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ANÁLISE DO LIVRO DE PHILLIPE ARIÈS

Por:   •  10/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  167 Visualizações

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  1. FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE ARARAQUARA – UNESP

  1. TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO I
  2. 1º SEMESTRE 2018
  1. Nome da aluna: Larissa Coringa dos Santos
  2. R.A.: 181123347
  3. Email: laricoringa@hotmail.com

  1. 1 ANÁLISE DO LIVRO DE PHILLIPE ARIÈS

Um livro que ressalta os modos que lidamos com as fases da vida, principalmente a infância, na idade média e nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, ressaltando também alguns pontos do século XX. Trataremos sobre as idades da vida que em épocas não eram lembradas, em outras eram documentadas e depois apenas tratada como uma simples pergunta. Recordaremos as vestimentas, as brincadeiras e como foi tratado o sentimento da criança e sua inocência.

  1. As Idades da Vida

A idade e o vocábulo usado para diferenciar as pessoas de idades distintas sofreram grandes mudanças durante os anos, não houve uma sincronia de acontecimentos e muito menos uma certa coerência entre todas as épocas.

Hoje não queremos falar sobre a nossa idade, ou quantos anos temos, quanto mais velho, menos falamos. Mas tiveram momentos da história que as idades eram o que te diferenciavam, eram sua documentação e por isso eram marcadas em quadros, móveis e afins.

Na idade média nada importava sobre a idade das pessoas, o que era necessário para te identificar era um sobrenome ou local de nascimento, mas com o tempo precisou de mais uma diferenciação e foi decidido que essa seria a idade, podemos ligar isso a matemática e a precisão dos números.

Já no século XVIII, passaram a importar também os registros das datas de nascimento nos dados paroquiais. Porém foi anteriormente, no século XVI e XVII que começaram a encontrar as idades, nascimentos e locais de nascimentos nos registros e em textos próprios. Ou seja, nesses séculos a idade e a data de nascimento eram muito importantes para a construção do indivíduo.

Em meados do século XIX começaram a desaparecer as datas e idades dos meios visíveis, e as pessoas começam a lembrar e registrar em diários, sendo assim não há mais a exatidão, mas uma memória das idades e datas.

Porém mesmo nos séculos em que as idades são consideravelmente importantes, não há uma diferenciação da nomeação dada as fases da vida, sabe que não são todos iguais, mas o que os define são as atitudes e suas ocupações.

Foi do vocabulário latim que veio a existir palavras de identificação para os adolescentes e crianças, porém não havia ainda uma palavra que diferenciava ambos, precisando os ingleses no século XIX terem uma palavra para os bebês e assim juntar com as outras já existentes em outros vocabulários que foi se criando as palavras para identificarmos a fase da vida que determinada pessoa se encontrava.

Hoje temos em todos os idiomas as palavras necessárias para a identificação de um indivíduo e temos que registrar nossas datas de nascimento em todos os registros, é algo extremamente necessário. Sendo assim, percebemos que houve as junções de períodos históricos, pois as datas são importantes para registros, mas não para o dia-a-dia.

  1. A Descoberta da Infância

As primeiras crianças retratadas não tinham aparência própria, elas mais pareciam adultos em miniatura e por este motivo a consideração era que as mesmas não tinham local no mundo, como mencionado no livro “É difícil crer que essa ausência se devesse a incompetência ou à falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo.” (ARIÈS, 1981, p.50).

Foi com o anjo que tivemos a primeira aparência do adolescente no século XIII, pois esses adolescentes eram os clérigos e por isso foram reproduzidos nas imagens como anjos. Já a imagem da criança começou nas representações do menino Jesus com sua mãe, Virgem Maria, e foi por conta dessa maternidade e da representação da mesma que a criança começou a ser reproduzida com mais frequência e necessidade, porém a imagem real da criança permaneceu apenas no rosto de Jesus até o século XIV. Percebemos que a igreja foi de grande valia para a representação dos pequenos.

Tanto que ainda no meio religioso as crianças começaram a ser retratadas em outros rostos, surgindo outras imagens da infância religiosa, mas não podemos confundir e acharmos que também surgia o sentimento da infância, os historiadores pensavam que mesmo as crianças sendo retratadas, elas estavam ali apenas para compor a cena e não eram a cena.  

No século XVII, a criança é retratada como si e por vontade de outros terem a imagem da mesma, as famílias querem imagens das crianças, ela torna-se importante e se dá um sentimento de falta da mesma quando elas são retratadas mortas, mostra-se que existia a saudade dos pequenos. A nudez da criança foi algo muito retratado em diversos séculos, mas foi também no século XVII que essa “nudez se tornou uma convenção rigorosa nos retratos da criança.” (ARIÈS, 1981, p. 65).

Ou seja, a importância da criança começou a tomar forma, o seu crescimento e fases começam a ser registrados por suas amas, suas onomatopeias e primeiras falas começaram a interessar aos adultos, e com isso podemos dizer que houve a descoberta da infância e de suas formas.

  1. O Traje das Crianças

Nos dias atuais pensamos que nada tem a dizer os trajes das crianças, mas mal sabemos que isso era muito importante em épocas passadas e que ainda é causa para alguns julgamentos alheios.

Na antiguidade a infância era algo que não tinha suas particularidades, não existia o “ser criança”, era um adulto mirim que em algumas épocas usou as mesmas vestimentas que os adultos de fato, ou seja, não existiu uma construção da infância e muito menos da criança.

A Idade Média é um exemplo de como as crianças eram vestidas igualmente aos adultos, não havendo diferenças em nenhum dos níveis etários, apenas eram diferenciados os trajes a partir da hierarquia social.

Já no século XVII, as crianças burguesas começam a se vestir de formas diferentes dos demais e ganham seu primeiro traje, sendo este um vestido comprido. Para os meninos não terem seus trajes confundido com o das mulheres, os vestidos masculinos eram abertos na frente e presos com botões, ou seja, é o começo de uma infância e de um “ser criança” e a maior parte deste benefício era dos meninos, pois as meninas eram ainda deixadas de lado e mais relacionadas com as mulheres adultas.

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