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Variantes Linguísticas

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Por:   •  25/9/2014  •  3.194 Palavras (13 Páginas)  •  3.487 Visualizações

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Variantes linguísticas – 2014

2. A tira exemplifica o uso de variedades lingüísticas. Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) Preconceito lingüístico é o julgamento negativo dos falantes em função da variedade lingüística que utilizam.

B) A maior ou menor proximidade entre os falantes faz com que usem variedades mais ou menos formais, denominadas registros de linguagem.

C) Diferenças significativas nos aspectos fonológicos e morfossintáticos da língua marcam as variedades sociais, seja devido à escolaridade, à faixa etária, ao sexo.

D) Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade lingüística dos membros da classe social de maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da mesma comunidade.

E) Gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em vocabulário criado por um grupo social e serve de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.

3. (FGV-SP) Caetano Veloso acaba de gravar uma canção, do filme Lisbela e o prisioneiro. Trata-se de Você não me ensinou a te esquecer. A propósito do título da canção, pode-se dizer que:

a) a regra da uniformidade do tratamento é respeitada, e o estilo da frase revela a linguagem regional do autor.

b) o desrespeito à norma sempre revela falta de conhecimento do idioma; nesse caso não é diferente.

c) o correto seria dizer "Você não me ensinou a lhe esquecer".

d) não deveria ocorrer a preposição a nessa frase, já que o verbo ensinar é transitivo direto.

e) desrespeita-se a regra da uniformidade de tratamento. Com isso, o estilo da frase acaba por aproximar-se do da fala.

4. {PUC-RJ) "Tem uma palavra que conheço mas que não consigo pegar." O trecho em destaque reproduz a fala de uma pessoa em que fica marcado o registro coloquial de linguagem. Como você poderia reescrever esse trecho usando o registro formal?

5. (PUC-RJ)

6. (UFBA) "A linguagem não é usada somente para veicular informações, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive. (...) A língua padrão é um sistema comunicativo ao alcance de uma parte reduzida dos integrantes de uma comunidade; é um sistema associado a um patrimônio cultural apresenta¬do como um corpus definido de valores, fixa¬dos na tradição escrita.

Uma variedade lingüística 'vale' o que 'valem' na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais."

GNERRE, Maurizio. Linguagem, escrita e poder. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 5-7.

Comente o ponto de vista enunciado por Maurizio Gnerre sobre o poder da linguagem, a partir da variedade lingüística representada nas falas da "senhora" entrevistada no texto a seguir.

— Uai. É igual a mio. Abre a cova e tampa. A senhora colhe alguma coisa aqui na horta?

— Cói. Cói fejão, cói mio, cói farinha. Como é que você planta arroz?

— Vai abrino os caminhos com a enxada e a gente vai caminhando."

VEADO, Rosa Maria Assis. Comportamento lingüístico do dialeto rural. Belo Horizonte: UPMG/Proed, 1982. p. 26.

Texto para as questões de 7 a 11.

É um mito a pretensa possibilidade de comunicação igualitária em todos os níveis. Isso é uma idealização. Todas as línguas apresentam variantes: o inglês, o alemão, o francês, etc. Também as línguas antigas tinham variações. O português e outras línguas românicas provêm de uma variedade do latim, o chamado latim vulgar, muito diferente do latim culto. Além disso, as línguas mudam. O português moderno é muito distinto do português clássico. Se fôssemos aceitar a idéia de estaticidade das línguas, deveríamos dizer que o português inteiro é um erro e, portanto, deveríamos voltar a falar latim. Ademais, se o português provém do latim vulgar, poder-se-ia afirmar que ele está todo errado.

A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou noutra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade lingüística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é do interior de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é conhecer variedades. Um bom falante é "poliglota" em sua própria língua. Saber português não é aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola.

As variantes não são feias ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes; são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam. "Nosso homem simples do campo" tem dificuldade de comunicar-se nos diferentes níveis do português não por causa da variação e da mudança lingüística, mas porque lhe foi barrado o acesso à escola ou porque, neste país, se oferece um ensino de baixa qualidade às classes trabalhadoras e porque não se lhes oferece a oportunidade de participar da vida cultural das camadas dominantes da população.

FIORIN, José Luiz. In: Atas do I Congresso Nacional da ABRALIN. Excertos.

7. (UFPE) Pela compreensão global do texto, podemos afirmar que o autor (mais de uma alternativa pode estar correta):

a) critica, no português moderno, o fato de ele ter-se modificado ao longo do tempo, distanciando-se de sua forma clássica.

b) considera

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