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Desentraves dos Tipos de Conhecimento para Escrita Científica

Por:   •  24/5/2018  •  Resenha  •  776 Palavras (4 Páginas)  •  211 Visualizações

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Desentraves dos Tipos de Conhecimento para Escrita Científica

Patrícia Marciano de Oliveira1, Paula Jucá de Sousa Santos2, Marcelo Queres de Oliveira3

A busca por uma definição para o conhecimento remota desde a antiguidade. Sócrates (470-399 a.C.), na apologia ao pensador escrita por Platão, questiona sobre o que pode ser conhecido e, se é possível um conhecimento absoluto. No entanto, ele conclui que não é possível conhecer algo sem reconhecer a própria ignorância, destacando que o maior obstáculo para a obtenção do conhecimento é a presunção do saber, de modo que saber que não se sabe constitui-se em critério eficaz para diferenciar os verdadeiros dos falsos conhecimentos. Platão (428-347 a.C.) retoma a tese, estendendo-a a fim de saber, então, como buscar o que se ignora.

Como buscará Sócrates, aquilo que absolutamente ignoras? E das coisas que ignora, da qual farás objeto de investigação? E se por acaso a encontrares, como saberás que é exatamente a que buscavas, se não a conhecias? (PLATÃO, 380 a.c.?)

Segundo Lehfeld Barros, o conhecimento é o ato de adquirir informações e dados sobre um determinado assunto. Ele se divide nos seguintes níveis: popular ou empírico, filosófico, teológico ou religioso e científico.

O conhecimento popular ou empírico é também denominado senso comum. Baseia-se em dados particulares, em nossas experiências e tradições, sem passar por comprovações científicas. Suas principais caraterísticas são, superficialidade, ou seja, baseia-se na aparência. É sensitivo, isto é, refere-se às emoções da vida diária. É subjetivo, pois nós mesmos o organizamos . É assistemático, pois não sistematiza as idéias, assim como sua forma de adquirí-las e validá-las.

Uma reflexão filosófica tem como indicativos três pressupostos: ser radical, ser rigorosa e de conjunto. Ela é radical porque exige uma reflexão com profundidade. É rigorosa, ou seja, segue métodos determinados. E de conjunto, pois proporciona conexões entre o objeto da pesquisa e outros relacionados. A filosofia remete ao campo da busca constante.

Em contrapartida, o conhecimento religioso está relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, ou qualquer outro que represente uma autoridade suprema. De forma geral, esse tipo de conhecimento depende da formação moral de cada indivíduo. Ele encontra seu ápice respondendo aquilo que a ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza da existência de um ser supremo (Fé).

O conhecimento científico está relacionado à ciência, a busca por uma explicação profunda dos fenômenos e suas inter-relações com o meio. Segundo Trujillo ( 1982; p.02), “a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento, com objetivo limitado e capaz de ser submetido à verificação” . Neste sentido, o conhecimento científico diferencia-se dos demais levando em consideração a forma pela qual é obtido, e não pelo seu objeto ao estudo.

O conhecimento científico é: “... o aperfeiçoamento do conhecimento comum e ordinário e é obtido através

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