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A COORDENAÇÃO MOTORA EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  24/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.209 Palavras (13 Páginas)  •  337 Visualizações

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COORDENAÇÃO MOTORA EM CRIANÇAS  DE 4 A 5 ANOS COM SINDROME DE DOWN: influência do Neuropedagogo.

RESUMO: Este artigo teve como objetivo auxiliar, analisar e entender a coordenação motora de crianças de 4 a 5 anos com Síndrome de Down. Para tanto, foi realizada uma pesquisa teórica com base em diversos autores que tratam do assunto. O estudo também aborda a Neuropedagogia e sua contribuição na compreensão do professor como um facilitador da aprendizagem e conseqüentemente um mediador do processo de inclusão. O  assunto inicial fala sobre a caracterização da síndrome e a inclusão. O segundo tema fala sobre a coordenação motora e último assunto, a relação afetiva entre professor e aluno com Síndrome de Down, enfatizando a neuropedagogia e as contribuições aos educadores e as escolas na formação e no desenvolvimento da criança com Síndrome de Down.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o número de teorias voltadas à educação tem aumentado significativamente, pois a educação de modo geral têm buscado informações à outras áreas como à neuropedagogia, buscando subsídio para resolução dos problemas do cotidiano da sala de aula, para justificar e legitimar um discurso de mascaramento das questões políticas, econômicas e sociais.

Logo, o tema proposto é tratado teoricamente e não pretende dar respostas a serem aplicadas de forma imediata na prática pedagógica. Todavia tal estudo tem relevância e justifica-se por permitir uma investigação inicial, bem como as contribuições e limitações para o campo educacional.

A proposta metodológica do trabalho baseou-se em uma obra de Mendonça, Rocha e Nunes (2008), que detalha as modalidades de pesquisas, os métodos científicos e técnicas mais utilizadas para a elaboração de um artigo. Considerando-se o que afirmam esses autores, que “Não se pode considerar que existam tipos de pesquisa, métodos, técnicas e procedimentos melhores ou piores, quando tomados de forma isolada” (MENDONÇA, ROCHA E NUNES 2008, p.37) e pensando na problemática e objetivos que desse artigo, foi utilizada a pesquisa qualitativa, na qual há [...] um vínculo indissociável entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade, o que não se pode ser utilizado somente em números” (MENDONÇA, ROCHA E NUNES, 2008 p. 37). Quanto às técnicas, foi adotada a pesquisa bibliográfica que, segundo esses estudiosos: [...] é desenvolvida a partir de material já elaborado e disponível na forma de livros, artigos científicos, periódicos, jornais, revistas, enciclopédias, anuários, almanaques; na forma audiovisual ou em mídias digitais, tais como CDs, bases de dados acessíveis via Internet, etc. (MENDONÇA, ROCHA E NUNES, 2008 p. 37). Após a definição metodológica, seguimos uma ordem de procedimentos para o desenvolvimento do trabalho. Primeiro, um levantamento de estudiosos do assunto em questão, depois, a apresentação do contexto histórico das pessoas deficientes. A exposição dos estudos realizados se organizou em três assuntos. O primeiro assunto foi baseado no referencial teórico de Henri Wallon e traz a concepção da afetividade segundo este autor. O segundo assunto aborda as características físicas e psicológicas da pessoa com Síndrome de Down. Por fim, o terceiro assunto, aborda a relação professor aluno com Síndrome de Down pelo viés da afetividade. 

2.1. Síndrome de Down

2.1.1. Definição Segundo Burns, Bottino (1991) a Síndrome de Down é a mais conhecida alteração cromossômica presente em seres humanos, decorrente de um erro na divisão celular e que resulta em um cromossomo 21 extra. A referida síndrome é uma anomalia genética em que se encontra na célula três cópias de cromossomo 21 ao invés de duas. De acordo com Alves (2007) a Síndrome de Down é um ser humano com um pequeno cromossomo extra no par 21. As crianças nascidas com este padrão genético normalmente apresentam retardo mental e características físicas específicas que as identificam. Para se entender melhor a Síndrome de Down faz-se necessário saber como ela ocorre.

