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EMÍLIA FERREIRO: PRINCÍPIOS E REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  7/9/2015  •  Monografia  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  586 Visualizações

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UNIESP – FACULDADE DE ITAPECERICA DA SERRA

ALEXSANDRA MARIA DOS SANTOS

DAIANE DE MORAIS COSTA

EMÍLIA FERREIRO: PRINCÍPIOS E REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO

ITAPECERICA DA SERRA – SP

2014


UNIESP – FACULDADE DE ITAPECERICA DA SERRA

ALEXSANDRA MARIA DOS SANTOS

DAIANE DE MORAIS COSTA

EMÍLIA FERREIRO: PRINCÍPIOS E REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO

Artigo científico apresentado à Faculdade de Itapecerica da Serra – UNIESP, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, na disciplina Metodologia do trabalho científico, sob a docência do Mestre Anderson Tsuioshi Tamura.

ITAPECERICA DA SERRA – SP

2014


EMÍLIA FERREIRO: PRINCÍPIOS E REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO

Alexsandra Maria dos Santos [1]

RESUMO

Os princípios aplicados nos processos de alfabetização nem sempre condizem com aqueles que creditamos serem ideais segundo nossos conceitos e bom senso. Nesse aspecto, na busca de solucionar a problemática pertinente à compreensão do processo de construção do saber por meio de aquisição da escrita em sua práxis, este estudo analisa a obra Reflexões sobre alfabetização de Emilia Ferreiro (2000), com o intuito de uma apropriação epistêmica dos conteúdos de sua tese.

Palavras-chave: alfabetização; criança; princípios.

ABSTRACT

The applied principles in the literacy processes rarely match with those that we believe to be perfect, due to both our concepts and common sense. In that aspect, aiming the solution about the pertinent problem to the understanding of the process of construction of the knowledge through acquisition of the writing ability in the praxis, this study analyzes the book Reflexões sobre alfabetização of the author Emilia Ferreiro (2000), with the intention of knowledge appropriation in the contents of her theory.

Keywords: literacy; child; principles.

1. Introdução

O problema da alfabetização no Brasil tem sido investigado desde a sua colonização, adequando-se aos princípios da sociedade de época. Em 1549, os missionários jesuítas puseram em funcionamento a primeira escola “de ler e escrever”, porém lidaram com grandes dificuldades de aceitação pelos índios e colonos, processo que perdurou por 210 anos. (ARANHA, 2000, p. 99)

Do Brasil República ao Brasil pós-moderno, transformações díspares se passaram em torno dos modelos de alfabetização, afunilando essa especificidade em muitos sentidos, e resultando na escaladas de pesquisas para solucionar problemáticas relativas ao tema.

Na década de 1970, em virtude do elevado grau de evasão e repetência escolar de alunos iniciantes no ensino básico, registra-se uma urgência histórica no trato da alfabetização. Foi nesse período crítico que os estudos de Emilia Ferreiro (2000) apareceram, deixando um alto teor de contribuição para o desafio em que o Brasil se encontrava. Suas descobertas apontam como as crianças adquirem conhecimento sobre a escrita, focando o processo de interação com o objeto gerador do saber.

Nessa plataforma, o motivo que me levou a essa pesquisa nasceu com o intuito de averiguar a problemática “Como são os princípios que regem a práxis de alfabetização, segundo Emilia Ferreiro?” (Ibid.) Este desejo se desdobra numa apropriação tanto analítica quanto epistêmica dos conteúdos de sua tese, e, tendo a metodologia bibliográfica como o norte do estudo, projetando os principais holofotes em Reflexões sobre alfabetização.

2. Desenvolvimento

Quanto Emilia Ferreiro retornava para a Argentina, em 1970, trazia à sua terra natal uma bagagem epistemológica de qualidade singular, visto que em Genebra recebera orientação de doutorado em Psicologia por intermédio de nada menos do que o renomado cientista e pensador Jean Piaget. Nascida em 1937, com 25 anos havia obtido licenciatura em Psicologia na Universidade de Buenos Aires (MORTATTI, 2000). Este trecho, por si só, nos traz uma reflexão lapidada sobre sua formação acadêmica.

Num dos seus principais estudos, Ferreiro (1999, p. 47) defende que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior à escola, e que não termina ao finalizar a escola primária”. Outrossim, sublinha que o processo de alfabetização é mais fluente entre as crianças do que em qualquer outro grupo social, sendo os adultos os mais resistentes, por terem fixado conceitos profundos em sua base, e completa dizendo que diversas crianças chegam ao ambiente escolar

sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (Ferreiro, 1999, p.23)

Segundo Ferreiro (1996), o processo de ler e escrever envolve sistemas de construções passo a passo, em dosagens. Esse princípio nos aponta que a importância das primeiras produções alfabéticas deve sem atribuídas com grande valia, justificada pelos esforços da criança para a representação do amadurecimento de suas habilidades, e não como um mero reproduzir mecânico de letras e traços.

Nesse ínterim, Ferreiro (2000) demonstra que o aprendizado da alfabetização exige um esforço nos aspectos cognitivos, processados a partir de problemáticas dos conceitos lidados pela essência fundamental da criança. No território efetivo da aquisição dos saberes, reconhecer a diferença entre o mero processo mecânico de reprodução gráfica e um sistema de representação linguístico é fundamental para se compreender que a alfabetização adquire um caráter conceitual, exonerando a pura técnica. Esta é uma ideia fundamental de suas reflexões sobre alfabetização porque elimina o tecnicismo como uma ferramenta chave nesse princípio.

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