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A Emília no País da Gramática

Por:   •  29/3/2017  •  Resenha  •  5.287 Palavras (22 Páginas)  •  367 Visualizações

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Emília no País da Gramática

Ao ir para a casa da avó, Dona Benta incentiva o Neto a relembrar um pouco de Gramática, de início o Pedrinho resiste um pouco, mas acaba seguindo os conselhos da avó.

Conforme ele vai aprendendo com a Dona Benta, a Emília junta-se a eles para assistir as lições apresentadas, e ali fica a piscar como quem anda com uma ideia na cabeça.

E realmente tinha.

-Pedrinho -disse ela um dia depois de terminada a lição - por que, em vez de estarmos aqui a ouvir falar de Gramática, não havemos de ir passear no País da Gramática?

O menino achou que ela estava falando besteira, pois Gramática não é um país e sim um livro.

Mas a bonequinha disse que existia sim, que o rinoceronte sabichão, contou-lhe que eles poderiam ir montados nele, Pedrinho aprovou a ideia, e foi correndo chamar Narizinho e o Visconde saíram todos muito animados e curiosos, questionando-se onde ficaria esse País.

Fizeram todas as combinações necessárias e partiram cedo, a cavalo no rinoceronte, até chegar a uma região onde o AR chiava de modo estranho.

-Que zumbido é esse? -Indagou a menina.

O rinoceronte explicou que elas já chegaram ao País da Gramática e que esses zumbidos são os SONS ORAIS.

-Som Oral quer dizer, som produzido pela boca, A, E, I, O, U, são SONS ORAIS.

Quando de se diz A ou O se produz um som, e não uma LETRA, as LETRAS são os sinais que representam esses SONS.

Depois de algum tempo já no início do País os SONS que eles ouviram são representados por LETRAS, que mais a frente se junta em SÍLABAS para formar PALAVRAS.

O rinoceronte continua sua explicação, lhes ensinando que sem as VOGAIS não conseguimos formar nenhuma palavra, as consoantes são apenas ajudantes dessas senhoras. e quando juntamos todas essas senhoras elas vão formando as PALAVRAS que habitam os bairros das cidades daquele PAÍS. Neste momento todos avistaram ao longe o casario de uma cidade e um pouco mais além viram outras cidades.

-Que tantas cidades são aquelas Quindim? - Perguntou Emília.

Todos se surpreenderam com o nome que a boneca resolveu dá para o paquiderme. Então Quindim continuou explicando que aquelas cidades eram do País da Gramática e foi mostrando algumas delas, Portugália onde moravam as palavras da língua Portuguesa, Anglópolis das palavras inglesas, Galópolis das palavras francesas e Castelópolis das espanholas.

Ao se afastarem dos zumbidos eles notaram que os SONS iam se juntando, formando sílabas, Emília logo quis saber o que eram Sílabas? Quindim explicou para a turminha que eram grupinhos de sons que sempre andavam juntas, como por exemplo o G, R, A que formava a silaba GRA utilizada em palavras como GRAÇA, GRAMÁTICA….

E que em cada palavra tem uma sílaba mais forte, que era chamado de Sílaba Tônica e que algumas delas têm ACENTO TÔNICO, conforme foram conversando sobre o que tinham acabado de aprender, o rinoceronte disse que os Gramáticos eram muito amigo das nomenclaturas e que dividem as palavras em OXÍTONAS, PAROXÍTONAS e PROPAROXÍTONAS, conforme trazem seus Acentos Tônicos na última sílaba, na penúltima e na antepenúltima.

E conversando chegaram ao subúrbio das cidades onde habitavam as palavras portuguesas e brasileiras.

Era uma cidade como outras, eles já chegaram por um bairro pobre, onde tinha palavras velhas, ninguém as usava, mas, apenas por fantasia ou de vez em quando. E Quindim lhes disse que os Gramáticos classificam essas palavras com ARCAÍSMO, e que ARCAICO quer dizer coisa velha. Conforme as palavras vão ficando velhas e morrem elas são enterradas no cemitério, pois todas palavras nascem, crescem e morrem. E por ali começaram a conhecer palavras que já não eram mais utilizadas, conversando aqui e ali com tais senhoras e ouvindo suas histórias.

Ao longo de suas conversações com as palavras ARCAICAS, surgiu um grupo de novas palavras que eram chamadas de NEOLOGISMO, que são palavras novíssimas. E que ficavam por ali até terem crescido o suficiente para morar junto com as outras no centro da cidade.

A turminha ficou por ali mais algum tempo conhecendo naquele subúrbio, gírias, palavras estrangeiras que eram conhecidas como BARBARISMOS, e recebem nomes diferentes de acordo com suas origens os da França de GALICISMO, na Inglaterra ANGLICISMO e na Itália ITALIANISMO.

Depois de tantas descobertas chegaram ao ponto onde se avistava toda cidade, que estava dividida em dois uma cidade mais antiga onde já existia as palavras portuguesa, e a outra cidade mais nova, que foram misturadas com palavras indígenas locais e criou o grande bairro de Brasilina, a primeira de Portugal e a segunda do Brasil.

E assim a turma foi visitar o grande bairro com tudo que era relacionado do Brasil, dando início do bairro onde se encontravam os NOMES ou SUBSTANTIVOS.

Conforme todos iam conhecendo as novidades daquele lugar, viram que os SUBSTANTIVOS eram os que davam nome a todas as coisas e seres vivos.

Todos ficaram admirando as palavras que iam passando por eles.

O rinoceronte foi explicando que existia por ali também os NOMES PROPRIOS, que são utilizados para identificar pessoas, cidades, países, montanhas, continentes etc. E que tais nomes podem ser separados da seguinte forma: NOMES COMUNS para designar qualquer coisa, NOMES CONCRETOS, ABSTRATOS, SIMPLES, COLETIVOS que designam um conjunto de coisas por exemplo o cafezal que é uma plantação de vários pés de café.

Depois de visitar o que chamaram de gente importante a turminha foi para o bairro dos SUBSTANTIVOS, lá todos protestaram quando Emília falou de ir visitar as interjeições.

Quindim disse para ela esperar, pois ali ainda tinha muito pano pra manga, que os nomes daquele lugar se dividiam em dois gêneros, o masculino e o feminino, de acordo com os sexo das coisas ou seres a que eles se referiam.

Nesta conversa com a boneca, Quindim deu alguns exemplos, mostrando para ela as diferenças entre gêneros, e é aí que Emília questiona por que “panela” é do gênero feminino e “grafo” é do gênero masculino, o rinoceronte explica para ela que essa é mais uma das maluquices desta cidade. Mas que em Anglópolis não é desta forma, lá tem mais um gênero o Neutro que designa coisas sem sexo, já em Epicenos é utilizado pelos gramáticos para indicar nomes que são utilizados para os dois gêneros, Emilia espantou-se com

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