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AS DEZ NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR (PHILIPPE PERRENOUD)

Por:   •  16/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.879 Palavras (8 Páginas)  •  393 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

AMANDA NASCIMENTO

NÍCOLAS SPITZER

PRISCILA MOHOR

TRABALHO – DIDÁTICA E PRÁTICA PEDAGÓGICA

DEZ NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR

DE PHILIPPE PERRENOUD

Jundiaí – SP

2018

INTRODUÇÃO

Este presente trabalho discutirá o capítulo nove (Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão) do livro “Dez novas competências para ensinar” de Philippe Perrenoud. O capítulo apresenta uma discussão em torno das cincos competências especificas fixadas pelo referencial adotadas pelo o autor para uma educação coerente com a cidadania:

  • Prevenir a violência na escola e fora dela
  • Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e socias.
  • Participar da criação de regras da vida comum referentes a disciplinas na escola, as sanções e a apreciação da conduta.
  • Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em sala de aula.
  • Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.

Diante de tais competências citadas, o autor afirmará que “Os professores que desenvolvem tais competências trabalham não só para um futuro, mas para o presente; criam condições de um trabalho escolar fecundo no conjunto das disciplinas e dos ciclos de estudos.” (PERRENPOUD, 2000, p. 141). Ou seja, não consiste apenas em tentar incutir nesse aluno um modelo que eles “levem pela vida afora”, mas que estes modelos sejam colocados em prática no presente “aqui e agora” para fazê-lo, desse modo, confiável para que sejam obtidos benéficos imediatos.

PREVENIR A VIOLÊNCIA NA ESCOLA E FORA DELA

Segundo Perrenoud (2000, p. 144), a violência escolar está parcialmente ligada a violência urbana, pois quase não se tem mais escolas de ensino médio, mesmo em pequenas cidades que seja possível viver distante da violência. Diante de tal questão, a escola de ensino fundamental demonstra-se melhor protegida, por causa de vários fatores e um deles é devido a idade das crianças. Se por um lado temos a escola de ensino fundamental, por outro, teremos o ensino médio, onde é composta por alunos mais jovens que causam, em zonas de alto risco, mais inquietudes.

Dentro desse contexto, presencia-se também a violência física e simbólica, pois a violência “não são só golpes, ferimentos, furtos e depredações. É a agressão a liberdade de expressão, de movimento, de comportamento”. (Perrenoud, 2000, p. 144)

A escola perante a essas questões não se encontra mais protegida contra o “retorno da paixão”. Ela torna-se alvo de uma parte da violência dos jovens, desse modo, a instituição é tentada muitas vezes, a reestabelecer uma repressão feroz, em contrapartida, se dá conta que se rompeu o antigo equilíbrio.

O âmbito escolar tem consciência que está condenada a negociar, a não utilizar mais a violência institucional sem deixar de lado as reações. De acordo com o autor “os professores dos estabelecimentos de alto risco não ignoram isso: hoje em dia, uma punição de duas horas retendo o aluno – mesmo que plenamente justificada – tem como preço pneus furados, a escala da violência não é mais a solução”. (PERRENOUD, 2000, p. 144). Portanto, importa que a escola se torne, segundo a expressão de Ballion (1993) que Perrenoud cita, uma “cidade construída”, onde a ordem não está adquirida na concepção no momento em que se entra nela, mas “deve ser permanentemente renegociada e conquistada”.

LUTAR CONTRA OS PRECONCEITOS E AS DISCRIMINAÇÕES SEXUAIS, ÉTNICAS E SOCIAIS

Falar a respeito de tal competência, podemos de início subentender que se trata de fornecer uma educação para a tolerância e para o respeito às diferenças existentes de todo gênero. Uma abordagem didática poderia ser mencionada dentro desse contexto. Segundo o autor “não basta ser individualmente contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais. Isso é apenas uma condição necessária para que os propósitos do professor sejam confiáveis. ” (PERRENOUND, 2000, p. 145).

A abordagem didática não basta, o docente tem que conseguir a adesão dos alunos, onde as palavras certas nem sempre surtirão efeito, pois os preconceitos e as discriminações permeiam por todos os âmbitos socias. E este aluno não pode ser tido como uma tábula rasa, pois haverá dentro de cada classe, alunos educados no racismo ou no sexismo, alunos que apresentam estereótipos escutados ao decorrer de sua infância, assim como haverá crianças mais tolerantes devido a sua condição social e de sua família que possibilitaram essa atitude.

A luta contra o preconceito e as discriminações sexuais, étnicas e socias dentro do âmbito escolar, não consiste apenas em preparar o futuro, mas tentar tornar de algum modo o presente tolerável, se possível, profícuo.

O indivíduo que é vítima de preconceitos e de discriminações pode aprender com serenidade, pois este, ao fazer uma pergunta ou respondê-la dentro de classe, pode atrair caçoadas, o aluno irá calar-se.  Se um trabalho em grupo o exibir a segregações, tal escolherá ficar sozinho, etc. Diante de tais questões, o professor possui o papel de pôr os alunos em condições de aprender que é preciso lutar contra todos os tipos de preconceitos e discriminações existentes dentro e fora da escola.

Para Perrenoud (2000, p.145), tal atitude exige uma forma de perspicácia e de vigilância. Os alunos educados no sexismo, racismo e intolerantes possuem a plena consciência de que sua atitude não é aceita pelo docente, porém, eles agem, sub-repticiamente, quando o professor vira as costas, ou fora da sala de aula, a não ser que se sintam fortes, e tentam determinar seu ponto de vista como a norma. Desse modo, o professor encontra-se perante condutas totalmente individuais dissimiladas, o qual são extremamente difíceis de combater abertamente. Perante esse contexto, é compreensível que o docente fique tentado a fechar os olhos, pois é uma tarefa muito árdua que solicita uma energia inesgotável, obtendo-se muitas vezes, resultados fracos a curto prazo.

 

 PARTICIPAR DA CRIAÇÃO DE REGRAS DA VIDA COMUM REFERENTES À DISCIPLINA NA ESCOLA, ÀS SANÇÕES E À APRECIAÇÃO DA CONDUTA

Segundo o autor, as competências de “gestão de classe” são entendidas em termos de organização do tempo, do espaço e das atividades. Elas também se alongam a instauração de valores, de atitudes e também de relações socias, no qual promovem o trabalho intelectual. De acordo com Perrenoud (2000, p. 147), “A necessidade de instauração da lei e a reafirmação do interdito da violência ultrapassa os detalhes da vida coletiva. Da lei não deveriam todas as regras: resta fazer um importante trabalho normativo para organizar em sala de aula e as atividades de ensino e de aprendizagem. ”

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