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BRASIL, IRMÃO DO PRECONCEITO E PRIMO DA DIVERSIDADE QUE O CONSTITUI COMO NAÇÃO

Por:   •  24/9/2019  •  Ensaio  •  3.583 Palavras (15 Páginas)  •  144 Visualizações

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Disciplina: Multiculturalismo, Povos Indígenas e Diversidade

Responsável: Prof. Cintia Lima Crescêncio.

Acadêmico (a): Felipe de Lima Silva.

ENSAIO TEÓRICO

BRASIL, IRMÃO DO PRECONCEITO E PRIMO DA DIVERSIDADE QUE O CONSTITUI COMO NAÇÃO

INTRODUÇÃO

O Brasil é um país abundantemente rico em cultura, povos e costumes devido a sua matriz formadora que se baseia em uma grande miscigenação para a constituição da população que o habita. Pensando nesse aspecto é difícil falar de apropriação cultural e uso de culturas por seres com biótipos diferentes daqueles que são vistos como os detentores desse ou daquele hábito, costume ou vestimenta.

A educação, atividade social que transforma o ser biológico em ser social é a detentora de construir no ser humano, desde muito pequeno, condições para que ele seja capaz de conviver de forma harmoniosa e ética com as diversidades que o rodeiam, uma vez que não se deve definir aquilo como certo ou errado já que as práticas sociais não são hierárquicas e, portanto, não podem ser inferiorizadas e muito menos comparadas.

A prática educativa é uma das ações que tem maior importância na construção da igualdade dentro da sociedade tendo em vista que a população negra representa mais da metade dos brasileiros, há cerca de 250 etnias indígenas presentes em nosso país e ainda não podemos deixar de lado o pluralismo religioso, dos cidadãos que não professam crença religiosa, das crianças e adolescentes portadoras de deficiências e daquelas que provêm de famílias cujo núcleo difere do antigo padrão da família tradicional brasileira homem/mulher.

O presente ensaio teórico tem o objetivo de discutir a partir de levantamento bibliográfico em sítios de pesquisa de referência, a diversidade como importante pilar da constituição da população brasileira e os possíveis desvios que se constituem a partir da inoperabilidade de sua discussão dentro e fora do âmbito escolar. Inicialmente ligaremos o assunto as questões educacionais para depois darmos continuidade na linha de raciocínio a partir da discussão da existência de possíveis raças dentro de um grupo social. Para finalizar discutiremos sobre a concepção da identidade e da diferença a partir da linguagem utilizada pelos indivíduos durante sua comunicação.

DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO

Quando paramos para falar sobre diversidade temos que considerar o Brasil como um dos maiores exemplos de uma população diversa e rica em culturas e diferenças. No ano de 1500, época em que o Brasil foi invadido por Pedro Alvares de Cabral e sua frota marítima, o país contava com uma população de 8 milhões de indígenas divididos em mais de 1000 tribos, todas com peculiaridades e diferenças bem marcadas (CUNHA, 2013). Com o passar dos anos essas diferenças se misturaram não só entre os índios como também entre os Portugueses, Africanos e tantos outros povos que comporão a atual população Brasileira.

É imprescindível para o Professor deixar claro esses aspectos que compõem a população do Brasil em sua formação. A diversidade nos torna diferente em aspectos físicos, culturais, sociais e humanos, mas de fato nenhum desses aspectos nos torna melhor ou pior do que o nosso semelhante. É importante frisar que somos um povo composto por diferentes hábitos e costumes e é isso que enriquece a nossa cultura.

A declaração Mundial da Unesco sobre Educação para Todos – Tailândia, 1990 – põe em realce os quatro conteúdos considerados básicos para a aprendizagem do indivíduo: valores, atitudes, conhecimentos e habilidades, onde a educação infantil não pode deixar dúvidas na formação de valores e atitudes em nossas crianças. O estado terá papel crucial na construção de uma política educativa que capacite o indivíduo a conviver naturalmente com a diversidade humana o tornando um indivíduo comprometido com um ideário ético e democrático. É de fundamental importância que esse ensino deva ser aplicado desde os primeiros anos de escolaridade.

O Professor deve explicar a complexibilidade do termo preconceito, considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos, mas também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas das inúmeras formas de discriminação e que em sua própria etimologia já existe uma significação de uma pré-conclusão de um assunto onde eu o mal conheço, porém já o julgo sem me aprofundar no mesmo.

A hipocrisia implícita na sociedade capitalista na consideração de atitudes preconceituosas tem que ser deixada de lado assim como na sua afirmação de que todos somos iguais, mesmo porque se todos realmente fossemos iguais não haveria preconceito. É a partir da construção das diferenças e identidades que surgem os preconceitos.

As escolas acabam por reproduzir o modelo político social em que a mesma está inserida, nem se quer tendo interesse em buscar, propostas pedagógicas para se contrapor em relação às questões apresentadas. Para Rutherford (1996) as diferenças de culturas não podem ser uma “coisa” para se encaixar numa moldura universalista. O primeiro elemento de reflexão que devemos ter é que, uma vez que o que está sendo questionado é a possibilidade ou suposição de que todas as formas de diversidade cultural sejam passíveis de compreensão com base num conceito particular universal, o de “humanidade”, “classe” ou “raça”, por exemplo, torna-se perigoso e limitado considerar que as próprias práticas culturais acabam por construir seus significados com base nos processos de significações de outras organizações sociais.

A diversidade é um contexto que precisa ser produzido, mas, de acordo com Pelbart (1993, p.23),

“[...] não basta reconhecer o direito às diferenças identitárias, com essa tolerância neoliberal tão em voga, mas caberia intensificar as diferenciações, incitá-las, criá-las, produzi-las (...) recusar a homogeneização sutil, mas despótica em que incorremos às vezes, sem querer, nos dispositivos que montamos quando os subordinamos a um modelo único, ou a uma dimensão predominante”.

A educação escolar pode fazer muito mais do que reprimir a discriminação – ela pode e deve preparar crianças e adultos para valorizarem a diversidade étnico-racial e construírem uma sociedade igualitária que vive numa aceitabilidade de compreender que a beleza de sua existência está no fato da diferença. A natureza da Educação e o princípio da autonomia assegurado pela Constituição e pela LDB, tornam especialmente desafiadora a tarefa de desenhar propostas de política educacional que auxiliem gestores, professores, profissionais de apoio e comunidades a fazerem desses ambientes locais de aprendizagem da diversidade étnico-racial como pré-requisito para a construção de uma educação e uma sociedade igualitárias.

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