2.1.2. Causas As causas da Síndrome de Down são genéticas. Segundo Kirk e Gallagher (1996) as pessoas nesta condição têm 47 cromossomos ao invés dos 46 normais. O cromossomo extra está presente no par 21, que em vez de dois, passava a ter três cromossomos. Por esta razão, a Síndrome de Down é também denominada trissomia do par 21. O excesso de material genético proveniente do cromossomo 21, pode ocorrer de quatro formas diferentes: trissomia 21, mosaicismo, translocação e duplicação de uma porção do cromossomo 21. A possibilidade para a explicação da Síndrome de Down de acordo com Burns e Bottino (1991), é a presença extra do cromossomo 21 que se junta a um gameta normal e forma-se 47 cromossomos com três cópias do cromossomo 21 extra em todas as células (trissomia 21). O cromossomo 21 extra se encontra em algumas células, permanecendo outras com o número normal (mosaicismo). O cromossomo 21 se liga a outro cromossomo, mas as células permanecem com 46 cromossomos (translocação). O cromossomo 21 sofre duplicação e leva a cópia extra a algumas células (duplicação de uma porção do cromossomo 21). A presença da Síndrome de Down também está relacionada à idade da mãe, em que sua incidência aumenta significativamente em crianças nascidas de mães com mais de 35 anos. (KIRK e GALLAGHER 1996, p.129).

2.1.3. Características A Síndrome de Down tem algumas características que podem aparecer com maior ou menor freqüência, estas características não se estabelecem de uma forma predominante na pessoa com síndrome de down, existem variações destas características de acordo com a causa: Segundo Alves (2007), algumas características marcantes determinam a pessoa com síndrome de down, entre elas podemos destacar: - o crânio apresenta braquicefalia, com o occipital achatado; o pavilhão das orelhas é pequeno e disfórmico; os olhos mostram fendas palpebrais e exibem Manchas de Brushfild ao redor da margem da íris; as mãos são curtas e largas, freqüentemente com uma única prega palmar transversa, chamada de prega simiesca; os pés mostram um amplo espaço entre o primeiro e segundo dedo; músculos hipotônicos e articulações com flexibilidade exageradas; reflexo do Moro fraco; displasia pélvica; tendência para luxação atlanto-axial; pescoço curto; genitais pouco desenvolvidos; problemas cardíacos congênitos; alteração neuropatológica como atrofia do Sistema Nervoso Central; perda de neurônios e sinapses. Merecem maior atenção na criança com Síndrome de Down: “os aspectos da hipotonia, da pouca resistência cardiopulmonar, da postura corporal, das condições de equilíbrio estático e dinâmico, além do desenvolvimento prejudicado de algumas habilidades motoras envolvidas com a coordenação, noção de lateralidade, espaço, tempo, esquema corporal e linguagem. (SMITH e WILSON 1980 apud CINTRA, 2002, p.45) Desta forma, por conta da hipotonia muscular a criança Down tem alguns comprometimentos no seu desenvolvimento motor, e, por conseguinte, na sua coordenação motora. Para isso Cintra (2002) afirma que o desenvolvimento do ato motor da pessoa com Síndrome de Down deve ser bastante estimulado, pois é ele que promove situações e atividades que facilitarão futuras aquisições básicas ao indivíduo. A criança com Síndrome de Down quando estimulada de forma correta, proporcionando sua inclusão com os conteúdos e com os outros educandos pode-se se chegar um desenvolvimento próximo com o de crianças ditas normais. Quando o professor tem espírito de investigação e despreza de seu conhecimento para compreender o conhecimento trazido pela criança, reincorporando seu saber no momento de elaborar as intervenções que servirão para promover avanços das estruturas de que se dispõe, constituindo outras novas e mais complexas, que darão conta de resolver situações cada vez mais desafiadoras, esse professor deve ser aquele que vê, ouve e procura compreender o potencial de cada criança com quem trabalha (TUNESW, 2003 apud ALVES, 2007, p.390.)

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