A Trilha Da Assistência Estudantil Na Ead De Física Da UFAC
Por: ANNAPAES • 9/10/2025 • Artigo • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 22 Visualizações
POLOS E CONECTIVIDADE: A TRILHA DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NA EAD DE FÍSICA DA UFAC
Anna Carla da Paz e Paes Montysuma
Universidade Federal do Acre
Esperanza Lucila Hernandez Angulo
Universidade Federal do Acre
Yaima Portal Gomez
Universidade Federal do Acre
José Roberto Guimarães de Souza
Universidade Federal do Acre
RESUMO.
Este relato de experiência aborda os desafios da inclusão educacional em regiões remotas, focando no curso de Licenciatura em Física da UFAC. O estudo investigou como o acesso a polos de apoio e à conectividade com a internet afetam a experiência dos alunos na EAD. Com base em uma pesquisa interna, o trabalho demonstra que, embora os estudantes tenham uma percepção positiva do curso, a otimização para dispositivos móveis, a flexibilidade de horários e a uniformidade no suporte ainda são barreiras a serem superadas. A conclusão é que a inclusão na EAD exige um ecossistema completo que combine infraestrutura física, tecnologia acessível e apoio humano, elementos essenciais para garantir a equidade no aprendizado, independentemente da localização do aluno.
Palavras-chave: Inclusão na EAD. Regiões Remotas. Polos UAB. Assistência Estudantil. Acessibilidade.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo, alinhado à Trilha Temática VI, aborda a relevância da assistência estudantil, acessibilidade e inclusão na EAD, focando em como superar os desafios de acesso à internet e a polos presenciais em regiões remotas. Com base na experiência do curso de Licenciatura em Física da UFAC, o trabalho demonstra que a oferta de aulas práticas nos polos e a consideração de bolsas para custear a internet são soluções eficazes. Em suma, a verdadeira inclusão na EAD exige um ecossistema completo que combine infraestrutura física e tecnológica, garantindo oportunidades iguais de aprendizado para todos.
2 CAMINHO PERCORRIDO
O curso de Licenciatura em Física da UFAC, com turmas de 2020 e 2022, atende a alunos em oito polos da UAB, incluindo cidades como Rio Branco e Cruzeiro do Sul. A estrutura dos polos, com salas de aula, laboratórios e biblioteca, é essencial para apoiar os estudantes, muitos dos quais moram em áreas rurais e enfrentam longas distâncias para chegar. Para garantir a qualidade do ensino e entender a realidade de cada aluno, a equipe do curso realiza visitas in loco aos polos e aos locais de moradia e trabalho dos estudantes, demonstrando um compromisso com a inclusão e a qualidade educacional que vai além do ambiente virtual.
2.1. Análise da Experiência dos Alunos
Para avaliar a experiência dos estudantes e identificar pontos de melhoria, foi realizada em 2025 uma pesquisa interna com os alunos, utilizando um formulário do Google. Os resultados foram agrupados em quatro áreas principais, que serão detalhadas a seguir.
2.1.1. Percepção sobre a Plataforma de Ensino
A pesquisa de satisfação sobre a plataforma de ensino revelou que, embora a maioria dos alunos tenha uma percepção positiva, há um espaço significativo para melhorias.
- Excelente: 52,6% dos alunos.
- Bom: 31,6% dos alunos.
- Regular: 15,8% dos alunos.
De acordo com os resultados da pesquisa, embora mais da metade dos alunos esteja satisfeita com a plataforma, uma parcela significativa (47,4%) acredita que a experiência pode ser melhorada. Dado que 42% dos estudantes utilizam o celular como principal ferramenta de estudo, é fundamental que a plataforma seja otimizada para dispositivos móveis, como sugerem Bacich e Moran (2018), que enfatizam a importância de adaptar as ferramentas de ensino ao perfil dos alunos.
2.1.2. Frequência de Uso de Recursos e Conectividade
Com base na pesquisa sobre os hábitos de estudo, os alunos podem ser divididos em três grupos principais: 42,1% utilizam uma combinação de telefone, livros e computador; 26,3% preferem o formato digital, usando o telefone e o computador sem recorrer aos livros físicos; e 26,3% optam por uma abordagem mais tradicional, combinando o computador com livros, sem mencionar o uso do telefone.
2.1.3. Desafios das Aulas Síncronas
A pesquisa sobre a baixa participação em aulas síncronas revelou que a principal barreira é a falta de flexibilidade, com 47,4% dos alunos citando a dificuldade de conciliar horários, e 15,8% mencionando a falta de tempo devido ao trabalho e à família. Outros fatores incluem problemas de conexão (15,8%) e falta de interesse (21%). Esses dados reforçam que o modelo da EAD deve se adaptar à rotina dos alunos, o que, segundo Bacich e Moran (2018), exige a adoção de metodologias ativas para aumentar o engajamento e colocar o estudante no centro do processo de aprendizagem.
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