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FASES DE DESENVOLVIMENTO

Por:   •  3/3/2016  •  Relatório de pesquisa  •  5.184 Palavras (21 Páginas)  •  366 Visualizações

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JOGOS E BRINCADEIRAS

Definição de Jogo e Brincadeira        

As brincadeiras e jogos são formas que a criança utiliza para se expressar e se comunicar. Sendo assim, não devemos negar o jogo ou a brincadeira da criança pois podemos estar negando também a sua forma de expressão.

Para Huizinga o jogo e a Brincadeira são semelhantes e irão gerar a cultura. Ou seja, após o surgimento do jogo da vida, passa haver relacionamentos que com o tempo vão gerar a cultura de famílias, estados, países. Ele não vê o jogo como atividade, mas como característica da pessoa, em um jogo da vida (comportamento/tendência). Ainda de acordo com o autor, a criança nasce com estratégia para sair ou  ganhar aquele jogo precisando apenas de um campo para desenvolver. As regras estão dentro de um tempo e um espaço.

A palavra Lúdico para Huizinga significa tudo o que dá prazer e assemelha o jogo, com a brincadeira, com o lúdico / voluntário e com o espiritual.

Exemplo (Huizinga): O jogo de entrar na faculdade de pedagogia é voluntário pois EU o escolhi. Mas já tem pessoas que saíram desse jogo pois consideraram aquele tempo e espaço, regras da sociedade muito para eles. Assim, cabe a criança decidir dentro do sistema o que quer jogo/brincadeira) seguir.

É na fase infantil que alguns traços são lapidados através dos jogos e das brincadeiras, podendo ou não ser prazerosos. Quanto mais voluntario for, mais prazeroso será (ainda que tenha regras) e suas condutas vão mudando (Huizinga).

Com a evolução da cultura, aumenta-se as regras e o jogo e a brincadeira passam a serem vistos como atividade.

“Jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana”. (Huizinga, 1993, p. 33)

Para Kishimoto é a cultura que irá determinar o jogo e a brincadeira. A autoria considera a brincadeira como algo livre e o jogo como algo determinado socialmente e culturalmente. Tem formalidade (começo, meio e fim), e é considerado como uma atividade. O jogo possui regras mais rígidas, necessariamente um vencedor e um tempo determinado para terminar. A brincadeira por sua vez é livre e informal, possui regras mais maleáveis, sem a necessidade de um vencedor e sem um tempo específico para terminar. Porém se será jogo ou brincadeira, vai depender muitas vezes da intenção.

“Como se classifica o jogo e a brincadeira também vai depender da cultura”

A importância e contribuição dos Jogos e Brincadeiras no desenvolvimento da Criança

Os Jogos e as brincadeiras auxiliam a criança na construção de papeis, possibilitando que ela assuma determinadas posturas em cada situação e local. Ela forma múltiplas identidades que serão assumidas na vida adulta.

A brincadeira e os jogos vão auxiliar a criança em seu desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo-social sendo também possível utiliza-los como método de ensino lúdico e aprendizagem. É através dos jogos e brincadeiras que a criança ira refinar seus traços.

  • Desenvolvimento Motor: movimento, capacidade física, força, equilíbrio, ritmo, agilidade, flexibilidade, resistência.
  • Desenvolvimento Cognitivo: conhecimento (não é mente). Cérebro/sistema nervoso central – sentidos.
  • Desenvolvimento Afetivo-social: emoções, sentimentos, como a pessoa lida com o dia-adia (nomeando de bom ou ruim)
  • Psicomotor: o sentimento afetivo e movimento. Responde o que sente através do movimento e para que isto aconteça é necessário haver cognição.

“Os jogos, brinquedos e brincadeiras infantis são atividades básicas ao desenvolvimento físico, motor e emocional, servindo como laboratório às práticas e regras da sociedade"

Fases do Desenvolvimento Humano

  • Piaget

Sensório-motor (0 a 2 anos) 

A criança baseia-se em percepções sensoriais e esquemas motores para resolver seus problemas. 

  • Ainda não possui pensamento, ainda que tenha conduta inteligente.  
  • A criança ainda não tem capacidade de representar eventos, de lembrar o passado ou referir-se ao futuro. Existe  apenas o presente (aqui-e-agora). 
  • Através de atividades motoras (pegar, bater, jogar...) as crianças passam a definir o objeto por intermédio do seu uso. Esses esquemas também são utilizados para conhecer outros seres humanos 
  • Esquemas são construídos a partir de reflexos inatos  
  • A criança passa a construir e organizar noções. 
  • Principais aquisições:  
  • Construção da noção de “eu”, onde a criança diferencia o mundo externo do seu próprio corpo. 
  • Organização psicológica básica: aspecto motor, perceptivo, afetivo, social e no intelectual. 
  • Capacidade de estabelecer diferenças entre objetos e os considerando independente da percepção imediata chegando a concepção de realidade estável. 
  • Construção das noções de tempo, espaço e casualidade vão sendo construídas. 

Exemplos: O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

Pré-operatório  (02 a 07 anos) 

  • Aparecimento da linguagem oral (por volta dos 02 anos) 
  • Esquemas representativos ou simbólicos: esquemas de ação interiorizada, ações mentais, que envolvem uma ideia preexistente a respeito de algo 
  • Pensamento sustentado por conceitos 
  • Pensamento egocêntrico: a criança centra em si mesma. Pensamento rígido. (a criança diz que tem um irmão. Quando se pergunta quantos irmãos tem o irmão dela, ela diz: nenhum) 
  • Animismo: a criança empresta a “alma” aos objetos. (A mesa é má) 
  • Antropomorfismo: atribuição de uma forma humana a objetos e animais. (Nuvens como grandes rostos) 
  • Transdedutividade: a criança parte do particular para o particular. Dificuldade de elaborar normas gerais a partir de sua experiência cotidiana e como julgar, apreciar, entender sua vida cotidiana  a partir de princípios gerais. 
  • A criança é depende da percepção imediata: distorções com tamanhos (000 é considerado menor que 0 0 0 – possui numero de elementos diferentes) 
  • A criança possui ações não reversíveis, não consegue voltar mentalmente ao ponto de partida. 


Exemplos: Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações

Operações concretas (07 a 12 anos) 

  • Pensamento lógico e objetivo  
  • As ações interiorizadas vão se tornando mais reversíveis, moveis e flexíveis 
  • Pensamento menos egocêntrico  
  • A criança é capaz de constituir conhecimento mais compatível com o mundo que o rodeia 
  • Pensamento baseia-se mais no raciocínio do que na percepção (000 e 0 0 0 – possui numero de elementos iguais) 
  • É operatório por que é reversível 
  • É concreto por que a criança apenas consegue pensar concretamente, se os exemplos e materiais existem e podem ser observados. 


Exemplos: despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação

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