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Análise do Vídeo Vida Maria e EJA

Por:   •  17/7/2019  •  Dissertação  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  1.285 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB

Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 2 / ATIVIDADE PONTUADA – 2018.2

Disciplina: Educação de Jovens e Adultos

Coordenadora: Andrea da Paixão Fernandes

Aluno (a): Isabella Miranda Carvalho

Matr.: 17112080323

Polo: Paracambi

1ª questão: (valor: até 5,0 pontos)

1.1 – Assista ao curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos.

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs

1.2 – Elabore um texto argumentativo de duas laudas relacionando o curta-metragem de Márcio Ramos à possibilidade de aprendermos ao longo de toda a vida. Considere em seu texto a necessidade da oferta da modalidade EJA e justifique tal necessidade.

  O curta-metragem “Vida Maria” de Márcio Ramos, com duração de apenas nove minutos, denuncia a ausência de escolarização e as condições de vida no sertão nordestino, que ocorre  na vida de tantas outras Marias e de tantos outros Josés.

  O enredo do curta tem como ponto central o crescimento de uma menina que é proibida pela mãe de escrever ou como a própria disse: (…) pare de ficar desenhando nome e vá lá fora arrumar o que fazer (…). E no decorrer do curta, a criança vai crescendo e “desenhando” sua história conforme foi a história de sua mãe, de sua avó, bisavó e tantas outras Marias de sua família.

O curta de Márcio Ramos explora uma das questões sociais mais presentes no Brasil, principalmente no interior, em que a falta de políticas públicas são mais ausentes do que nos centros urbanos, mas não que nas cidades não existam outras Marias. O analfabetismo no Brasil é presente tanto no interior como nas grandes cidades.

  Segundo o site globo.com, em notícia postada no dia 21 de dezembro de 2017, a taxa de analfabetismo no país em jovens e adultos (15 anos ou mais), apresentada na pesquisa realizada pelo IBGE em 2016, por mais que tenha diminuído, não alcançaram as metas postas no Plano Nacional de Educação (PNE) e ainda apresentaram um maior índice de analfabetismo no interior do país, principalmente nas regiões norte e nordeste, lugares estes comuns a vida das Marias retratadas no curta. Seguindo assim, o Brasil distante de erradicar o analfabetismo até 2024, como colocado no PNE.

  A falta de políticas públicas concretas em relação a educação no Brasil, ainda deixa pairar sobre o ar, a presença de Marias e Josés, que pelas condições sociais de vida, não tiveram possibilidades de acesso ao estudo e de uma política educacional conscientizadora que apresentasse uma nova visão de mundo. Talvez, Maria e sua família, desde quando era pequena, sendo amparada pelo governo, através do acesso a uma escola, de uma possibilidade de emprego melhor, de uma qualidade de vida, pudesse interromper o ciclo das mulheres de sua família.

Marias existem, seja no interior que cuida da família em casa ou na cidade que sai para trabalhar, Josés também, que necessitam de políticas públicas eficazes que interrompam o ciclo educacional vicioso que foi construído desde que a educação foi sistematizada no Brasil, onde pobres e principalmente mulheres, não continuam os estudos devido a sua classe social.

 Nós, seres humanos, temos uma grande vantagem entre os outros animais, o raciocínio, pensamos, e nossos cérebros são plásticos, isto quer dizer que nosso cérebro tem a capacidade de mudar ao longo da vida, que podemos aprender em qualquer idade. E não somente temos esta capacidade como necessitamos aprender constantemente. Pessoas que não puderam continuar sua escolarização, necessitam voltar aos seus estudos, quer seja por uma melhor oportunidade de emprego, quer seja por uma realização pessoal e social.

  A educação de jovens e adultos deve ser mais abrangente, com políticas públicas concretas, através de ações conscientizadoras, que possibilitem a este público refletir sobre sua vida, sobre sua condição social e principalmente sobre sua cidadania, pois é a partir dela que podemos modificar o que nos é condicionado pela nossa classe social.

  Paulo Freire, educador brasileiro, mostrou na década de 1960, que a educação de jovens e adultos era possível de ser transformadora, de que uma educação para a democracia ocorresse de fato, colocando a educação como um ato político, na busca de transformar as condições sociais existentes e de conscientizar os jovens e adultos de seus papéis como cidadãos. Assim Freire fez, em Angicos-RN, onde alfabetizou 300 trabalhadores em 40 horas, através de uma alfabetização dialógica, em que os processos educacionais eram significativos e condizentes com a vida dos trabalhadores.

  É através de uma educação dialógica, transformadora e conscientizadora que as políticas públicas devem ser pautadas nos programas de educação para jovens e adultos. Acessibilidade e transformação social devem ser constituintes básicos na educação. E quem sabe assim, não veremos tantas Marias e Josés pelo nosso Brasil.

Fontes:

A experiência. Angicos 50 anos. Disponível em: <http://angicos50anos.paulofreire.org/a-experiencia/>. Acessado em: 21/08/2018.

Curta o Cinema, Vida Maria Audiodescrito. Youtube. Disponível em: . Acessado em: 21/08/2018.

FERREIRA, Paula. Brasil ainda tem 118 milhões de analfabetos, segundo IBGE. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-ainda-tem-118-milhoes-de-analfabetos-segundo-ibge-22211755>. Acessado em: 21/08/2018.

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