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A descoberta do Autismo em minha família

Por:   •  10/4/2017  •  Dissertação  •  968 Palavras (4 Páginas)  •  190 Visualizações

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A descoberta do Autismo em minha família

João Vitor, meu filho, 11 anos, autista, portador da Síndrome de Asperger, nasceu de um parto fórceps, teve convulsões quando bebê até os três anos de idade mais ou menos, convulsionava quando em estado febril, um guerreiro desde de criança assim como eu o classifico.

Com mais ou menos três anos de idade, minha irmã Ionete, pedagoga, passou a reparar alguns comportamentos diferentes no João Vitor que nós como pais de primeira viagem e leigos no assunto não conhecíamos e achávamos normal, coisa de criança. Ela então começou a sinalizar que o João poderia ser uma criança diferente e eu a princípio relutei, briguei e não queria nem conversar sobre o assunto: O que? Meu filho? Não! Meu filho é normal ! Entrava aí o primeiro problema da minha parte, o preconceito em aceitar que meu primeiro filho era uma criança especial.

João Vitor, meu filho, portador da Síndrome de Asperger

Com sabedoria extrema, ela foi nos mandando materiais, livros, revistas, links da internet, onde fui fazendo minhas próprias comparações e depois de um tempo vi que realmente ele tinha muita coisa em comum com aquelas crianças. Partiu-se então para a fase dos médicos, consultas, diagnósticos, exames e mais exames até que se chegou a um laudo; João era uma criança especial, diagnosticado com Síndrome de Asperger. Mas o que é isso doutora ? Perguntava eu com o coração apertado e ela então me falou que o João era um autista. Chorei muito, me entristeci, mas nunca iria deixar de amá-lo por conta disso, muito pelo contrário, começava aí a nossa luta para tentar ajudar o João a minimizar suas limitações. Nessa hora lembrei de quantas vezes fui agressivo com ele, quantas palmadas já havia dado nele sem saber que a maioria das suas reações, gritos, mordidas e violência para conosco eram conseqüências da doença que o acompanhava e que até então era desconhecida para todos nós, como me faltou sabedoria nesta fase.

Começou-se então a busca por tratamentos específicos, fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, terapias em grupo, conseguimos vaga no Caps da cidade onde moramos e também através de convênio médico. Depois de várias consultas com um Neuropediatra, ele nos pediu uma ressonância do crânio do João e aí veio outra bomba; João havia nascido com uma má formação no cerebelo, parte do cérebro responsável pela coordenação motora, talvez aí a explicação daquele andar nas pontas dos pés.

João entrou para a escola na idade normal, o matriculamos no EMEI aqui do bairro, sofremos com sua adaptação no começo, pois não se comunicava, tinha reações de nervosismo quando contrariado, não se alimentava como as outras crianças, mas evoluía bem, principalmente na parte artística, sempre com pinturas caprichadas mas chegou o final do ano e também a hora de mudar do EMEI para o primeiro ano do ensino fundamental na rede pública, e foi aí que começaram nossos problemas em relação à educação inclusiva. Na nova escola, junto das crianças maiores e normais João passou a ser alvo de bullying, de chacotas entre as crianças e suas reações de nervosismo foram aumentando e com elas também começaram as reclamações vindas da escola. Uma coisa me chamou a atenção nesse tempo, ele passou a não querer ir mais para a escola e eu então comecei a reparar

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