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As Reflexões Sobre a Exclusão e a Inclusão da Sociologia no Currículo Escolar

Por:   •  17/9/2018  •  Resenha  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  450 Visualizações

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DATA 14 DE FEVEREIRO DE 2017

Resenha do texto: CORRÊA, Lesi.  Reflexões sobre a exclusão e a inclusão da sociologia no currículo escolar. Revista Mediações, Londrina, v. 1, n. 1, p. 40-51, jan./jun. 1996.

O artigo “Reflexões sobre a exclusão e a inclusão da Sociologia no currículo escolar” dividido em oito tópicos. O autor tem como objetivo analisar a situação da Sociologia em 1996, ano em que foi publicado o artigo, como disciplina a partir de sua história passada. Correa expõe o motivo de regimes totalitários não permitirem o avanço da Sociologia, devido a capacidade da Sociologia de análise global da realidade social e formação de juízo crítico.  

“ Sendo considerada disciplina perigosa à manutenção da ordem, pelos governos militares, por sua dimensão política, pela natureza e as consequências de seu envolvimento nos embates entre os grupos e as classes sociais, e por refletir em que medida os conceitos e as teorias dos Sociólogos contribuem para manter ou alertar as relações de poder existentes na sociedade. ”  (Corrêa, 1996)

A história da sociologia teve obrigatoriedade como disciplina na educação brasileira a partir de 1890, com Benjamin Constant, devido a sua influência no ministério, onde propôs reforma no ensino incluindo a sociologia até mesmo no ensino superior. Segundo Correa, a reforma teve influência positivista. A obrigatoriedade da Sociologia nos planos educacionais brasileiros passa por oscilações no decorrer dos anos até que em 1942 a Sociologia deixa de ser obrigatória no ensino secundário, com a imposição da Reforma de Capanema onde era sobreposto o ideal político ao ideal educativo. E a partir do pós-64 firmou-se por longo período de tempo o esquecimento da Sociologia, que tinha agora obrigatoriedade apenas no curso de magistério.

Por muito tempo a Sociologia, assim como outras disciplinas de Ciências Humanas, foram substituídas por outras disciplinas como Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil, para atender as necessidades do regime político da época, retirando da juventude a oportunidade de pensar criticamente sua realidade reproduzindo assim dentro do ambiente escolar ideologias da classe dominante. Essas novas disciplinas tinha o objetivo de prepararem os indivíduos para a cidadania e para o mercado de trabalho. A Sociologia no Brasil foi substituída por essas outras disciplinas apenas para atingir objetivos sociais e políticos. Por ser uma disciplina que trata de questões da sociedade, ao pôr a Sociologia no esquecimento evita-se novas oposições políticas.

O estudo de Corrêa verifica que “desde o século XIX, todas as propostas educacionais, estão fundamentadas num único princípio: a preparação para a cidadania e para o trabalho” (CORRÊA, 1996, p.43).  A retrospectiva histórica sobre   a educação no Brasil efetuada pelo autor leva-o pontuar que toda a estrutura se articula com as crises do capitalismo enfrentadas pelo país, em busca do seu desenvolvimento; E que as propostas para a educação no Brasil se fundamentavam no princípio da cidadania. Cidadania essa que se baseia no princípio da igualdade mas se torna controverso ao ser constatado que essas propostas de cidadania se desenvolvia ao mesmo tempo que se desenvolvia e fomentava o capitalismo, o sistema das desigualdades.

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