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A LUDICIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL ROMPENDO AS BARREIRAS DO AUTISMO

Por:   •  8/8/2018  •  Artigo  •  2.305 Palavras (10 Páginas)  •  382 Visualizações

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A LUDICIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL ROMPENDO AS BARREIRAS DO AUTISMO.

AMBRÓS, Beatriz da Silva

Psicóloga Clinica [1]

KUHLKAMP, Moacir Cesar (professor)[2]

RESUMO

Este trabalho buscou entender e reforçar a ideia da importância da inclusão das crianças com TEA na educação infantil. Pois a inclusão precoce ajuda na adaptação ao ambiente escolar regular. A ludicidade presente na educação infantil vem contribuindo com as concepções psicológicas e pedagógicas do desenvolvimento infantil. A brincadeira e os jogos não são apenas um passatempo, são também formas de despertar na criança autoconfiança, desenvolvimento psicomotor, afetividade e são as principais formas de socialização, pois, através do brincar, a criança aprende regras e limites. A convivência das crianças com TEA com outras da mesma faixa etária possibilita o estímulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo e preparando-as para o aprendizado. É nesse sentido que um diagnostico precoce e uma inclusão já nos primeiros anos da educação infantil, vão auxiliar na autonomia e independência das crianças autistas.

 

Palavras chave: Educação infantil. Ludicidade. Autismo. Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho é componente obrigatório para conclusão do curso de Pós-graduação Especialização em Educação Especial e inclusiva. Foi realizado através de pesquisas bibliográficas.

E teve como objetivo reforçar a importância da educação inclusiva na educação infantil para crianças portadoras do transtorno do Espectro Autista e a  influencia da ludicidade presente no cotidiano escolar infantil contribuindo no desenvolvimento psicológico, cognitivo e afetivo das crianças.

Embora as crianças com Espetro Autista apresentem dificuldades com a interação social e a comunicação, podendo ter pouco ou nenhum interesse em estabelecer relações e apresentar dificuldades na reciprocidade  social e emocional saliento que a oportunidade da criança com TEA  em poder compartilhar do espaço escolar regular com outras crianças favorece a integração e a socialização e contribui significativamente para o desenvolvimento da criança e a habilita para o aprendizado reforçando suas potencialidades.

E nesse sentido que enfatizo a importância dessas crianças estarem incluídas desde a educação infantil onde através de praticas pedagógicas  e lúdicas ocorra o favorecimento a comunicação , interação social e o aprendizado dentro das suas limitações fortalecendo as suas potencialidades.

2  REFERENCIAL TEORICO

Atualmente, compreende-se o autismo como o resultado de uma perturbação de determinadas áreas do sistema nervoso central, que afetam a linguagem, o desenvolvimento cognitivo e intelectual e a capacidade de estabelecer relações com outras pessoas. O autismo é um distúrbio de desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há várias décadas.

As atividades lúdicas tem papel fundamental na estruturação do psiquismo da criança, Para Trindade (2012) apud  Antunes (2004) é brincando que a criança usa a fantasia e a realidade e começa a fazer distinção do que é real ou imaginário desenvolvendo a imaginação, fortalecendo seus afetos, elaborando suas ansiedades e conflitos através de habilidades e  competências cognitivas e interativas.

Para Alcantara (2013) apud  Schwartzman (1994) o Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces e que se caracteriza, sempre pela presença de desvios nas relações interpessoais. Trata-se de uma condição crônica com início sempre na infância, em geral até o terceiro ano de vida, com maior incidência entre meninos.

Segundo Trindade (2013)  apud Vygotsky (1991) a essência da brincadeira  é a possibilidade que a criança tem de evidenciar maneiras simbólicas as motivações , os planos, as intenções, criando uma nova relação entre situações reais, preenchendo suas próprias necessidades.

O comportamento de uma criança com síndrome do espectro autista é  influenciado pelas pessoas que convive e pelo meio que interage, por isso é de suma importância que o ambiente aonde a criança esta inserida seja acolhedor, e com praticas lúdicas onde os profissionais sejam dedicados, responsáveis e trabalhem com projetos e propostas curriculares vigentes visando uma inclusão de qualidade onde a prioridade seja o bem estar da criança.

De acordo com Alcantara (2013) apud Bereohff (1991), para educar uma criança autista, é preciso levar em consideração a falta de interação com o grupo, comunicação precária, dificuldades na fala e a mudanças de comportamento que apresentam essas crianças.

Segundo Ziliotto, (2007) quando a escola possibilita inovações curriculares e avalia o aluno com necessidades educacionais especiais em suas competências, tendo como ponto de partida seus próprios avanços e não o parâmetro da turma, o aprender acontece de forma prazerosa.

O sucesso da inclusão escolar vai além da dedicação dos professores, entre outros fatores, a inclusão escolar bem sucedida e fruto do trabalho de profissionais e pessoas importantes da vida do aluno desenvolvendo e implantando estratégias na construção de uma escola democrática (SILVA, 2012).

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Seção II, no artigo 29: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, 1996).

Frequentar a educação infantil permitirá ao autista ampliar o desenvolvimento de suas habilidades através do lúdico identificando suas dificuldades e estimulando aprendizagens nas diversas áreas.

Conforme Santos (2013), A convivência compartilhada da criança com autismo na escola favorece não só o seu desenvolvimento, mas o das outras crianças, através da convivência pois aprendem com as diferenças. Proporcionar às crianças com autismo oportunidades de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estímulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo.

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