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Ensino

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Por:   •  22/11/2013  •  Tese  •  4.015 Palavras (17 Páginas)  •  321 Visualizações

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1. A PEDAGOGIA

A Pedagogia é um tema muito rico, e por ser muito extenso requer muito estudo e pesquisa. Depende não só das gerações passadas, dos desbravadores deste campo, mas também das novas gerações de profissionais ousarem e produzirem trabalhos e pesquisa com qualidades científicas para dar continuidade ao trabalho já começado. Atualmente, além da Instituição Escolar, notamos grande interesse nas áreas hospitalar e empresarial, além da clínica clássica.Surgida no século XVII, pedagogia tende para um objetivo prático definido, através de meios (processos e técnicas de ensino) eficientes para alcançá-los.

Komensky, considerado Pai da Pedagogia cujo sobrenome foi latinizado para Comenius, recebeu esse título pela descoberta de que o estudante merece cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva e deleitosa.

Os sentidos e à experiência eram de extrema importância para Comenius. Em Janua linguarum reservata (1631; A porta das línguas reaberta), manual para o ensino de línguas, utilizou desenhos com fins didáticos. Na Didática magna, propõe um sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-universitários. A doutrina filosófica de Comenius, a qual ele deu o nome de pansophia, propõe a universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos.

As inovações introduzidas por Comenius nos métodos de ensino influenciaram em grande medida as reformas educativas e as teorias de eminentes pedagogos de séculos posteriores. Constantemente Comenius era chamado a vários países europeus para pôr em prática suas teorias pedagógicas e filosóficas. Estabeleceu-se finalmente em Amsterdã, onde morreu em 15 de novembro de 1670.

Desde então, o ensino transformou-se paulatinamente, retro-alimentado por novas propostas educativas iluminadas, em destaque a do francês Jean Jacques Rousseau no século XVIII, de seus seguidores e de numerosos educadores, mais próximos de nós, auxiliados pela eclosão da Psicologia que confirmou os acertos dos mestres pioneiros.

Os métodos de ensino sucederam-se uns aos outros, sempre no intuito de apresentar ao aluno uma aprendizagem de acordo com a sua faixa etária.

No decorrer do tempo, a Pedagogia, com seus objetivos e currículo pertinentes progredia, sempre direcionada à eficiência e eficácia do ensino, tomando por fim forma de curso, emancipando-se na Europa e nos Estados Unidos.

Ao consultar o que diz o Diretor Cientifico do CEFA, Paulo Ghiraldelli Junior, encontramos a seguinte definição para pedagogia:

Trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o chamamos de "saberes da área da educação" - como a filosofia da educação, a didática, a educação e a própria pedagogia.

A pedagogia está ligada às suas origens na Grécia antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de "pedagogo" era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrario, era um condutor alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; se por acaso, precisasse de especialistas para a instrução, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o "ensino de idiomas, de gramática e calculo", de um lado, e para a "educação corporal" de outro.

A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir e manter se quisermos desenvolver uma boa educação, é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação.

O termo "pedagogia" designa a norma em relação à educação. "Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos devemos usar, para a nossa educação?" - esta é a pergunta que norteia toda e qualquer corrente pedagógica, é o que deve estar na mente do pedagogo.

1.1 PAIDÉIA

A palavra Paidéia, de início significa apenas criação dos meninos - pais, paidós, criança -, com o tempo adquire nuances que a tornam intraduzível. Conforme Werner Jaeger diz que

não se podem evitar expressões modernas como civilização, cultura, tradição, literatura ou educação, porém nenhuma delas coincide com o que os gregos entendiam por Paidéia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez.

Na sua abrangência, o conceito de paidéia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.

Os sofistas são os criadores da educação intelectual; ampliam a noção de Paidéia - de educação da criança à continua formação do adulto; valorizam a figura do professor e ao exigir remuneração, dão destaque ao aspecto profissional dessa função. Formaram um currículo de estudos composto por gramática, retórica e dialética. Desenvolveram também a aritmética, geometria, astronomia e música.

1.2 PEDAGOGIA NO BRASIL E SUA IDENTIDADE

É difícil falar sobre o curso de pedagogia no Brasil, sem antes traçar um panorama histórico sobre a educação no Brasil nos anos que antecederam à sua criação.

No final do período imperial houve uma intensa expansão das escolas elementares. Essa expansão exigia que o ensino fosse de qualidade e para alcançar a qualidade pretendida, fazia-se necessário que a formação de professores para esse nível se desse em cursos de nível médio nas ditas escolas normais. Contudo, a instabilidade no fluxo de escolas normais abertas e fechadas durante esse período prejudicava a formação para esse fim, visto que as escolas destinadas a esse segmento de formação ou eram particulares ou estavam agregadas aos Liceus e, por isso, sujeitas aos interesses de seus donos ou administradores em mantê-las.

Tentando amenizar esse problema, Leôncio de Carvalho sugeriu em 1878 que o exercício do magistério fosse facultativo a todos que se julgassem habilitados para tal, sem exigir uma formação mínima.

No entanto, em 1880 é criada, no Município da Corte (Rio de Janeiro), a primeira escola normal destinada tanto a professoras quanto a professores, sob a direção de Benjamim Constant e cujo funcionamento incluía

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