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Síntese reflexiva do livro Carta de uma orientadora, o primeiro projeto de pesquisa

Por:   •  20/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.209 Palavras (9 Páginas)  •  3.285 Visualizações

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DINIZ, Débora. Carta de uma orientadora, o primeiro projeto de pesquisa. 2ª ed. Brasília. Letras livres, 2015.

Carta de uma orientadora, o primeiro projeto de pesquisa

A autora Débora Diniz dá início ao texto em uma subversão dentro da norma linguística que coloca o masculino como universal neutro, transgredindo tais predições ao colocar seu texto no feminino universal e demonstrando sua posição política ativa como feminista.

É exposta a iniciação da autora como  “orientadora de ideias”, partindo de suas experiências pessoais como acadêmica e, posteriormente, como orientadora, bem como o contato, troca de ideias e inquietações das próprias alunas que foram sintetizados e organizados em forma de carta, pois esse gênero é para a autora a melhor forma de se comunicar. Ressaltando que o texto não se trata de um manual de metodologia e nem tem pretensão de ser, posto que seu objetivo é a preparação para a fascinante experiência de criação e da autoria acadêmicas.

O público alvo do texto não é só aqueles que procuram se tornar escritores, desejando abarcar também os que desejam apenas escrever um único projeto para o curso de graduação ou um único texto na vida, nas palavras de Débora Diniz, à jovem pesquisadora e aprendiz de escritora.

O texto segue relatando as reações da primeiras leitoras, bem como indicando que o orientador que acompanhará o estudante é um aotr importante do processo. Além disso, a ansiedade pode ser intensa diante de tantas possibilidades de escrita e a sensanção de tempo disponível pode variar conforme o comprometimento e período reservado para a feitura dos trabalhos.

O papel da autora é explicado como sendo de uma paceira, sendo utilizada a alegoria de uma costureira de ideias, afirmando a intelectualidade do encontro e a busca a ser feita por um texto  acadêmico com poder de transformação social e político.

O texto não deve ser entendido como um manual de regras absolutas sobre etapas e rituais, mas como espaços livres para a elaboração individual de quem o ler, fundamentado na experiência da autora como professora de metodologia e na própria experiência individual da mesma.

Ao expor o papel da orientadora é denifido que por ser um posto ousado na vida de alguém, seria transitório e ao mesmo tempo eterno, quando cultima no trabalho pronto, e que, apesar de o contato por meio da carta possa parecer abstrato, o encontro se realiza na concretude das singularidades e ideias.

ANTES DO PRIMEIRO ENCONTRO

A autora propõe um acordo para um primeiro encontro tímido e rápido e recomenda a leitura da carta em sua integralidade para que haja um verdadeiro encontro de orientação, para que a orientanda se sinta segura e preparada.

As primeiras intervenções propostas são o tema que se deseja estudar e o caminho pelo qual não se desja seguir, pois o leque de interessses e desejos d epesquisa é sempre maior que as condições efetivas para explora-los, de modo que um conselho recorrente é o de redução e especificidade do tema de pesquisa, ignorando o ímpeto inicial de se pensar que o tema já está claro na cabeça do pesquisador, deve-se duvidar de si mesmo, de modo a, depois de algum tempo, se iniciar com um tema de pesquisa e alcançar o problema de pesquisa.

Não se deve pensar na monografia a priori, o objetivo inicial é se alcançar o problema de pesquisa, representado pelas duas linhas quem anunciam o que se deseja pesquisar. O passo seguinte é se escrever  as melhores ideias em um papel com o máximo de segurança quanto os detalhes e cores que se pretende da, não havendo necessidade de se listar o que não se deseja pesquisar, mas descobrindo essas fronteiras para evitar confusão.

É importante e preferível a busca por uma orientadora especializada no tema, pois isso poderá acelerar a pesquisa bibliográfica, indicação de autoras-chave e facilitação do diálogo inicial, não se deve ter medo de mudar a orientação do projeto de pesquisa, além de ser recomendável a leitura do que já foi produzido sobre o tema na coordenação do curso.

O PRIMEIRO ENCONTRO

Para o encontro inicial com a orientadora é necessário que se tenha em mãos uma lista de temas de interesses, tentando ser o mais específica possível, na tentativa de se criar títulos funcionais que devem dialogar com os enunciados provisórios, chamados de problemas de pesquisa.

Pode-se fazer também um exercício inicial que alguns manuais de metodologia sugerem, como uma grande pesquisa textual sobre os temas de interesse, reunindo bibliografias e textos.

Problema de pesquisa é aquilo que inquieta, que motiva e provoca curiosidade acadêmica, mas que tenha possibilidade de ser explorado em uma monografia acadêmica. Assim, é passada uma tarefa de seleção de títulos funcionais com os respectivos problemas, para cada título funcional, um único problema.

O ENCONTRO COM A PESQUISA

Para a elaboração do projeto de pesquisa é necessário o enfrentamento de três unidades básicas indispensáveis para pensar a pesquisa: título funcional, problema de pesquisa e palavras-chave.

O título funcional é a primeira coisa que se deverá escrever e será o arremate final da pesquisa elaborada, de modo que a autora indica que não se deve ser metafórica, alegórica ou irônica com o título e que a pretendida precisão textual ainda está distante nessa etapa da pesquisa. Assim, deve-se primar pela clareza e objetividade, pois o objetivo do título funcional é resumir, antecipar e controlar os ímpetos criativos da fase inicial de definição da pesquisa.

Uma sugestão na definição do título funcional é a busca de um tesauro disponível, tal ferramenta consiste em um dicionário de termos reconhecido pelos campos que apresenta um bom apanhado de palavras chave, sendo, frequentemente, elaborado por autores de referência em parceria com cientistas da informação. É chamada a atenção para que não se limite a busca à língua portuguesa.

Outra dica é a utilização de palavras-chave já utilizadas por outras autoras, de modo a se precisar, para além do título funcional, o que se quer pesquisar. Assim, não é aconselhável a invenção de palavras, uso de expressões metafóricas e inexatidão.

Após a criação do título funcional, deve-se perseguir a elaboração do problema de pesquisa, de modo que a autora apresenta uma formula geral, baseada em manuais de metodologia, que consiste na declaração direta, sem adjetivos, com verbos claros e de investigação, com delimitação da unidade de análise e recorte temporal.

Seguidamente, deve-se selecionar as palavras-chave que demarcam a identidade da pesquisa, tomando cuidado com a amplitude de combinações que podem determinar rumos diversos à pesquisa pretendida, bem como refletir sobre a exposição pública que acontece quando se escreve.

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