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A PSICOMOTRICIDADE E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Por:   •  23/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  7.206 Palavras (29 Páginas)  •  292 Visualizações

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                       PSICOMOTRICIDADE E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

                                                                                                         

RESUMO: O presente artigo  tem como objetivo geral marcar a abordagem da Psicomotricidade com os indivíduos portadores de deficiência  intelectual, analisando a interferência ocorrida quando são aplicados os conhecimentos da Psicomotricidade no desenvolvimento deste público. A psicomotricidade é fundamental para que haja consciência dos movimentos corporais integrados com sua emoção e expressado por esses movimentos. Movimento é o deslocamento de qualquer objeto na psicomotricidade o importante não é o movimento do corpo como o de qualquer outro objeto, mas a ação corporal em si, a unidade biopsicomotora em ação. A ausência de um trabalho psicomotor pode influenciar no desenvolvimento global do deficiente mental, tendo a criança problemas de linguagem, postura, leitura, escrita e outras dificuldades. Sendo a psicomotricidade um auxílio na solução de problemas de aprendizagem, pois possibilita aos docentes o desenvolvimento das atividades, envolvendo o lado motor e o emocional da criança. Dessa forma se faz necessário aproveitar este recurso, a psicomotricidade, para melhorar a qualidade de ensino e o desenvolvimento dos alunos com deficiência mental.

Palavras-chave: Psicomotricidade. Deficiência.Educação.

                                                   

                                             

INTRODUÇÃO

               Esse trabalho tem como objetivo geral analisar bibliograficamente como o desenvolvimento neuropsicomotor influencia ou contribui para a formação escolar do aluno com deficiência intelectual, para que dessa forma o aluno comece a desenvolver suas aptidões e a valorizar suas competências.

               Para que isso seja possível, tenho como objetivos analisar a história da psicomotricidade, abordar o cognitivo na deficiência intelectual e relacionar o trabalho psicomotor com o cognitivo e suas contribuições para a deficiência intelectual.

               O desenvolvimento neuropsicomotor ocorre principalmente durante a primeira infância.

               Na fase dos dois aos cinco anos de idade, a motricidade e a cinestesia facilitam a utilização completa do corpo. Dos cinco aos sete anos, essa passa de um estado global, para análise, começa a realizar as diferenciações (ex.: esquerda e direita). Dos sete aos doze anos a criança passa à independência funcional dos diversos segmentos e elementos corporais, transpondo o conhecimento de si ao conhecimento dos que os cercam.

            As crianças com deficiência intelectual geralmente não apresentam bom desenvolvimento sensório-motor na infância sendo necessário tentar tudo a fim de refazer as etapas mal sucedidas. (PICQ; VAYER, 1988).

            A psicomotricidade pode ser considerada um dos fatores relevantes para a melhoria da aprendizagem da escrita e da leitura, oferecendo alternativas para esta demanda que não é mais restrita ao âmbito pré-escolar, mas que também atinge a criança mal sucedida no decorrer de sua vida adaptativa.

            Costallat (1976) afirma que as alterações profundas não podem ser recuperadas totalmente, porém podem ser atenuadas com uma reeducação apropriada que eduque os movimentos ou desenvolva compensações que ajudem a equilibrar o déficit motor e somente um método combinado, pode atuar no desenvolvimento do movimento e do intelecto fazendo o indivíduo progredir. (PICQ; VAYER, 1988).

           O desenvolvimento global da criança pode ser favorecido por meio de uma educação psicomotora, propondo ao indivíduo por meio de estruturações mentais, enfocando igualmente aspectos afetivos, intelectuais e sociais, levando o indivíduo a tomar consciência de si pela atitude e movimento. Assim, a psicomotricidade procura educar o movimento, ao mesmo tempo em que desenvolve as funções da inteligência. (PICQ; VAYER, 1988).

              Toda a criança que apresenta deficiência intelectual, apresenta também atraso no desenvolvimento motor, afetando também sua vida adaptativa.

              Seja qual for à maneira de abordar o problema, o educador será chamado em educação psicomotora a procurar as técnicas mais eficazes, a fim de obter uma melhora progressiva do comportamento geral da criança. (PICQ; VAYER, 1988).

               Fonseca (1988) especifica que terapia psicomotora não é ima “ginástica corretiva” nem uma “rítmica especializada”. A terapia psicomotora constitui uma nova abordagem dos problemas da motricidade perturbada, auxiliando o indivíduo nas múltiplas ações de adaptações à vida corrente.

                Portanto, se faz relevante e necessário, aprimorar as formas de aplicações da terapia psicomotora e valorizar as contribuições da psicomotricidade junto à criança com deficiência intelectual.

                A metodologia utilizada nesse estudo é de pesquisa bibliográfica, resgatando e comparando alguns conceitos básicos e teóricos importantes, objetivando demarcar a importância da psicomotricidade  na clientela com deficiência intelectual.

               

1. BREVE HISTÓRICO DA PSICOMOTRICIDADE

          Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.  

             De acordo com Barros e Barros (2005, p. 34) “a psicomotricidade é vista como ação educativa integrada e fundamentada na comunicação, na linguagem e nos movimentos naturais conscientes e espontâneos. Tem como finalidade normalizar e aperfeiçoar a conduta global do ser humano”.

             Ao trabalhar com educandos considera-se o ritmo próprio de cada um em seu processo de crescimento e desenvolvimento humano.

             Ao se falar da criança é do conhecimento de todos que elas são ágeis, alegres e dispostas a descobrir, e é direito de todas frequentarem a escola, inclusive as portadoras de necessidades especiais, visto que, ao integrar a escola a criança tem a possibilidade de se socializar, tem sua autoestima elevada e consegue também realizar progressos em sua aprendizagem. É necessário que todos os educadores busquem formas de incluir este aluno, para isso, atitudes devem ser alteradas a fim de que se possa despertar neste a descoberta de suas potencialidades, desenvolvendo suas habilidades e trabalhando em busca de sua autonomia.   (PICQ; VAYER, 1988).

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