TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

ATPS: Os diferentes conceitos, as ferramentas e as opções de leitura e afins

Seminário: ATPS: Os diferentes conceitos, as ferramentas e as opções de leitura e afins. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/11/2013  •  Seminário  •  1.250 Palavras (5 Páginas)  •  366 Visualizações

Página 1 de 5

1. Introdução

Ler é um ato que executamos diariamente, seja por obrigação, informação ou distração. Mas o verdadeiro prazer pela leitura só é despertado no indivíduo quando este lê um livro e consegue se transportar para uma realidade paralela, repleta de descobertas e conhecimentos, tornando independente o gênero literário e interessando somente a cumplicidade entre o leitor e a obra.

Embora a leitura seja universal e reconhecida como um bem natural e de valor absoluto, ela não é uma pratica igual para todos. No processo de concepção de leitura baseada na interação é necessário levar em conta tanto a materialidade lingüística do texto quanto os conhecimentos prévios do leitor, para que haja o desenvolvimento necessário para a produção de sentido textual.

Ao analisarmos a condição de saberes e experiências de cada leitor, nos deparamos com uma pluralidade de leituras e sentidos em relação a um mesmo texto. Porém, é importante salientar que toda interpretação deve seguir o foco principal do texto lido, partindo do princípio interpretativo autor-texto-leitor, ou seja, o sentido não está inteiramente no leitor e nem no texto, mas sim na interação cabível entre eles.

Sendo assim, ler, aprender a ler e formar leitores nunca tiveram um mesmo e único entendimento ou forma de acontecer. Neste trabalho iremos abordar algumas das diferentes concepções, ferramentas e definições existentes acerca da leitura e afins.

2. Sobre o Ensino da Leitura e a Biblioteca de Classe

Ao longo da historia da educação escolar os métodos mudaram e hoje se tem uma visão diferenciada sobre a forma de ensinar leitura. Antigamente o modelo se apoiava em livros “enciclopédicos”, onde os alunos buscavam informações sobre os diversos campos do currículo escolar, além de conteúdos morais e cívicos. Tais métodos descrevem-se profundamente apoiados no professor, no livro texto, na memorização, num verbalismo excessivo, onde a leitura se fazia uma prática temida, marcada pelas proibições, censuras e punições a textos e atos considerados inadequados.

Segundo autores, através de obras de Monteiro Lobato, surge em 1921 um aspecto inovador nas escolas primárias: a leitura provocando prazer. A partir de então, entre as décadas de 20 e 30, acontecem várias reformas educacionais inspiradas no movimento escolanovista e um ideal de educação ativa, menos autoritária, com maior interação dos alunos e uniformalizadora começa a surgir. O livro passa a ser um objeto de consulta, pesquisa e diversão, e então se compreende a relevância da Biblioteca Escolar.

Na segunda metade dos anos 70 a literatura voltada para crianças e jovens se fortalece, se tornando cada vez mais abundante, diversificada e heterogênea. Temos a literatura infanto-juvenil, aliada aos já conhecidos livros didáticos, com maior ênfase nas escolas, que passa a utilizar gêneros não-escolares, tais como o jornal, a revista, os quadrinhos e até mesmo propagandas comerciais, para proceder ao ensino da leitura. Nos deparamos com acervos enviados às escolas pelos programas nacionais e estaduais de distribuição de livros para bibliotecas escolares, porém muitas comunidades escolares possuem algumas práticas que colocam em risco a própria existência dessa biblioteca.

Configura-se como biblioteca de classe os acervos de livros organizados pelas diferentes turmas de alunos e seus professores de português para formar o material de leitura compartilhado de cada turma e que é disponibilizado e utilizado em sala de aula, como proposta integrante aos trabalhos da disciplina. Todo esse trabalho é apoiado na concepção da linguagem como interação, e visa o ensino como conjunto de práticas de uso da língua e a devida reflexão sobre estes usos, utilizando o texto como unidade básica do trabalho. Os princípios que orientam a biblioteca de classe dizem respeito à caminhada de cada leitor e à consciência de que a formação de um bom leitor relaciona-se à quantidade e diversidade de experiências de leitura, apostando ser a aula um espaço de produções sociais em torno do livro, orientada e promovida pelo interesse pessoal.

Com os acervos de classe é possível superar a dificuldade de uso ou até mesmo a inexistência da biblioteca escolar, além de promover a proposta de leitura-prazer. Seu uso deve incentivar a existência de um circuito leitura entre os alunos, onde apareça a diversidade de gostos, interesses, opiniões, critérios de escolha, formas de ler e de atribuir sentido aos textos lidos. Além disso, a biblioteca de classe atende bem os objetivos e condições para o ensino da leitura apresentados nos Parâmetros Curriculares para o Ensino de Português. Possibilita aos alunos e ao trabalho do professor a capacidade de selecionar textos segundo interesses e necessidades pessoais; a familiarização com diferentes estilos e gêneros; a receptividade para com autores e obras desconhecidas; a capacidade de trocar impressões com outros leitores sobre os livros lidos; a existência de acervos variados e classe; a organização de momentos de leitura de livre escolha na aula, leitura em voz alta de trechos de textos, entre outros.

Alguns governos estaduais propõem a implantação de uma sala ambiente nas redes

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.5 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com