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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ENSINANDO COM AS DIFERENÇAS

Por:   •  21/2/2017  •  Artigo  •  1.890 Palavras (8 Páginas)  •  298 Visualizações

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ARTIGO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ENSINANDO COM AS DIFERENÇAS

ANA MARIA

RESUMO

Este artigo visa à reflexão sobre inclusão e a capacidade do indivíduo quanto à aceitação das diversidades nas escolas e na sociedade, tornando os portadores de necessidades especiais o mais próximo possível da realidade, num espaço democrático, na perspectiva de uma política pública de educação inclusiva com igualdade e participação de todos. Este estudo tem também o propósito de mostrar o que é uma educação inclusiva, como as pessoas com deficiências foram tratadas ao longo da história da humanidade até os dias atuais, a Declaração de Salamanca e como o professor pode inovar suas práticas pedagógicas a fim de facilitar o processo educativo desses portadores de necessidades educacionais especiais.

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Portadores de necessidades especiais ao longo da história, Declaração de Salamanca, Prática Pedagógica.

INTRODUÇÃO

O presente artigo pretende abordar sucintamente o tema Educação Inclusiva, analisar as dificuldades dos alunos portadores de necessidades especiais no processo de aprendizagem nas escolas de ensino regular e a qualificação do professor.

Mostrar que a educação especial é um recurso especializado para educar e socializar todas as pessoas portadoras de necessidades especiais, tendo em vista as suas dificuldades individuais, e desenvolver trabalhos para que haja uma aprendizagem satisfatória, uma participação ativa e atividades envolventes e interessantes a todos.

Objetiva também mostrar que a inclusão no ensino regular surgiu como uma bomba no âmbito educacional e que no Brasil esse trabalho se deu a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca na Espanha, enfatizando-se a necessidade de transformação do sistema educativo, visando atender todas as crianças, jovens e adultos contemplando todas as suas características e necessidades.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Educação Inclusiva é um processo que defini a Educação Especial como uma educação organizada para atender específica e exclusivamente educandos com determinadas necessidades especiais dentro da escola regular. É um processo ainda em construção, considerada uma ação educacional humanitária, que vê o indivíduo em sua singularidade e que tem como finalidade o crescimento, a satisfação pessoal e a inclusão social de todos.

A Educação Inclusiva implica na mudança de paradigmas, visando à construção de uma educação diferenciada, transformadora, com práticas inclusivas que aprovam a inclusão e uma educação de qualidade para todos. Essa transformação se deu a partir da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada entre 7 e 10 de junho de 1994, na cidade espanhola de Salamanca.

A Declaração de Salamanca trata de princípios, políticas e práticas educacionais para portadores de necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino.

Sassaki (1997, pag. 41) descreve a Educação Inclusiva como:

Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. (...) Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.

(Sassaki, 1997, pag.41)

Segundo a Declaração de Salamanca (1994, p. 17-18).

O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas.

(Declaração de Salamanca 1994)

Ela aponta os princípios de uma educação especial e de uma pedagogia centrada no educando, contribuindo para a redução do número de fracassos educativos garantindo assim um índice maior de êxito escolar. O respeito aos direitos e liberdades humanas, são os primeiros passos para a construção da cidadania, devendo ser deverasmente incentivado.

Na inclusão as diferenças não são consideradas um problema e sim uma diversidade e é essa ideia, a partir da realidade social, que pode expandir a visão do mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todos os portadores de necessidades especiais.

Carvalho (2005) afirma que:

Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).

Preservar a diversidade nas escolas indica oportunidade de um atendimento das necessidades educacionais com destaque para as competências e capacidades do educando.

Contexto histórico dos portadores de necessidades especiais

Falar em pessoas com deficiências nos dias atuais compreende a retomada da história da Educação Especial, fazendo referência aos diferentes momentos conhecidos ao longo da história. A Antiguidade é um período da história em que se iniciam as primeiras formas de tratamento dadas às pessoas com deficiências.

Predominava-se a prática de abandono ou a condenação à morte quando era percebida a incapacidade de determinados indivíduos para o trabalho, ou seja, pessoas com quadros de deficiência física e mentais. Esse período ficou marcado como período do “extermínio”.

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