  •  340 Visualizações

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Até Breve, Capitão Robin McLaurin Williams!

O mundo como eu, ficou perplexo com a morte prematura do ator Robin Williams, 63 anos, que foi encontrado morto em sua casa em Tiburon, no estado americano da Califórnia. As causas e circunstâncias da morte estão sendo apuradas, mas segundo a polícia californiana, a suspeita é que o autor tenha cometido suicídio por asfixia.

Fiquei conhecendo o ator Robin Williams, através da sua interpretação do professor John Keating, no filme de 1989, antigo, mas com uma lição eterna, “A Sociedade dos Poetas Mortos”, quando estava no ensino médio em Petrópolis – Rj, era um pré-adolescente, cheio de sonhos e anseios, na verdade continuo o mesmo jovem sonhador e esperançoso de um mundo melhor, quando o professor de português, literatura e redação, passou o filme para a turma.

No início, pensei que o filme fosse de terror, ou suspense, por causa do nome, “A Sociedade dos Poetas Mortos”, grande engano, era um dos melhores filmes que assisti, continuo assistindo pelo menos umas 10 vezes ao ano, já sei quase todos os diálogos do professor Keating com os seus alunos de cor. O filme me inspirou a sair do ordinário e buscar o extraordinário.

A Sociedade dos Poetas Mortos

Este filme decorre num desses colégios internos de grande prestígio que têm por principal objetivo formar as futuras elites. Situado no coração de Vermont, nos EUA, o colégio de Welton rege-se pelas palavras de ordem: “tradição”, “disciplina”, “honra” e “excelência”, que os estudantes carregam nos estandartes na cerimônia de abertura do ano letivo. Os pais acompanham os alunos nesta cerimônia como forma de expressar a transferência que fazem para esta conceituada escola da missão de educar os seus próprios filhos.

É durante essa cerimônia de abertura do ano que o diretor do colégio, Sr. Nolan apresenta o novo professor de Inglês, John Keating, ele próprio um antigo aluno de Welton.

Com o começo do ano letivo surgem novos estudantes. Todd Anderson é apresentado aos seus novos colegas pelo companheiro de quarto, Neil Perry. Os estudantes voltam ao seu ritmo habitual. Combinam grupos de estudo, falam do ano anterior e se preparam para o novo ano que se inicia.

Na primeira aula, Keating convida os alunos a tratarem-no por “Oh Capitão, meu Capitão!”. Pede-lhes para o seguirem até ao corredor onde observam fotografias de antigas turmas de Welton. Nessa altura, declara a sua exuberante concepção de vida, pedindo aos alunos que se aproximem e que escutem o conselho dos seus antecessores. Os estudantes habituados a obedecer, aproximam-se. Keating murmura: “Carpe Diem, estão a ouvir? Carpe... Carpe Diem...Aproveitem o dia, meus amigos...tornem as vossas vidas extraordinárias...”

Na aula seguinte, Keating lê com os alunos um excerto da introdução de um livro de Inglês. Trata-se de uma análise supostamente científica de um texto poético. Como forma de contestação à abordagem feita à poesia pelo autor do manual, Keating manda os alunos arrancarem as páginas da introdução do livro. Como então defende, a poesia não se mede. Tem que ser vivida. Reúne os alunos à sua volta e explica, com paixão, porque é que a poesia é essencial: “Não lemos e escrevemos poesia porque é ‘giro’. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana. E, como tal, estamos cheios de paixão”.

Estas primeiras aulas provocam imediatamente algumas reações no colégio, nomeadamente, a do professor de Latim que surpreende os alunos a rasgarem as folhas do livro vendo que o fazem com a autorização de Keating. Um grupo dos estudantes encontra um velho “Livro de Turma” do tempo de Keating. Aí descobrem que o professor de literatura pertencia a uma tal “Sociedade dos Poetas Mortos”. Curiosos, interpelam o professor no pátio que contam aos alunos, com certa nostalgia desse pequeno grupo de estudantes que se reunia clandestinamente numa gruta, para “...sugar o tutano da vida...” Entusiasmados, os alunos resolveram retomar a ideia do Clube nessa mesma noite.

Neil Perry, um dos mais ativos, inicia as reuniões, como antigamente, com a leitura de um poema de Henry David Thoreau. As reuniões sucedem-se de forma espontânea: lêem poemas, contam histórias, tocam música, cantam, fumam e dançam. Do mais extrovertido, Charlie Dalton, passando pelo mais apaixonado, Knox Overstreet, aos mais “atinados” como Meeks, Pitts e Cameron e acabando em Todd, o mais tímido, cada um tem o seu “espaço”.

Entretanto, Keating continua a surpreender os alunos. Para conseguir ultrapassar a sua animosidade em relação a um nome como o de William Shakespeare, interpreta alguns trechos da sua obra de forma divertida. Para exemplificar como se devem olhar constantemente as coisas de maneira diferente, sobe à mesa, põe-se de pé em cima dela e convida os alunos a fazer o mesmo. Aliás, o incitamento aos alunos não fica por aqui.

Numa aula em que cada aluno tem que ler um poema de sua autoria, Keating força Todd a libertar, perante a turma, a poesia que tem dentro de si. Para conseguir, faz com que ele solte um grito bárbaro. Pressionado pelo professor, Todd emociona-se e constrói um poema em plena aula. O professor Keating contempla aquele momento mágico que sempre acreditara possível. Todd libertara-se da sua timidez perante a estupefação de toda a turma.

Outra originalidade das aulas de keating consistia em levar os alunos para fora da sala de aula. Aí, convida-os a ler um pequeno trecho de um poema antes de chutar uma bola, incita-os a caminhar no pátio do colégio afirmando a sua individualidade com a sua forma particular de andar. O seu objetivo é mostrar-lhes como é difícil, mas fundamental, estar preparado para manter as suas convicções perante os outros.

No comportamento dos alunos começa a notar-se a influência da mensagem de Keating. Cada um encontra a coragem necessária para realizar o seu projeto: Knox, apaixonado por Chris, ousa declarar o seu amor; Charlie escreve um artigo no jornal do colégio, em nome da Sociedade dos Poetas Mortos, a pedir que sejam admitidas mulheres em Welton; Neil, contra a vontade do pai, decide entrar numa peça de teatro dando assim satisfação a seu sonho de ser ator.

Estes dois últimos acontecimentos desencadeiam reações muito rápidas. A direção do colégio, representada pela pessoa do diretor Sr. Nolan, interroga Charlie que é severamente castigado e ameaçado de expulsão caso não revele o que é a Sociedade dos Poetas Mortos. A transgressão de Neil é descoberta pelo pai. Embora o seu desempenho na peça seja um sucesso, o pai obriga-o a regressar a casa nessa mesma noite. Comunicado ao filho que irá transferi-lo para

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