GESTÃO PEDAGÓGICA E SEUS DESAFIOS NA PRÁTICA EDUCACIONAL

GESTÃO PEDAGÓGICA E SEUS DESAFIOS NA PRÁTICA EDUCACIONAL

Milena da Silva Santos^[1]

Resumo

O presente artigo tem como principal objetivo analisar a abrangência e os limites em vista das funções que o coordenador pedagógico deve e pode exercer dentro da escola em que atua, sendo assim um agente transformador de suas ações em prol do desenvolvimento de ambos os sujeitos que compõem a educação, desde os professores até os pais e alunos. Partindo das ideias de Nana Ferreira e Barbara Freitag que abordam sobre o papel do coordenador pedagógico e suas respectivas contribuições no ensino, apresentando características elementares de sua ação pedagógica. Este artigo está dividido em quatro tópicos que discorre sobre a função do coordenador pedagógico abordando seu papel dentro das instituições de ensino, suas principais atividades promovidas na escola de forma participativa, a importância da formação continuada, a relação do professor, aluno e coordenador pedagógico, assim como a associação da interpessoalidade do coordenador entre os diversos problemas no desempenho de funções dentro do âmbito escolar e com os responsáveis por estes alunos.

Palavras Chaves: Coordenador. Interpessoalidade. Pedagógico.

INTRODUÇÃO

No sistema educacional de uma instituição escolar, para que se obtenham resultados significativos, é necessário ter consigo um bom funcionamento organizacional da coordenação pedagógica, na qual esta irá direcionar todos os discentes e docentes da instituição de ensino. A educação nos anos iniciais é de grande valia aos alunos e fundamental no processo de desenvolvimento psíquico e social, assim também o papel do professor é fundamental nesta etapa.

Desta forma através da gestão escolar que tem como competência organizar e administrar o funcionamento das aulas e práticas no ambiente escolar preocupando-se com as relações humanas, tanto quanto dos professores como dos próprios responsáveis pelos alunos.

Nossa pesquisa se dá no município de Governador Edson Lobão, em uma escola municipal no povoado de Bananal, que atende todos os assentamentos próximos como Gameleira, Setor Agrícola e Vila Palmares. O intuito de termos escolhidos esta escola para a realização desta pesquisa, se deu pelo fato que duas dos três pesquisados foram alunos desta instituição logo no seu início de fundação, proporcionando assim um interesse maior em analisa-la nos dias atuais. Portanto, este artigo aqui apresentado, foi elaborado para a disciplina de prática na dimensão educacional, visando obter uma aproximação com o trabalho do pedagogo dentro da escola, de tal maneira que esteja associado as atividades de professores e alunos da comunidade.

Por conseguinte, utilizamos como recursos metodológicos uma abordagem de caráter qualitativa descritiva, em que a pesquisa de campo aplicando instrumentos que se procediam por meio de entrevistas com professoras que moram no povoado, e com a coordenadora pedagógica da escola, observando o ambiente e organização da gestão administrativa escolar. O roteiro de entrevistas foi organizado por meio de coleta de dados tendo como objeto de pesquisa o coordenador pedagógico e seu papel como mediador do ensino, sendo realizadas entrevistas por meio de questionários com três professoras e a coordenadora responsável, nas quais concordaram e colaboraram para com as nossas indagações.

A temática do roteiro e das questões aborda sobre atuação do coordenador e sua relação em atividades escolares coletivamente, um modelo simples, para que de forma direta através dos levantamentos dos dados obtenhamos resultados significativos. Assim outro instrumento foi a sistematização de tudo que correspondia ao coordenador e suas práticas, permitindo que ocorresse uma aproximação maior com o profissional.

Fundamentamos nossa pesquisa em autores como Ferreira (2011) e Freitag (1977), que abordam sobre a atuação do supervisor educacional desde a sua formação até sua constante prática, analisando a concepção de educação decorrente sobre a função supervisora. E mais concisa em um breve estudo minucioso do Parecer 252/69 que institucionalizou o especialista da educação.

Temos como problematização, qual o papel do coordenador pedagógico como agente articulador do processo de ensino e aprendizagem nos anos inicias do ensino fundamental? Elaboramos as seguintes questões norteadoras partindo desta problemática: Quais são as atribuições do coordenador pedagógicas na escola campo? Como se dá a interpessoalidade do coordenador para com os pais de alunos? Quais as articulações necessárias para um melhor desempenho do papel do coordenador pedagógico frente ao processo ensino aprendizagem? Desta maneira, por meio destas questões, serão discorridos sobre o processo de projeção do coordenador pedagógico e suas principais ações desenvolvidas no âmbito educacional.

O objetivo do presente artigo é o de identificar as determinadas funções e atividades, dando ênfase ao desenvolvimento do papel do coordenador pedagógico dentro do ambiente escolar, assim como sua autonomia como principal articulador educacional, mutuamente entre direção, professores e comunidade.

1.Coordenador pedagógico: Alguns elementos históricos

Durante as transformações ao processo educacional, na qual o coordenador pedagógico era visto como orientador unicamente voltado a esta função, ao longo das mudanças ainda mais por meio do Parecer do Conselho Federal de Educação (CFE) de nº. 252/69^[2], na qual formava o currículo do curso de Pedagogia, definindo linhas para uma melhor projeção do curso dos futuros pedagogos que de certa forma, eram formados para exercerem cargos de técnicos em educação, notou-se uma definição mais ampla de que o coordenador não trabalha apenas coordenando, ou somente auxiliando, articulando, mas sua pratica são um conjunto de ações que funcionam apenas em andamento com os demais sujeitos transformadores do ensino, como pais, professores e demais funcionários da escola. Ou seja, não há uma função especifica em que o coordenador pedagógico está inserido, sua atuação recorre ao que diz respeito a escola em si, em sua total funcionalidade e desenvolvimento.  Mas de que forma pode-se definir mais claramente e como se posicionaria a figura do coordenador perante tantas atribuições?

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