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A Recuperação de Estudos

Por:   •  13/11/2022  •  Artigo  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  75 Visualizações

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4.7 Avaliação da aprendizagem, Recuperação de Estudos e possibilidades de intervenção do professor no processo de aprendizagem do estudante; Avaliações externas e suas implicações no processo; Avaliação Institucional;

A avaliação diagnóstica ou mediadora, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Nº 9394/96, Artigo 31), tem a finalidade de acompanhar e repensar o trabalho realizado nas instituições de ensino, mediante o acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental. Este mesmo pressuposto em relação à avaliação é proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (BRASIL, 2009, p. 16):

a avaliação é um instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar as aprendizagens das crianças. Ela deve incidir sobre todo o contexto de aprendizagem: as atividades propostas e o modo como foram realizadas, as instruções e os apoios oferecidos às crianças individualmente e ao coletivo de crianças, os agrupamentos que as crianças formaram, o material oferecido e o espaço e o tempo garantidos para a realização das atividades.

Com base nessas considerações, a avaliação deverá ser realizada para observar, registrar, acompanhar e interferir no processo de apropriação do conhecimento da criança, contemplando avaliações do grupo de crianças e também de cada criança individualmente. HOFFMANN (1996) afirma que a avaliação na Educação Infantil precisa resgatar urgentemente o sentido essencial de acompanhamento do desenvolvimento e de reflexão permanente sobre as crianças em seu cotidiano educativo, como elo na continuidade da ação pedagógica, ou seja, como norteador da ação pedagógica do professor.

 Neste processo é preciso considerar o percurso trilhado pelos pequenos, sem julgamentos ou rótulos; considerar as especificidades etárias; observar e respeitar seus avanços, suas dificuldades, elaborando diferentes estratégias e oportunidades de aprendizado para superação destas; fornecer elementos para a equipe repensar as práticas."A ação pedagógica só vai favorecer o desenvolvimento dos pequenos se, primeiro, for planejada; segundo, colocada em prática; terceiro, avaliada; e, quarto, replanejada", afirma Marlene Oliveira dos Santos, representante do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib), em Campo Grande.

A avaliação não deve ser considerada somente instrumento que avalia a criança, mas o trabalho do professor, e da instituição como um todo.

A avaliação na Educação Infantil é complexa, porque é diretamente dependente da observação das crianças em sua exploração permanente no mundo e da aproximação dos professores com a realidade social e cultural da pequena infância. É necessário refletir a prática avaliativa, no sentido em que muitas vezes, o professor só investe na dimensão cognitiva do desenvolvimento da criança. E outras vezes, faz o inverso, cuida da criança com carinho e atenção, mas esquece de planejar como vai realizar sua prática pedagógica e auxiliar a criança a progredir no aprendizado. Dessa forma, orienta-se para a necessidade da existência de registros sobre as produções das crianças, de modo a possibilitar a verificação de progressos, desafios de aprendizagem e possíveis intervenções. Quanto mais frequentes e significativos forem os registros, mais serão ampliadas as possibilidades de uma ação educativa direcionada às necessidades individuais.

O registro é, portanto, elemento imprescindível ao trabalho na Educação Infantil, apresentando-se intrinsecamente relacionado à observação, ao planejamento e à avaliação, considerados por FREIRE (1996) como instrumentos metodológicos com os quais o professor conta para a realização de seu trabalho.

Não podem se basear apenas na observação e julgamento, pois ver e julgar são processos estáticos e constatativos. O professor deve ser o mediador, precisa realizar intervenções pedagógicas a partir do que foi observado.

A observação e o registro respeitam a individualidade dos pequenos, consideram o contexto em que eles estão inseridos e são realizados pelos adultos que mediam as ações, permitem a avaliação contínua e formativa o que facilita o aos professores e coordenadores pedagógicos acompanhar o que está sendo construído no dia a dia das. Com a observação, o educador tem a oportunidade de conhecer cada um, as reações, os hábitos alimentares, as brincadeiras preferidas e vários outros detalhes. Ela é uma grande aliada também na avaliação dos bebês e colabora para que se compreenda a forma como se expressam mesmo antes de falar convencionalmente.

Os registros de avaliação devem ser realizados a partir da organização de dossiês das experiências vividas pela criança, portfólios e relatórios de avaliação. Sendo que todas essas nomenclaturas se referem à organização de uma coletânea de registros sobre o aprendizado das crianças, que favoreçam ao professor, aos educandos e às famílias, uma visão evolutiva deste processo. HOFFMANN (2004, P. 133) nos orienta que: “a organização de um dossiê/portfólio significativo passa pelo entendimento de uma concepção mediadora de avaliação, pois seu significado não é demonstrativo ou ilustrativo de etapas de aprendizagem, mas elucidativo e dependem para tanto de uma escolha adequada e da clareza de seus propósitos”.

 Os registros de avaliação são essenciais à prática, pois, por meio deles é possível prever uma ação, planejar, replanejar, avaliar, construir e reconstruir o processo. Apontam percursos, procedimentos e formas de encaminhamento. Os portfólios são entendidos como seleção de registros, uma sequência didática de um plano, incluindo relatos de atividades, fotos, falas e produções das crianças, textos, desenhos, descrições de etapas de um trabalho e fotografia. Para LOPES (2009, p.134) “nos portfólios, a narração e reflexão se fazem presentes. Em tais registros, o professor expõe concepções, objetivos, justificativas (...) e relata diferentes etapas do trabalho, narrando o processo de pesquisa vivenciado e construído pelo grupo”.

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