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A LIBRAS E SUAS ESPECIFICIDADES SOCIAIS

Por:   •  15/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  606 Visualizações

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Acadêmica: Daniele Novaes de Assunção Silva

Curso: Licenciatura em Pedagogia

Disciplina: Língua Brasileiras de Sinais (LIBRAS)

Professora: LEICE DAIANE DE ARAUJO COSTA

 LIBRAS E SUAS ESPECIFICIDADES SOCIAIS

        A comunicação é uma necessidade humana, e as linguagens orais e escritas são as formas mais simples para comunicar-se. portanto a linguagem ajuda o sujeito na estrutura do seu pensamento, traduz o que com os outros, produz significação e sentido. A incorporação de uma língua de sinais mostra-se necessária para que sejam configuradas estratégias mais propicias á expansão das relações interpessoais que constituem o funcionamento do cognitivo ,afetivo e fundamentam a ideia de subjetividade.

A oficialização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em Abril de 2002(lei, n.10.403/24 de Abril de 2002), começa a ampliar novos caminhos e reconhecer a importância da mesma, para incluir os surdos na sociedade. As línguas de sinais são denominadas línguas de modalidade gestual-visual (ou espaço-visual), pois a informação lingüística é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos. A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a Língua Brasileira de Sinais – Libras como a língua materna2 dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerado instrumento lingüístico de poder e força.

As autoras RUBIO ET AL (2014), citam sobre a naturalidade da língua de sinais, também demonstram as regras, e as inúmeras mudanças que esta língua sofre, constantemente há novos sinais sendo criados.

As línguas de sinais são naturais, pois surgiram do convívio entre as pessoas. Elas podem ser comparadas à complexidade e expressividade das línguas orais, pois pode ser passado qualquer conceito, concreto ou abstrato, emocional ou racional, complexo ou simples por meio delas. Trata-se de línguas organizadas e não de simples junção de gestos. Por este motivo, por terem regras e serem totalmente estruturadas, são chamadas Línguas. As línguas de sinais diferenciam-se das línguas orais porque se utilizam de um meio visual-espacial, ou seja, na elaboração das línguas de sinais precisamos olhar os movimentos que o emissor realiza para entendermos sua mensagem. As línguas de sinais possuem mecanismos morfológicos, sintáticos e semânticos. O canal usado nas línguas de sinais (o espaço) pode contribuir muito para a produção de sinais que estejam mais em contato com a realidade do que puramente as palavras. Como todas as outras, as línguas de sinais estão em constante mudança com novos sinais, sendo introduzidos pela comunidade Surda de acordo com sua necessidade. (RUBIO ET al, 2014, p.3).

Portanto é considerada a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, pode ser aprendida por qualquer um que se interessa por esse tipo de comunicação. Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais compõe de uma organização semelhante á língua oral, isto é, organiza no cérebro das mesmas maneiras das línguas faladas.

A língua de sinais representa um papel expressivo na vida do sujeito surdo, conduzindo-o, por intermédio de uma língua estruturada, ao desenvolvimento pleno. Harrison (2000) refere que essa língua fornece para a criança surda a oportunidade de ter acesso à aquisição de linguagem e de conhecimento de mundo e de si mesma. Essa língua como qualquer outra, deve ser inserida na vida da criança nos três primeiros anos de idade, para que a criança a adquira naturalmente. No entanto, de acordo com a realidade de nosso país, a detecção da surdez nem sempre ocorre até o primeiro ano de vida, assim como o acesso à língua de sinais é tardio. Há então a necessidade de se colocar a criança surda próxima de seus pares o mais rápido possível, ou seja, em contato com um adulto surdo, fluente em LIBRAS, que será para essa criança o meio mais fácil de propiciar sua aquisição da língua, para que possa se adaptar com sociedade.

A pessoa surda é cognitivamente igual ao um ouvinte comum, tem as mesmas capacidades e inteligência, porém tem uma forma única de aprender, pois participa de duas culturas e precisa adaptar-se em ambas.  Abordes esta associada á experiência da deficiência e vale ressaltar também que ela é “uma diferença a ser politicamente reconhecida “(SKLIAR, 1997, p.97).

Entendida e aceita como algo diferenciado o surdo viver dentro de um meio empírico de realidade social, passa a entender melhor sua angústias, expectativas e aspectos individuais e sociais. A língua de sinais constitui o fator identificatório dos surdos ,e o fato de incluí-lo em comunidade significa que interagem ,conhecem os usos e normas da mesma língua já que compartilham no cotidiano competitivas lingüísticas que desenvolveram de forma eficaz e eficiente.

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