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Educação na Concepção de Paulo Freire

Por:   •  13/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.316 Palavras (10 Páginas)  •  305 Visualizações

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A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA CONCEPÇÃO DE PAULO FREIRE

Ester Dos Santos Matias De Souza

Fabiana de Melo Giacomini Garcez

                                          Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso (PED0785) – Estágio de Jovens e Adultos

23/04/2016

RESUMO

A base do aprendizado dos adultos é o diálogo e a interação com o meio. Paulo Freire pregou que na alfabetização dos adultos é necessário um mergulho na realidade dos educandos, valorizando e respeitando a cultura e o modo de vida dos mesmos. O processo de alfabetização não se da por memorização mais sim pela compreensão daquilo que lhes é ensinado. Esse processo se da por meio da participação de todos os indivíduos envolvidos, cada um contribuindo a sua maneira, ou seja, o professor conduz o diálogo na direção da vivência e os alunos interagem com suas experiências.  

Palavras-chave: Adultos. Interação. Aprendizado.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo refletirmos a importância de se trabalhar com educação de jovens e adultos,( EJA).  A área de concentração esta ligada a metodologia de ensino, dentro da mesma trouxe o tema “A Educação de Adultos na Concepção de Paulo Freire”. Optou se por trazer esse tema entendendo que há uma necessidade enorme em alfabetizar aqueles que por algum motivo não deram continuidade aos seus estudos.

Essa pesquisa baseia se na concepção do referido autor entender quais os meios e os métodos que pudessem auxiliar no processo de alfabetização de adultos. Paulo Freire era comprometido com o ser humano, principalmente os mais necessitados, ele buscava compreender a realidade dos educandos e a partir daí dar seqüência no processo de alfabetização.

              Foram abordados os seguintes tópicos em relação á Educação de adultos na concepção do autor: educação crítica e o ser humano e sua aprendizagem. Esses tópicos nos farão refletir sobre a importância do diálogo, conforme Freire (1999, p.22) “através do diálogo ocorre em relação dialética com os traços estruturais da sociedade, tais como relação de produção, as formações culturais e os arranjos institucionais.” Também foi discorrido sobre o ser humano em seus limites e suas bagagens culturais que vão influenciar no seu aprendizado.

2 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: EDUCAÇÃO CRÍTICA

O trabalho com jovens e adultos pode ser visto como algo que vai leva los a confrontar a si mesmos, pois não há uma história propriamente dita se o individuo não conhecer a sua própria história.  Segundo Peter (1999, p. 11) “Os homens e mulheres no construir a sua história inventaram, pela sua capacidade de inteligir e de criar e para suas próprias sobrevivências, as tecnologias”. Isso prova o quanto o ser humano é inteligente, basta dar oportunidades aos mesmos para que possam contribuir no crescimento da sua auto-estima, através de suas conquistas no campo do conhecimento.

Ao professor cabe não só alfabetizar, mas mostrar a eles caminhos para conquistarem um mundo, valorizando o que cada um traz na bagagem de conhecimentos adquiridos através de suas experiências de vida, levando em consideração os limites de cada individuo, como por exemplo, a idade. Quanto mais velho o educando mais limitado será na sua capacidade de raciocínio e rapidez de assimilação do conteúdo. Sendo assim a área de concentração do presente trabalho esta direcionada a metodologia de ensino, dentro da mesma optou se pelo tema “A educação de Adultos na Concepção de Paulo Freire”, embora muitos adultos já tenham conseguido formação inicial no EJA, acreditamos que ainda há muito a se fazer devido a quantidade de analfabetos existentes no nosso pais.

Dentro dos conceitos do autor acima citado, destaca se o pensamento da consciência critica a qual ele chamou de Concepção Critica de Educação, segundo a qual o educando pode concordar ou discordar das informações recebidas, ou seja, mesmo sendo ele teoricamente leigo no processo do aprendizado tem ele a autonomia para absorver ou não o conteúdo aplicado e dessa sua atitude surge o conhecimento propriamente dito.

             A consciência crítica segundo Janes Tomelin (2013, p.24) “não é mais um tipo de consciência que podemos identificar na sociedade, mas uma atitude perante a realidade social que se apresenta”. A consciência crítica é a forma de olharmos o mundo, como uma forma positiva ou negativa, segundo Janes Tomelin (2013, p.25) “a consciência crítica nasce do confronto dos diferentes pontos de vista que se pode ter das coisas ou da nossa realidade”. Com isso percebe-se que o desenvolvimento da atitude crítica não nasce de um dia para outro, ela vem junto com o modo de vida de cada ser humano.

 Neste contexto, a formação de uma consciência crítica passa diretamente pela filosofia, que caracteriza por desenvolver nas pessoas um pensamento próprio e crítico sobre a realidade do cotidiano, de questionar os dogmas ou as doutrinas religiosas que se impõem, de superar a explicação mitológica da realidade, de discutir a validade dos métodos e critérios adotados pelas ciências. (JANES TOMELIN 2013, p.25).

             Na consciência crítica leva se em consideração o conhecimento que o educando possue, mesmo sendo ele de uma classe social menos favorecida, dentro dela o professor preocupa se em alinhar o conteúdo ao conhecimento prévio do educando. Não existe um conhecimento pronto existem caminhos que o professor deve apontar e aos educandos cabe a decisão de trilhá los ou nao.

O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada ver com discurso “bancário” meramente transferido do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga á produção das condições em que aprender criticamente é possível. (PAULO FREIRE, 1996, p. 26).

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