Um Panorama sobre os estudos sociolinguísticos

Um panorama sobre os estudos sociolinguísticos

Na história da humanidade sempre esteve presente a comunicação oral, ou seja, a língua. A partir do momento que o homem passou a estudar a linguagem ele refletiu as suas ideias e teorias, baseando-se no contexto histórico em que viva e nas tecnologias e conhecimento científico disponível naquele determinado momento. Com isso Saussure concebeu a dicotomia, língua x fala, Chomsky concebeu sua perspectiva inatista e Halliday e sua perspectiva funcional da linguagem, entre outros.

Com o tempo foi percebendo-se que a linguagem é afetada pelo meio social, assim, o mais certo é estudar a língua dentro de um contexto social, onde o sujeito falante é afetado pelo meio em que vive, cultura, pela situação em que acontece a comunicação, pela idade, grupos sociais, etc. Através dessa percepção nasceu a Sociolinguística.

A Sociolinguística tem como objetivo a diversidade linguística da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, ou seja, em situações de uso real e o ponto de partida para os estudos da Sociolinguística é a comunidade linguística.

Como existiu e existem várias comunidades linguísticas, a língua teve variações no tempo e no espaço, de maneira horizontal e vertical. Essas variações são diversas palavras que dizem a mesma coisa, na qual nomeou-se de "variações linguísticas".

Algumas variações linguísticas são consideradas superiores (variedades de prestígio) e outras inferiores, mais isso não significa que determina variação linguística é errado em relação a outra, mas sim que as variedades de prestígio são consideradas normas cultas, padrão a ser utilizada por todos em determinadas situações, para que a comunicação seja compreendida por todos que estejam interagindo.

Com isso surgiu a Sociolinguística Interacional que investiga o uso da língua de grupos humanos particulares na interação social, ou seja, o estudo do discurso interacional. A abordagem do discurso aqui proposta refere-se à organização social do discurso oral em interação, levando-se em conta a natureza dialógica da comunicação humana e o intenso trabalho social e linguístico envolvido na co-construção do significado, principalmente, no que se refere aos fenômenos de inferência conversacional e sua contextualização (Gumperz, 1992).

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