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Conhecimento Religiosos

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Por:   •  4/10/2013  •  478 Palavras (2 Páginas)  •  662 Visualizações

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O Problema da Origem do Conhecimento

Um dos principais problemas do conhecimento é o da sua origem: qual é a origem das ideias e como se processa o conhecimento. Um outro problema é o da possibilidade do conhecimento: qual o valor do conhecimento que construímos ou que certeza podemos ter quanto à verdade do conhecimento que nos é permitido obter.

Quanto ao problema da origem do conhecimento, os filósofos empiristas (como Locke e Hume) defendem que o conhecimento tem de partir dos sentidos e que a razão não possui, por si só, capacidade para construir conhecimentos verdadeiros. No entanto, como as capacidades dos sentidos e da experiência sensível é limitada, os filósofos empiristas são, habitualmente, cépticos quanto à possibilidade de se conhecer a realidade com absoluta certeza. Já os filósofos racionalistas (como Descartes) entendem que a razão humana possui a capacidade de conhecer e de verificar a verdade dos conhecimentos que constitui, e que embora o ser humano seja dotado de sentidos, a razão não precisa de se apoiar na experiência sensível para constituir conhecimentos absolutamente certos e verdadeiros. Estes filósofos são, habitualmente, dogmáticos quanto ao valor do conhecimento obtido por meio das capacidades racionais do homem. Quanto à posição apriorista (Kant), considerada conciliadora das posições empirista e racionalista, considera que a razão possui capacidades limitadas e que o conhecimento carece, para poder ser considerado verdadeiro, de um conteúdo empírico.

De acordo com o empirismo (do grego empeiria, experiência), o conhecimento tem origem na experiência, ou seja, nas sensações ou impressões que compõem a experiência sensorial. Todas as ideias decorrem da experiência, não havendo ideias inatas (contrariamente ao que afirma Descartes).

Na sua obra Ensaio Sobre o Entendimento Humano (1690), Locke compara a mente a uma tábua rasa (ou a uma «folha em branco») sem quaisquer caracteres, ou seja sem ideias. Todas as ideias que a mente pode vir a obter resultam da experiência.

É possível ao homem adquirir conhecimento somente com recurso às suas faculdades naturais (sensação e reflexão), obtendo dois tipos de ideias: simples, resultantes das sensações (e.g. vermelho, quente) e complexas, resultantes da combinação de ideias simples (e.g. sangue, natureza). Deste modo, quer sejam simples, quer sejam complexas, todas as ideias resultam, em última análise, da experiência.

René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês, hoje considerado um dos principais pensadores da filosofia moderna. Duas das suas principais obras são o Discurso do Método e as Meditações Metafísicas (ou Meditações sobre a Filosofia Primeira). Os problemas do conhecimento ocupam um lugar central na sua filosofia. Opondo-se ao cepticismo, entende que o conhecimento verdadeiro é possível se a razão humana proceder metodicamente, fazendo uso de princípios racionais e prescindindo de quaisquer dados empíricos. Deste modo, o seu modelo de conhecimento assenta sobre o rigor do modelo matemático (admitindo o carácter de certeza, universalidade e simplicidade das verdades matemáticas).

Para Descartes, um conhecimento só é absoluta

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