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A Avaliação Psicopedagógica

Por:   •  1/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  10.877 Palavras (44 Páginas)  •  264 Visualizações

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AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA INSTITUCIONAL

1  INTRODUÇÃO

Esse relatório se destina à avaliação de um grupo de alunos do EJA – Educação de Jovens e Adultos, realizada na Escola Estadual Maranhão, na cidade de Três Pedras - SP.

 

O relatório partirá do registro e análise da queixa da instituição, firmando o contrato e o enquadramento, aplicando posteriormente a EOCMEA para levantamento do Primeiro Sistema de Hipóteses, e utilizando os demais instrumentos de pesquisa para a elaboração do Segundo Sistema de Hipóteses, finalizando com a hipótese diagnóstica descrita no Informe Psicopedagógico e marcando a devolutiva para a instituição.

2  QUEIXA DA INSTITUIÇÃO

Foram entrevistadas a Vice-Diretora e a Coordenadora da Escola.  Perfil da turma: 8a. Série de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – período noturno – 39 alunos – 5 adolescentes – 2 inclusões (sem diagnóstico)

Temática

Dinâmica

Hipóteses

Coordenadora – “A maioria da turma é de adultos, que não aceitam a atitude de indisciplina dos adolescentes.”

Identifica insatisfação dos alunos adultos.

Tendência a atender às necessidades dos alunos adultos, em detrimento das dos adolescentes?

Coord. – “Um dos adolescentes é o líder dos outros quatro.”

Atitude negativa com relação aos adolescentes.

Despreparo da instituição para lidar com adolescentes, mesmo em uma turma de EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS? Houve treinamento formal ou qualificação da Direção e coordenação para o trabalho de EJA?

Coord. – “Não tem público pra eles entre os adultos.”

Segregação dos adolescentes.

Tendência a entender a presença dos adolescentes na turma como “intrusos”?

Coord. – “Esses adultos são pais de família.”

Estereótipo de alunos responsáveis.

Segregação dos adolescentes?

Coord. – “Os adultos vão à aula após o trabalho e querem levar a aula a sério.”

Valorização dos alunos adultos.

Coord. – “Esses adolescentes ficaram afastados da escola por dois anos e agora retornaram.”

Identificação do desinteresse demonstrado pelos adolescentes pelo ensino.

Coord. – “O líder do grupo é um rapaz problemático, pois os pais estão envolvidos com drogas.”

Preconceito.

Coord. – “Dá pra ver que tipos, no futuro, poderemos ter!”

Preconceito e prognóstico negativo com relação aos adolescentes.

Coord. – “Esses adolescentes faltam muito à aula. Não podemos contar com eles. Hoje já não os vi chegando.”

Identificação de pontos negativos dos adolescentes.

Coord. – “Voltaram também à escola duas alunas gêmeas, de inclusão, que não escrevem nem o nome e cujo diagnóstico é desconhecido.”

Dificuldades da instituição com a inclusão.

Dificuldade em lidar com as diferenças? Existe alguma qualificação formal da direção e coordenação com relação à inclusão? Houve tentativa da escola de identificar o diagnóstico das moças junto aos pais?

Coord. – “Elas são bem acolhidas pelo grupo, mas os professores se queixam por não saberem lidar com elas.”

Dificuldades dos professores com a inclusão.

Professores foram orientados ou qualificados para lidar com a inclusão?

Coord. – “São moças bonitas e têm a sexualidade bem aguçada.

Temos a preocupação dos jovens com elas.  No pátio elas não se juntam com as mocinhas, senhoras, elas se juntam com os meninos mais velhos.”

Preocupação com problemas de origem sexual que venham a acontecer, e que possam levar a escola a ser responsabilizada.

Houve alguma tentativa da parte da instituição de conversar com os pais das alunas e alertá-los sobre a situação?

Coord. – “Elas retornaram à escola depois de um afastamento por razão desconhecida.”

Desinformação

Houve tentativa de informar-se com os pais sobre a razão do afastamento e atual retorno?

Coord. – “Elas são copistas, mas o que escrevem não se entende.”

Identificação do desnível entre os outros alunos e a inclusão.

Coord. – “Uma é “melhorzinha” que a outra e no outro período em que estudaram aqui faziam até “xixi” na calça.”

Coord. – “Os professores têm problema com a turma.”

Despreparo dos professores para lidar com adolescentes e inclusão?

Vice-Diretora – “Você não está colocando direito. Você falando assim...”.

Diversidade de opiniões entre a Vice-diretora e a Coordenadora sobre a identificação da queixa.

A equipe escolar já se reuniu para buscar soluções para os problemas da turma?

Coord. – “Por ser uma sala só de adultos, tem esses 5... Eu não tenho problemas... Sim, temos problemas pontuais.”  

Coordenadora identifica a turma como sendo de “adultos” e não de EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.

Despreparo da equipe para trabalhar com as diferenças?

Coord. – “Os mais velhos estão aqui por opção. Os mais novos estão aqui por terem “perdido o bonde”.”

Óbvia rejeição dos adolescentes.

Vice-Dir. – “As gêmeas e o Nathan (líder dos adolescentes) não são novos aqui.”  

Identificação de um problema que se repete.

Sendo um problema já vivido pela escola anteriormente, não foram procuradas soluções?

Vice-Dir. – “Às vezes isso não incomoda. Nosso problema é com as duas gêmeas.”

Dificuldade com a inclusão.

Dificuldade em lidar com as diferenças do grupo?

...

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