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A QUESTÃO DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR

Por:   •  9/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.943 Palavras (12 Páginas)  •  135 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        3

2 HOMEM E MULHER: UMA QUESTÃO DE GÊNERO        4

2.1 BIOLOGIA OU CULTURA – O QUE NOS FAZ MACHOS E FÊMEAS        5

2.1.1 A DIVISÃO DE GÊNERO NA ESCOLA        6

2.1.1.1 A EDUCAÇÃO PARA MENINOS E MENINAS           8

4 CONCLUSÃO        10

REFERÊNCIAS        11

A


  1. INTRODUÇÃO

Como foi construído socialmente as designações sobre o que é “coisa de homem” e o que é “coisa de mulher”? Essas questões são de extrema importância quando nos debruçamos em conhecer mais sobre desigualdades de gênero. Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão em torno das diferenças entre meninos e meninas no espaço escolar, dando especial atenção as atividades na disciplina de Educação Física, principalmente entre os adolescentes.

Sendo um tema muito extenso, o foco estará nas conquistas femininas ao longo dos anos, e na aplicabilidade destas conquistas no espaço escolar, procurando deixar no passado todos os possíveis estereótipos criados ao longo de vários anos de submissão e controle patriarcal.

Analisando a atuação da mulher nos mais abundantes segmentos da sociedade atual, podemos perceber como é estimulante e importante o papel da educação ao lançar luz sob a postura que ela deverá ter ao longo de suas conquistas. E sobre esta constante peregrinação pela igualdade dos diferentes que trataremos neste trabalho.


  1. HOMEM E MULHER: UMA QUESTÃO DE GÊNERO

A palavra “gênero” tem sido amplamente utilizada na última década. São várias as discussões e manifestações de ideias que nos fazem refletir o sentido e a abrangência de falar sobre a questão que engloba nossas diferenças e similaridades, pois, afinal, o que nos diferencia ou nos identifica como homens ou mulheres? Ser de um ou outro gênero pode servir para mensurar nosso potencial físico, cognitivo ou psicológico?

Não se nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico,

econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado, que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro. (BEAUVOIR, 2009, p. 267).

Ao afirmar que não se nasce mulher, Beuvoir não está negando a biologia feminina, mas alertando sobre algo muito mais profundo que é o tornar-se mulher em nossa sociedade. Isso devido ao fato de que ser mulher não é apenas uma designação biológica, mas uma construção da sociedade em que ela está inserida. E de acordo com a cultura dessa sociedade, teremos a mulher que pode se desenvolver nela, permeando aqueles conceitos.

Desde que ainda somos apenas fetos nos úteros de nossas mães somos definidos de acordo com nosso sexo biológico: para as meninas, o enxoval será cor-de-rosa, ganhará presilhas, roupinhas com rendas e frufrus; para os meninos, com certeza será um enxoval azul, as roupinhas terão estampas de carrinho ou de super-heróis e decorações em geral que tenham figuras de futebol. Esse juízo de valores representados por cores como azul e rosa, recentemente deram voz a um debate acirrado em nossa sociedade brasileira quando a então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, bradou que “meninas vestem rosa e meninos vestem azul”, ao tomar posse da pasta. Vemos que durante todo o desenvolvimento humano estamos inseridos em um ambiente onde é natural ouvirmos frases como: “mulher no volante, perigo constante”, “não chore como uma mulherzinha”, ou até mesmo “jogar futebol é coisa de homem”. Frases assim não são apenas corriqueiras, como são tidas como verdades do senso comum em grande parte da sociedade. Neste contexto, somos alienados pela convicção de que os homens podem fazer a maioria das coisas que quiserem e que as mulheres devem ser submissas e comedidas. Em algumas culturas, essa submissão é tão imposta que por vezes a mulher perde o direito de ser humano, sendo considerada apenas um objeto.

  1. BIOLOGIA OU CULTURA – O QUE NOS FAZ MACHOS E FÊMEAS

Biologicamente é muito fácil distinguirmos as diferenças entre homem e mulher. Testosterona, progesterona, seios, vagina e pênis, entre outras coisas óbvias. Mas, culturalmente, o que verdadeiramente nos torna diferentes é um leque muito amplo, de diversas camadas e que depende de um olhar cuidadoso para conseguir enxergar além do natural. A postura masculina de provedor, chefe de família e ditador do que será normativo na sociedade está enraizada há gerações. Talvez desde os tempos da criação do mundo onde, segundo a Bíblia Sagrada, a mulher fora feita da costela de Adão apenas para lhe servir. Contextualizando em nosso país, por exemplo, as mulheres só tiveram direito ao voto em 1932, sendo que até então não podiam exercer o direito de cidadania. Até o ano de 1979, a mulher não podia, por lei, jogar futebol. Eram proibidas de praticar esse e outros esportes de contato, tendo como punição, caso pegas em delito, a prisão.

Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país. (Decreto-lei 3.199 de 14 de abril de 1941)

Muito além do que um ser biológico, a mulher é um ser cultural, que precisou romper com diversas barreiras para conseguir, pelo menos em termos de leis, as igualdades pretendidas na sociedade. Em nossa época, se olharmos para a sociedade e a subdividirmos entre família, escola e comunidade, conseguiremos entender melhor como no Brasil a mulher teve que quebrar diversos paradigmas para conseguir alcançar o mérito atual de liberdade de expressão e de atitude. Na família, por muitos anos, a mulher dependia da aprovação do marido para fazer viagens, não podia trabalhar, e poderia até ser obrigada a ter filhos durante toda a vida fértil, entre muitas outras imposições e obrigações. O direito de estudar só foi instituído no Brasil em 1827, e somente ao ensino fundamental, sendo vetado a elas o direito ao ensino superior por décadas, a título de exemplo. Em nossa sociedade, até pouco tempo ainda era vista com maus olhos as mulheres que amamentassem seus bebês em público, sendo estas por vezes até hostilizadas. Juntando todos esses fatos e depois de muitas lutas, temos uma sociedade mais justa com relação aos direitos da mulher, graças ao desbravamento de vários obstáculos para alcançar seu lugar de direito na sociedade.

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