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ATPS Brinquedoteca

Por:   •  29/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.391 Palavras (10 Páginas)  •  338 Visualizações

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1. Introdução:

O brincar compõe-se da principal forma da criança ser e estar no mundo. Por meio do brincar, as crianças se relacionam e atribuem sentido aos espaços em que vivem. Em razão das intensas transformações da vida urbana, ultimamente limitou-se o convívio informal das crianças nas ruas, praças e parques. A grande circulação de automóveis e a falta de segurança nesses locais interferiram significativamente nas brincadeiras nos espaços de brincar.

Recentemente observam-se no Brasil alguns estudos referentes aos espaços especificamente organizados para “o brincar infantil”. Pesquisadores como Porto (2005), Peters (2009), Kishimoto (1997) apontam a brinquedoteca como uma alternativa de espaços para “o brincar” e para ampliação do convívio social da criança. Roucous (1997), atentando para a crescente expansão desses espaços, destaca eixos que caracterizam uma brinquedoteca: espaço físico estruturado para brincar; acesso à variedade de brinquedos e materiais lúdicos; liberdade de escolha de seus usuários quanto ao tempo e ao local que deseja brincar; espaço de encontro para o estabelecimento de relações sociais entre diferentes gerações e culturas (ROUCOUS apud PETERS, 2009).

Embora seja possível observar uma expansão das brinquedotecas em centros urbanos, elas ainda permanecem invisíveis, despercebidas. Nesse sentido, segundo Kishimoto (2001), é fundamental criar visibilidades para “o brincar da criança” na infância contemporânea: olhares atentos para o espaço, o tempo o encontro, as relações, as significações constituídas e constituintes das crianças.

O presente trabalho aborda tais temáticas ao trazer para o papel investigações sobre uma criança inserida nesse espaço lúdico. Nesse sentido, ao entender as crianças como sujeitos ativos, interativos, competentes, produtores de saberes e não como acessório ou apêndice na sociedade dos adultos, busca-se reconhecer “a capacidade de produção simbólica por parte das crianças e a construção de suas representação e crenças em sistemas organizados, isto é em culturas”. (PINTO, SARMENTO, 1997, p.20).

Neste compasso, debateremos sobre as observações encontradas no ambiente escolar (brinquedoteca e áreas de lazer) quanto ao educando Matheus Henrique Cardoso, criança de tenra idade, com anotações sobre seu comportamento, características pessoais, interpretações subjetivas, além de um checkup de tudo quanto foi verificado.

2. Desenvolvimento:

2.1. Brincando de aprender: a criança e a brinquedoteca.

A educação das crianças em instituições precisa ser organizada não para o individualismo, conformismo e submissão, ao contrário, necessita-se superar a “dupla alienação” da infância e garantir o direito da criança de ser criança, de descobrir e conhecer o mundo por meio das brincadeiras, atividades, trocas, enfim, por meio das mais variadas relações com os adultos, objetos e demais crianças (FARIA; PALHARES, 2000).

Dada importância dos espaços de criatividade, houvemos por bem observar uma criança especialmente escolhida num desses ambientes – a brinquedoteca, para melhor avaliar suas necessidades e, assim, identificar suas deficiências.

2.1.1. Objetivos gerais.

Observar uma criança numa brinquedoteca, descrevendo de forma objetiva os seus comportamentos e ações.

2.1.2. Objetivos específicos.

• Escolher uma criança a partir de suas características marcantes dentre outros educandos.

• Apresentar uma descrição detalhada do cenário de observação.

• Obter uma análise pormenorizada dos comportamentos sem interferências, interpretações ou avaliações (DCO).

• Interpretar os registros obtidos a partir das descrições comportamentais.

• Apresentar um checklist das ações e comportamentos sociais, desenvolvimento emocional e comportamentos físico-motores.

2.1.3. Espaço e período das observações.

O espaço observado foi a brinquedoteca e áreas de lazer (playground) da Creche e Pré-escola “Helena L. F. Rocha” de Guaiçara, cuja atividade foi realizada no dia 24 de agosto de 2015, entre 08h30m e 9h30m. Entendendo o espaço como ”um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações” (SANTOS, 2002), podemos dizer que são as crianças e adultos que lhe atribuem um conteúdo. O espaço não está pronto, acabado, mas algo que pode ser modificado ao longo da relação que os sujeitos estabelecem com ele.

2.1.4. Pessoa observada e modo de observação.

Criança Observada: Matheus Henrique Cardoso, impúbere com 03 (três) anos de idade.

Modo de Observação: perceptível, mas discreto, porquanto as crianças sabiam que estavam sendo observadas, mas não houve participação dos observadores nas atividades realizadas.

2.1.5. Ficha: Observação Narrativa.

Observação Narrativa (Ilustrativa)

Observadores: Cibele Alexandra Tamura; Cristina Harumi Inazaki; Josan Nunes; Rosa Elaine Pereira de Oliveira Rocha; Sileuza Silva Batista.

Nome da Criança: Matheus Henrique Cardoso

Idade da Criança: 03 anos e 02 meses Sexo da Criança: x Masculino

Feminino

Responsáveis pela criança durante o período de observação:

Nome: Isamara Batista Função: Professora

Nome: Ana Paula de Oliveira Função: Coordenadora

Contexto da Observação: Brinquedoteca e playground da Creche e Pré-escola “Helena Lucas Franco da Rocha” de Guaiçara - SP

Data da Observação: 24/08/2015

Horário de Início: 08h30m Horário de Término: 09h30m

Escolha

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