Entre o ‘não mais’ e o ‘ainda não’: pensando saídas do não lugar da EF escolar II

Fernando Jaime González e Paulo Evaldo Fensterseifer, em seu texto “Entre o ‘não mais’ e o ‘ainda não’: pensando saídas do não lugar da EF escolar II”, apontam que o fazer da Educação Física não era parte de uma reflexão sobre os corpos, tão pouco da sua relação com o mundo, e que a inserção desse campo de conhecimento no ambiente escolar tinha por principal finalidade a preparação dos corpos ou ainda a construção da moral através do disciplinamento desses corpos.. Entretanto, a Educação física assume , em tempos atuais, um caráter de “leitura de mundo”, é entendida como campo de saber acerca dos corpos e movimento humanos. Nessa direção, sugerimos autores, que a Educação Física deve auxiliar na formação de sujeitos críticos, conscientes de sua corporalidade e capazes de exercer sua cidadania.

No seguimento do texto são apontados alguns dos conhecimentos que necessitam estar presentes no campo da Educação Física escolar, são eles: “a) às possibilidades do se-movimentar dos seres humanos; b) às práticas corporais sistematizadas vinculadas ao campo do lazer e à promoção da saúde; e c) às estruturas e representações sociais que atravessam esse universo.” (GONZÁLES, FENSTERSEIFER, 20010, p. 13). Também são sugeridas as abordagens metodológicas para o desenvolvimento de uma Educação física crítica e construtora de conhecimentos. Assim listam-se os seguintes itens: “a) o tratamento da pluralidade das práticas corporais sistematizadas; e b) a necessidade de conhecer corporal e conceitualmente os temas em estudo.” (GONZÁLES, FENSTERSEIFER, 20010, p. 17).

Os autores afirmam que é fundamental oferecer aos alunos vivências das mais varias formas de movimentar-se humano, o que permitiria a esses um olhar único sobre sua experiência corporal e sobre o mundo. Nesse direção, finalizam o texto suscitando que um primeiro movimento para a construção de uma nova perspectiva de educação física parte do posicionamento dos professores enquanto agentes críticos, pensando os contextos de atuação profissional e construindo saberes sobre corpos e sua interação com o mundo, dentro desse contexto específico que é a escola.

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