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A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Por:   •  22/11/2017  •  Artigo  •  2.048 Palavras (9 Páginas)  •  259 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Na sociedade em que vivemos deparamos diariamente  com a supervalorização do conhecimento científico e com o crescimento da  intervenção da tecnologia no dia-a-dia, não é possível pensar na formação de um cidadão crítico à margem do saber científico.

        Nos dias atuais as pessoas buscam cada dia mais por mais conhecimentos e tecnologia. Mas a escola apresenta o conhecimento para o aluno usando métodos arcaicos e ultrapassados muitas vezes morto, sobretudo ao se falar em ciências e tecnologia. É essencial que a escola estimule a aquisição, a organização, a geração e a difusão do conhecimento, integrado  valores e expectativas para a sociedade. Isso será impossível de se atingir sem ampla utilização da tecnologia na educação. Nesse pressuposto, reportou D’Ambrósio:

Estamos entrando na era do que se costuma chamar a “sociedade do conhecimento”. A escola não se justifica pela apresentação do conhecimento obsoleto e ultrapassado e muitas vezes morto. Sobretudo ao se falar em ciências e tecnologia. Será essencial para a escola estimular a aquisição, a organização, a geração e a difusão do conhecimento vivo, integrado nos valores e expectativas da sociedade. Isso será impossível de se atingir sem ampla utilização da tecnologia na educação. (D’Ambrósio , 1986, pg. 80)

        Para Borges (1997)  muitos professores acreditam que o ensino de Química poderia ser melhorado se tivessem aulas praticas nas escolas. Entretanto, muitas vezes a escola tem laboratório, só que o professor não o utiliza.

        Os grandes avanços da ciência, especialmente na área da química, sempre ocorreram após a descoberta de novas tecnologias e o desenvolvimento de novos instrumentos e metodologias de investigação.

        Desde sempre o professor ocupa em nossas vidas o papel de autoridade que detém o saber. Através deste conceito histórico permite que seja estabelecida para o professor uma posição de privilégio em relação aos educandos, em que o sujeito se pretende único, e porque se entende dono do conhecimento, faz uso do discurso autoritário. 

Segundo Krasilchik (2004), os objetivos do ensino de química incluem aprender conceitos básicos, analisar o processo de pesquisa científica e analisar as implicações sociais da ciência e da tecnologia. E deste modo, a Química pode ser transformada em uma das disciplinas mais relevantes, ou uma das disciplinas mais insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for ensinado, de como isso for abordado frente aos alunos.

Nesse sentido, o conhecimento de Química deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento dos recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa (BRASIL, 2008)

Na prática pedagógica quem educa é aquele que, possui um  nível de conhecimento e cultura necessários para o bom desempenho da disciplina exercida, assim dará direção ao processo de ensino e aprendizagem. O educador assume o papel de conciliador entre o saber  e o educando. O professor exerce o papel de mediador do conhecimento universal da sociedade e o particular do aluno, para que essa mediação aconteça, o educador deve poder compreender a realidade que o aluno está inserido e possuir competência no campo de conhecimento no qual atua.

O saber é feito através de superação, por isso não pode o professor se colocar na posição do ser superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daquele que comunica um saber relativo. O discurso autoritário perde seu sentido na prática pedagógica. O discurso do professor deve se tornar polêmico, afetar os sentidos dos alunos e não ficar retido na mera transmissão de informação e, tornar o discurso polêmico, é saber ouvir o próprio discurso. A transformação do discurso pedagógico possibilitará a revisão da práxis pedagógica, que sairá de dentro das escolas para o restante da sociedade (FREIRE,2006, p. 48.)

As estratégias de ensino e aprendizagem são um dos elementos desse processo de mediação e constituem procedimentos dinâmicos através dos quais se realiza o processo de ensino e aprendizagem (GASPARIN, 2005).

Segundo Piaget ( 1970), “o conhecimento não está no sujeito – organismo, tampouco no objeto – meio, mas é decorrente das contínuas intervenções entre os dois” pois a aquisição do conhecimento se origina nas ações e experiências realizadas pelo sujeito.

        A importância do ensino de Química não é apenas  responder às necessidades do mundo tecnológico, mas para que os indivíduos percebam em seu cotidiano, que necessitam compreender seu próprio mundo e a interação do homem com a natureza.            

        Algumas mudanças são necessárias para a melhoria do ensino de Química, dentre elas, a prática experimental, a inovação curricular, a formação docente, a produção e aplicação do material didático e a relação do conteúdo com o cotidiano, no qual, o aluno pode perceber a importância da explicação do conteúdo trabalhado.            

A melhoria do ensino para uma aprendizagem de qualidade implica em perceber que os sujeitos aprendem quando participam ativamente da construção de sua aprendizagem, isso requer que a escola crie táticas pedagógicas possibilitando o aluno relacionar o que aprende dentro de sala com situações que vive em seu cotidiano.            

[...] a transformação da qualidade que se procura promover na formação dos jovens, irá conviver com mudanças quantitativas e qualitativas, decorrentes de processos sociais e culturais mais amplos. A perspectiva dos jovens brasileiros é obter qualificação para a vida e para o trabalho, já ao longo de toda a educação básica. Expectativas equivocadas somadas a um ensino descontextualizado resultam em desinteresse e baixo desempenho (PCN’s, 1997, p.31).

Os professores que usam novas atitudes no seu método de ensinar são àqueles que têm sua formação contínua e estão reinventando a educação do Brasil. Conforme os PCN’S (1997, 38 ) “na reflexão sobre a própria prática, acabam emergindo também traços da história da vida dos profissionais, que podem conduzir reflexões sobre as crenças que permeiam seu conceito de ensino e aprendizagem”. Identificar pontos de partida e obstáculos facilita o desenvolvimento de estratégias e a mobilização de recursos para a construção da nova escola do ensino médio. (BRASIL, 1997)

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